Recuperação de escórias resultantes da incineração de Resíduos Sólidos Urbanos para incorporação em materiais cerâmicos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/28734 |
Resumo: | De forma a diminuir a quantidade de materiais que o Homem considera serem resíduos e com vista ao seu reaproveitamento, surge a necessidade de os tornar úteis para a sociedade. Neste estudo pretende-se reaproveitar as escórias resultantes da incineração dos resíduos sólidos urbanos (RSU) tentando incorporá-las em materiais cerâmicos. Como se sabe, a produção deste tipo de resíduos está em constante crescimento, devido ao desenvolvimento industrial e populacional. Por sua vez, por não existirem alternativas, estes resíduos são colocados em aterros, exigindo a utilização de um enorme espaço de terreno reservado para este fim. Um outro aspeto negativo associado a este tipo de resíduos é a possibilidade de gerarem subprodutos que potenciam a contaminação dos solos e das águas. Com vista à mitigação desta problemática e à criação de um material ecológico que se insira na indústria da cerâmica, desenvolveu-se este estudo laboratorial no qual se pretende conhecer algumas das propriedades associadas ao resíduo quando incorporado numa matriz argilosa. Para tal, efetuou-se a caraterização das matérias-primas, das pastas argilosas e dos provetes cerâmicos para cada percentagem de resíduo (0, 5, 10, 15 e 20%). Nas matérias-primas estudaram-se as propriedades físicas, químicas e mineralógicas. Nas pastas argilosas procedeu-se ao estudo da sua plasticidade. No total, foram elaborados 300 provetes, dos quais 60 para cada percentagem de resíduo, sujeitando-se 20 desses 60 provetes a três patamares de temperatura (900, 1000 e 1100ºC) para realizar a caraterização física, química e mecânica. Os ensaios laboratoriais demostraram que a escória poderá vir a ser utilizada como matéria-prima secundária pois, em determinadas condições, pode beneficiar o material cerâmico. Assim, constatou-se que a sua adição melhorou a retração linear do material cerâmico quando sujeito a temperaturas de queima não superiores a 1000ºC, reduziu a massa perdida após a cozedura, não interferiu na cor do material cerâmico e devido ao incremento de porosidade induzido no material, poderá ser benéfico para construção de cerâmicos com bom isolamento térmico e acústico, sendo por isso melhor a sua aplicação em interiores. |
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