Relevância do metaboloma do plasma para o diagnóstico e estudo etiológico do Acidente Vascular Cerebral

• Autor(a) principal: Santos, Celina Maria Serra
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/14185
• topic: Avc; Diagnóstico; Estudo Etiológico; Metabolómica; Plasma; Rmn; Domínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Biotecnologia

O acidente vascular cerebral (AVC) é a segunda principal causa de morte e a terceira principal causa de incapacidade em adultos em todo o mundo. Determinar a etiologia desta doença é importante para o diagnóstico e decisões terapêuticas, bem como a prevenção de AVC secundários. Contudo, é uma tarefa difícil e morosa, uma vez que são necessários exames complementares. A análise por ressonância magnética nuclear (RMN) de amostras de biofluidos, como é o caso do plasma humano, tornou-se fundamental para fornecer uma variedade de informações importantes para o diagnóstico e prognóstico, permitindo a monitorização da progressão da doença. Com esta técnica é possível estudar o metaboloma deste biofluido, investigar alterações nas vias metabólicas que podem estar subjacentes a vários processos da doença e identificar biomarcadores metabólicos associados ao AVC. Assim, o principal objetivo deste estudo foi investigar o perfil metabolómico do plasma obtido de indivíduos que sofreram um AVC e inferir se este pode ser útil para diferenciar tipos de AVC e correlacionar com a etiologia do AVC isquémico. Os espectros de RMN de 1H foram adquiridos e analisados utilizando uma análise estatística multivariada (PCA e PLS-DA) e univariada. Os resultados mostraram que foram observadas diferenças entre o metaboloma do plasma de indivíduos com AVC isquémico em comparação com indivíduos com AVC hemorrágico e entre as etiologias do AVC isquémico quando comparadas entre si (etiologia cardioembólica, aterosclerótica e lacunar). Metabolitos como a alanina, tirosina, histidina, glucose e fenilalanina estão de acordo com a literatura e poderão ser candidatos a biomarcadores dos tipos de AVC e suas etiologias. Estes resultados sugerem que uma abordagem metabolómica pode tornar-se útil, no futuro, no diagnóstico e na implementação de intervenções terapêuticas mais eficazes e preventivas.