A exaustão profissional nos agentes da polícia de segurança pública do concelho de Viseu

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Machado, Cátia Solange Araújo
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/2711
Resumo: O presente estudo é transversal e evidencia um desenho descritivo, este pretendeu identificar e caracterizar a incidência do burnout em agentes da Polícia da Segurança Pública (PSP). As condições físicas, ambientais e psicológicas do trabalho remetem para uma dimensão da saúde psicológica. Os agentes da PSP estão expostos a estas condições, o que poderá traduzir relações entre os factores de stress no trabalho e a exaustão profissional (burnout), dado que esta é considerada uma resposta inadequada a um stress emocional crónico (Maslach, Jackson e Leiter, 1996). A problemática desta investigação consistiu, assim, em caracterizar esta síndrome, em função de variáveis sócio-demográficas. Pretendeu-se, portanto, analisar relações entre as variáveis género, idade, estado civil, habilitações literárias, situação laboral, antiguidade de serviço, tempo na unidade actual, as horas semanais de trabalho, o trabalho por turnos e os níveis de exaustão profissional (exaustão, cinismo e eficácia profissional) em 88 agentes da PSP do concelho de Viseu. Para a realização geral da amostra, comparação de variáveis e verificação de hipóteses, foi utilizado um protocolo de avaliação constituído por uma caracterização sócio-demográfica e pelo questionário de Exaustão Profissional, o MBI-GS Maslash Burnout Inventory (1981, 1986). As conclusões gerais mostraram que o stress e o burnout nos agentes da PSP, desta amostra, são pouco acentuados. Contudo, as correlações realizadas revelaram-se significativas a nível das três dimensões do burnout (exaustão, cinismo e eficácia profissional) e a escala total. Também se observou que os níveis de exaustão emocional diferem com base em algumas variáveis individuais, organizacionais e a nível da situação laboral. Em conclusão, a nível de factores individuais verificou-se que os agentes de PSP do sexo masculino apresentam maior eficácia profissional e os agentes da PSP mais jovens evidenciam maior cinismo. A nível dos factores organizacionais, pôde observar-se que os agentes que apresentam maior cinismo e menor eficácia profissional são os que trabalham 40 horas de por semana. Polícias que não trabalham por turnos manifestaram níveis mais elevados de exaustão profissional. Todavia, os agentes sem funções de chefia demonstraram maior eficácia, exaustão e índice de burnout. A partir dos objectivos gerais e específicos o presente trabalho contribui para a caracterização e descrição da incidência do burnout num grupo profissional específico, instigando à reflexão sobre o sentido para uma avaliação mais alargada a outras regiões geográficas e para uma eventual intervenção preventiva a nível do stress profissional e síndrome de burnout em agentes da PSP.
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