O processo de inclusão da criança com transtorno do espectro autista. Estudo de caso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guedes, Renata Wanderley
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/6892
Resumo: A Educação inclusiva tem procurado encontrar estratégias de ensino e de aprendizagem que deem uma resposta a todos os alunos, independentemente da sua condição física, intelectual, emocional, cultural ou outra (Mantoan, 2006; Sanches, 2011). As crianças com transtorno do espetro autista (TEA) estão, hoje, nas salas de aula de ensino regular e aí se processa ou deva processar o seu desenvolvimento e aprendizagens (Gonçalves, 2011; Melo & Sanches, 2014). Como o processo de inclusão destas crianças no ensino regular não é pacífico nem consensual (Antunes, 2012), o presente estudo objetiva compreender como se processa a inclusão da criança com autismo na escola regular, tendo por base um estudo de um Centro Escolar em Campina Grande-PB – Brasil. Começámos por analisar o seu Projeto Político Pedagógico, para perceber se contemplava ou não (e se sim, como) estratégias de inclusão, dentro e fora da sala de aula, para estas crianças. Para compreender concepções e atitudes, entrevistámos 10 docentes, no turno da manhã, sendo que 4 lecionam na modalidade educação infantil (maternal, infantil IV e V) e cinco lecionam no 3º ano do ensino fundamental I. Para perceber a atuação destes docentes, em sala de aula, foram objeto de observação quatro alunos com autismo sendo 1 menina com 2 anos, 2 meninos com 5 anos e 1 menino com 8 anos. Da análise dos resultados ressalta que os professores inquiridos não estão preparados para a inclusão, ao que se alia a falta de estrutura física e a ausência de alternativas e práticas pedagógicas que favoreçam os alunos com TEA. No entanto, constatámos que os inquiridos possuíam algum conhecimento acerca da intervenção com estas crianças, conhecimento este, aprendido por conta própia e com os terapeutas das crianças que davam apoio aos professores; as medidas interventivas ficavam a cargo de uma ―mediação‖ direcionada pelos professores, no intuito de conter ou amenizar os comportamentos arredios e esteriotipados das crianças, auxiliar na atividade, através do uso de recursos visuais e concretos, e propiciar momentos de interação entre os sujeitos com autismo e os colegas de sala. Os planos de aula eram um só para todos.Tanto os professores quanto a coordenadora da escola explicaram que não havia necessidade de um planejamento diferenciado para as crianças com autismo. Nas atividades extra classe, os professores iam tentando descobrir os melhores meios para lidar com os alunos com autismo, procurando aproximá-los dos colegas de sala.
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Como o processo de inclusão destas crianças no ensino regular não é pacífico nem consensual (Antunes, 2012), o presente estudo objetiva compreender como se processa a inclusão da criança com autismo na escola regular, tendo por base um estudo de um Centro Escolar em Campina Grande-PB – Brasil. Começámos por analisar o seu Projeto Político Pedagógico, para perceber se contemplava ou não (e se sim, como) estratégias de inclusão, dentro e fora da sala de aula, para estas crianças. Para compreender concepções e atitudes, entrevistámos 10 docentes, no turno da manhã, sendo que 4 lecionam na modalidade educação infantil (maternal, infantil IV e V) e cinco lecionam no 3º ano do ensino fundamental I. Para perceber a atuação destes docentes, em sala de aula, foram objeto de observação quatro alunos com autismo sendo 1 menina com 2 anos, 2 meninos com 5 anos e 1 menino com 8 anos. Da análise dos resultados ressalta que os professores inquiridos não estão preparados para a inclusão, ao que se alia a falta de estrutura física e a ausência de alternativas e práticas pedagógicas que favoreçam os alunos com TEA. No entanto, constatámos que os inquiridos possuíam algum conhecimento acerca da intervenção com estas crianças, conhecimento este, aprendido por conta própia e com os terapeutas das crianças que davam apoio aos professores; as medidas interventivas ficavam a cargo de uma ―mediação‖ direcionada pelos professores, no intuito de conter ou amenizar os comportamentos arredios e esteriotipados das crianças, auxiliar na atividade, através do uso de recursos visuais e concretos, e propiciar momentos de interação entre os sujeitos com autismo e os colegas de sala. Os planos de aula eram um só para todos.Tanto os professores quanto a coordenadora da escola explicaram que não havia necessidade de um planejamento diferenciado para as crianças com autismo. Nas atividades extra classe, os professores iam tentando descobrir os melhores meios para lidar com os alunos com autismo, procurando aproximá-los dos colegas de sala.Inclusive education has sought to find teaching and learning strategies that give a response to all students, regardless of their physical, intellectual, emotional, cultural or other (Mantoan, 2006; Sanches, 2011). Children with autistic spectrum disorder (ASD) are today in regular education classrooms and there takes place or should process your development and learning (Gonçalves, 2011; Melo & Sanches, 2014). As the inclusion of these children process in mainstream education is not peaceful nor consensual (Antunes, 2012), this study aims to understand how it handles the inclusion of children with autism in regular schools, based on a study of a School Center in Campina great-PB - Brazil. We began by analyzing their Pedagogical Policy Project, to see if contemplated or not (and if so, how) inclusion strategies inside and outside of the classroom for these children. To understand concepts and attitudes, we interviewed 10 teachers in the morning shift, and 4 teach mode in early childhood education (maternal, infant IV and V) and five teach the 3rd grade of elementary school I. To understand the actions of these teachers in class, were subjected to observation four students with autism being one girl with two years, two boys aged 5 years and 1 boy age 8. Analysis of the results points out that the teachers surveyed are not prepared for inclusion, it is combined with lack of physical structure and the absence of alternatives and pedagogical practices that favor students with ASD. However we found that the respondents had some knowledge about the intervention with these children, this knowledge, learned by propia account and the therapists of children who provided support to teachers; the interventional measures were in charge of a "mediation" directed by teachers in order to contain or mitigate the aloof and stereotyped behaviors of children, assist in the activity through the use of visual and concrete resources, and provide moments of interaction between subjects with autism and classmates. The lesson plans were one to todos.Tanto teachers as the school's coordinator explained that there was no need for a differentiated planning for children with autism. In extra class activities, teachers were trying to figure out the best ways to deal with students with autism, trying to approach them from classmates.2016-04-01T12:34:31Z2015-01-01T00:00:00Z2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10437/6892TID:201168510porGuedes, Renata Wanderleyinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-09T14:10:18Zoai:recil.ensinolusofona.pt:10437/6892Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:17:05.463534Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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