Influência da composição corporal na aptidão física funcional de mulheres pós-menopáusicas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barros, Paulo Marcelo Nogueira
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/7768
Resumo: A menopausa marca a transição de uma fase reprodutiva para uma não reprodutiva, traduzindo-se no aumento dos níveis de adiposidade total e intra-abdominal e no agravamento da condição muscular e óssea da mulher, com consequências adversas na sua qualidade de vida e independência funcional. O presente estudo, desenvolvido com mulheres pósmenopáusicas, procurou analisar a influência da composição corporal no desempenho dos testes de aptidão física funcional. A amostra incluiu 53 mulheres pós-menopáusicas, com média de idades de 69,116,80 anos. A composição corporal foi obtida com a bioimpedância tetrapolar (Maltron BF-906) e a aptidão física funcional foi avaliada através da bateria de testes de Rikli e Jones (2001). As mulheres obtiveram um valor médio de taxa metabólica basal (TBM) de 1104,89 kcal/dia e mais de metade da amostra ostentou níveis inferiores ou iguais a 1101 kcal/dia. Os valores médios de massa gorda (MG) e de perímetro da cintura (PC) foram, respectivamente, 37,98% e 94,24 cm, apresentando 81,1% das mulheres níveis elevados de adiposidade intraabdominal. O desempenho nos testes de aptidão física funcional foi, na sua globalidade, classificado em muito fraco (levantar e sentar na cadeira; flexão do antebraço; levantar, andar 2,44 m e voltar a sentar e, andar 6 minutos) e fraco (sentado e alcançar), tendo 71,7% das mulheres alcançado um nível satisfatório no teste alcançar atrás das costas. A TMB, a %MG e a idade explicaram em 50,4% a variação do desempenho das mulheres no teste levantar e sentar da cadeira. As mulheres mais velhas e com maior PC exibiram pior resultado no teste alcançar atrás das costas (R2 Ajustado×100 = 37,7%). O desempenho no teste andar 6 minutos foi comprometido pela idade e pela presença de maiores níveis de %MG. As mulheres com TMB≤1101 kcal/dia exibiram uma melhor flexibilidade superior e melhor equilíbrio dinâmico, quando comparadas com as que tinham uma TMB superior ao valor de corte indicado. Em conclusão, os resultados sugerem que %MG influencia a variação da aptidão aeróbia e da força e resistência muscular ao nível dos membros inferiores. Esta relação não é independente da idade e, no segundo caso, também da TMB. Um maior gasto energético diário está associado a uma pior flexibilidade e equilíbrio dinâmico. A flexibilidade superior é influenciada pela adiposidade central e pela idade.
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As mulheres obtiveram um valor médio de taxa metabólica basal (TBM) de 1104,89 kcal/dia e mais de metade da amostra ostentou níveis inferiores ou iguais a 1101 kcal/dia. Os valores médios de massa gorda (MG) e de perímetro da cintura (PC) foram, respectivamente, 37,98% e 94,24 cm, apresentando 81,1% das mulheres níveis elevados de adiposidade intraabdominal. O desempenho nos testes de aptidão física funcional foi, na sua globalidade, classificado em muito fraco (levantar e sentar na cadeira; flexão do antebraço; levantar, andar 2,44 m e voltar a sentar e, andar 6 minutos) e fraco (sentado e alcançar), tendo 71,7% das mulheres alcançado um nível satisfatório no teste alcançar atrás das costas. A TMB, a %MG e a idade explicaram em 50,4% a variação do desempenho das mulheres no teste levantar e sentar da cadeira. As mulheres mais velhas e com maior PC exibiram pior resultado no teste alcançar atrás das costas (R2 Ajustado×100 = 37,7%). O desempenho no teste andar 6 minutos foi comprometido pela idade e pela presença de maiores níveis de %MG. As mulheres com TMB≤1101 kcal/dia exibiram uma melhor flexibilidade superior e melhor equilíbrio dinâmico, quando comparadas com as que tinham uma TMB superior ao valor de corte indicado. Em conclusão, os resultados sugerem que %MG influencia a variação da aptidão aeróbia e da força e resistência muscular ao nível dos membros inferiores. Esta relação não é independente da idade e, no segundo caso, também da TMB. Um maior gasto energético diário está associado a uma pior flexibilidade e equilíbrio dinâmico. A flexibilidade superior é influenciada pela adiposidade central e pela idade.Menopause marks the transition from a reproductive to a non-reproductive phase, resulting in increased levels of total and intra-abdominal adiposity and worsening of the muscular and bone condition of the woman, with adverse consequences on her quality of life and functional independence. The present study, developed with postmenopausal women, sought to analyze the influence of body composition on performance in functional physical fitness. The sample included 53 postmenopausal women, average age 69.116.80 years. The body composition was obtained with octopolar bioimpedance (Maltron BF-906) and the functional physical fitness was evaluated through the test battery of Rikli e Jones (2001). Women had an average value of the basal metabolic rate (TMB) of 1104.89 kcal/day and more than half of the sample shewed levels lower than or equal to 1101 kcal/day. The mean values of fat mass (MG) and waist circumference (WC) were, respectively, 37.98% and 94.24 cm, with 81.1% of women presenting high levels of intra-abdominal adiposity. The performance in the tests of functional physical fitness was, in its entirety, classified as very weak (Chair Stand Test, Arm Curl Test, 8-Foot Up-And- Go Test, 6-Minute Walk Test) and weak (Chair Sit-And-Reach Test), with 71.7% of women achieving a satisfactory level in the Back Stratch Test. The BMR, %FM and age accounted for 50.4% of the variation in the performance of the women in the Chair Stand Test. Older women with higher WC had worse results in the Back Strach Test (Adjusted R Square×100= 37.7%). The performance in the 6-minute walk test was compromised by age and by the presence of higher levels of %FM. Women with BMR ≤1101 kcal/day exhibited better superior flexibility and better dynamic balance, as compared to those with a BMR higher than the indicated cutoff value. In conclusion, our results suggest that %FM influences the variation of aerobic fitness and muscle strength and endurance at the level of the lower limbs. This relationship is not independent of age and, in the second case, also of TMB. A higher daily energy expenditure is associated with a worse less flexibility and dynamic balance. Superior flexibility is influenced by central adiposity and age.2017-06-21T14:24:13Z2017-06-21T00:00:00Z2017-06-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/7768TID:202034526porBarros, Paulo Marcelo Nogueirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:36:51Zoai:repositorio.utad.pt:10348/7768Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:01:35.053358Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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