A qualidade nas Unidades de AVC nas cidades da Guarda e Covilhã

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pina, Júlia Maria dos Santos e Prata
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/6191
Resumo: As doenças cardiovasculares, nomeadamente o acidente vascular cerebral (AVC) e a doença coronária (DC), com o seu carácter multidimensional e as suas graves consequências, negativas e diretas, para o cidadão, para a sociedade e para o sistema de saúde, determinam que sejam encaradas como um dos mais importantes problemas de saúde pública, se não o mais importante, que urge minorar. Por este facto, a abordagem destas doenças justifica uma atuação planeada e organizada ao longo de todo o sistema de saúde, através de um Programa Nacional que tente não apenas evitar estas doenças e reduzir as incapacidades por elas causadas como prolongar a vida. Este tema torna-se importante quando as doenças cardiovasculares, nomeadamente os AVC e a DC ou doença isquémica do coração (DIC), são a principal causa de mortalidade em Portugal, tal como se verifica em muitos países ocidentais, sendo considerada, no entanto, das mais elevadas da Europa e do Mundo. Estas doenças são responsáveis por perto de 50% das mortes ocorridas em 1999 (42 998 num total de 100 252 mortes), contando-se, também, entre as principais causas de morbilidade, invalidez e anos potenciais de vida perdidos na população portuguesa. A dimensão do AVC a nível mundial é substancial, com base em dados da OMS, estimase que mais de 5,7 milhões de pessoas morreram de AVC em 2005 (10% de todas as mortes). Destes, 85% ocorreram em países de baixos e médios rendimentos e um terço em pessoas com menos de 70 anos. Portugal é, ainda, o País da União Europeia com mais elevada taxa de mortalidade por AVC, favorecida pela alta prevalência da HTA, insuficientemente diagnosticada e tratada, pelo desvirtuamento da nossa tradicional dieta mediterrânica e pelo tabagismo não controlado em homens e mulheres de meia idade e em aumento nas jovens. Acresce a tendência de aumento do abuso de álcool e da ingestão de calorias alimentares, que agravam o excesso de peso, favorecendo, cada vez mais, a obesidade e a diabetes tipo 2, os quais, por sua vez, contribuem para o aumento da morbilidade cardiovascular e mortalidade precoce. Nos Estados Unidos, em 2003, a prevalência de AVC na população negra foi de 4% enquanto na população branca foi de 2.3% (Moussouttas, Aguilar, & Fuentes, 2006), NoReino Unido verifica-se a mesma diferença (Stewart, Dundas, Howard, Rudd, & Wolf,1999). Mesmo em Portugal parece haver diferenças entre a incidência de AVC em populações rurais e citadinas, como é patente no estudo de Manuel Correia (Correia, Silva,& Matos, 2004). Tornase assim relevante conhecer, para cada região, a tipologia da população e as diferenças de risco o que permitirá o desenvolvimento de estratégias de intervenção localizadas (El-Saed et al., 2006). Este vai ser um dos objetivos do presente estudo. O objetivo da investigação é entender qual o papel das unidades de AVC na recuperação destes utentes, tendo em consideração a relação qualidade destas mesmas unidades.
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Este tema torna-se importante quando as doenças cardiovasculares, nomeadamente os AVC e a DC ou doença isquémica do coração (DIC), são a principal causa de mortalidade em Portugal, tal como se verifica em muitos países ocidentais, sendo considerada, no entanto, das mais elevadas da Europa e do Mundo. Estas doenças são responsáveis por perto de 50% das mortes ocorridas em 1999 (42 998 num total de 100 252 mortes), contando-se, também, entre as principais causas de morbilidade, invalidez e anos potenciais de vida perdidos na população portuguesa. A dimensão do AVC a nível mundial é substancial, com base em dados da OMS, estimase que mais de 5,7 milhões de pessoas morreram de AVC em 2005 (10% de todas as mortes). Destes, 85% ocorreram em países de baixos e médios rendimentos e um terço em pessoas com menos de 70 anos. Portugal é, ainda, o País da União Europeia com mais elevada taxa de mortalidade por AVC, favorecida pela alta prevalência da HTA, insuficientemente diagnosticada e tratada, pelo desvirtuamento da nossa tradicional dieta mediterrânica e pelo tabagismo não controlado em homens e mulheres de meia idade e em aumento nas jovens. Acresce a tendência de aumento do abuso de álcool e da ingestão de calorias alimentares, que agravam o excesso de peso, favorecendo, cada vez mais, a obesidade e a diabetes tipo 2, os quais, por sua vez, contribuem para o aumento da morbilidade cardiovascular e mortalidade precoce. Nos Estados Unidos, em 2003, a prevalência de AVC na população negra foi de 4% enquanto na população branca foi de 2.3% (Moussouttas, Aguilar, & Fuentes, 2006), NoReino Unido verifica-se a mesma diferença (Stewart, Dundas, Howard, Rudd, & Wolf,1999). Mesmo em Portugal parece haver diferenças entre a incidência de AVC em populações rurais e citadinas, como é patente no estudo de Manuel Correia (Correia, Silva,& Matos, 2004). Tornase assim relevante conhecer, para cada região, a tipologia da população e as diferenças de risco o que permitirá o desenvolvimento de estratégias de intervenção localizadas (El-Saed et al., 2006). Este vai ser um dos objetivos do presente estudo. O objetivo da investigação é entender qual o papel das unidades de AVC na recuperação destes utentes, tendo em consideração a relação qualidade destas mesmas unidades.Cardiovascular diseases, including stroke and coronary heart disease (CHD), with its multidimensional nature and its serious consequences, both negative and direct, for the citizen, for society and for the health system, are regarded as one of the most important public health problems, if not the most important, which is urgent to reduce. For that reason, the approach to these diseases requires planned and organized activities throughout the whole health system through a national program. The objective of this program is not only to prevent these diseases but also to reduce disability caused by them as prolong life. This is an important issue because cardiovascular diseases, including stroke and DC or ischemic heart disease (IHD), are the main cause of mortality in Portugal, as well as in many Western countries. However, the Portuguese rate is the highest in Europe and the world. These diseases accounted for nearly 50% of deaths in 1999 (42,998 of a total of 100,252 deaths). It is also among the leading causes of morbidity, disability and lost years of life expectancy in the Portuguese population. The size of this problem worldwide is also important. Based on data from WHO, it is estimated that over 5.7 million people died of stroke in 2005 (10% of all deaths). Of these, 85% occurred in low- and middle-income countries and one third in people under 70 years. Portugal is also the EU country with the highest death rate from stroke. This situation can be explained by the high prevalence of hypertension, not correctly diagnosed and treated, by the distortion of our traditional Mediterranean diet and by smoking habits among middleage men and women and an increase in young people. Moreover, the has been a trend of increasing abuse of alcohol and a diet rich in calories which, in turn aggravates overweight, favors obesity and type 2 diabetes and , contributes to increase of cardiovascular morbidity and premature mortality. In the United States, in 2003, the prevalence of stroke in the black population was 4% while in the white population was 2.3% (Moussouttas, Aguilar & Fuentes, 2006). In the United Kingdom there is the same difference (Stewart, Dundas, Howard, Rudd, & Wolf, 1999). In Portugal the incidence of stroke seems to be different between among rural and city populations, as shown in the study by Manuel Correia (Correia, Silva, & Matos, 2004). It is therefore important to know, for each region, the type risk for different population which will allow the development of localized intervention strategies (El-Saed et al., 2006). This will be one of the objectives of this study. The aim of this research is to understand the role of stroke units in the recovery of these users, taking into account the quality relation of these same unit.Lourenço, Luis Antonio NunesuBibliorumPina, Júlia Maria dos Santos e Prata2018-09-05T14:08:36Z2016-10-102016-11-082016-11-08T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/6191TID:201773376porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:44:31Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/6191Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:46:58.441836Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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