Fundamentos constitucionais da igualdade de género

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fertuzinhos, Sónia
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/14553
Resumo: A Constituição da República de 1976 consagra pela primeira vez no ordenamento constitucional português a igualdade de direitos das mulheres. Este artigo analisa a evolução dos fundamentos constitucionais da igualdade de género ao longo dos 40 anos da Constituição e das suas sete revisões, a partir da literatura e dos debates parlamentares. A rutura com a experiência constitucional anterior, especialmente com a de 1933, e a dimensão transformadora da Constituição saída da revolução estão na base do papel fundamental que esta última teve e tem na promoção da igualdade de género e das políticas públicas desta área. A densificação da vertente da igualdade de género no princípio da igualdade, marcada pela cada vez maior exigência de uma igualdade fáctica e não apenas formal, ilustra e acompanha o percurso dos direitos das mulheres. O estudo deste percurso permite identificar vários pontos para debate e aprofundamento em futuros trabalhos de investigação. Desde logo a influência da participação de Portugal no projeto europeu e em diferentes organizações internacionais, bem como a relevância do papel de distintos atores no processo de construção do texto constitucional em matéria da igualdade de género, com particular destaque para as organizações de mulheres.
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A densificação da vertente da igualdade de género no princípio da igualdade, marcada pela cada vez maior exigência de uma igualdade fáctica e não apenas formal, ilustra e acompanha o percurso dos direitos das mulheres. O estudo deste percurso permite identificar vários pontos para debate e aprofundamento em futuros trabalhos de investigação. Desde logo a influência da participação de Portugal no projeto europeu e em diferentes organizações internacionais, bem como a relevância do papel de distintos atores no processo de construção do texto constitucional em matéria da igualdade de género, com particular destaque para as organizações de mulheres.The 1976 Constitution included equal rights for women in Portuguese constitutional law for the first time. This article uses the literature and the texts of parliamentary debates to analyse the evolution of the constitutional bases for gender equality over the 40-year life of the Constitution and its seven reviews to date. The break with the previous constitutional experience, especially that of 1933, and the transformative dimension of the Constitution that arose from the 1974 revolution are at the roots of the key role the latter had and has in promoting gender equality and public policies in this area. The densification of the gender equality dimension of the principle of equality, marked by increasing demand for factual and not just formal equality, illustrates and accompanies the path taken by women’s rights. The study of that path makes it possible to identify several points for discussion and deepening in future research, including the influence of Portugal’s participation in the European project and in different international organisations, and the importance of the role of different actors in the process of constructing the constitutional text in the gender equality field, with particular attention to women’s organisations.La Constitution de 1976 consacre pour la première fois dans l´ordre constitutionnel portugais l’égalité des droits des femmes. Cet article analyse l’évolution des fondements constitutionnels de l’égalité de genre au long des 40 années de la Constitution et de ses sept révisions, à partir de la littérature et des débats parlementaires. La rupture avec l’expérience constitutionnelle précédente, en particulier avec celle de 1933, et la dimension transformatrice de la Constitution issue de la révolution sous-tendent le rôle-clé que cette dernière a eu et a encore dans la promotion de l’égalité de genre et des politiques publiques dans ce domaine. La densification de la dimension de l’égalité de genre dans le principe de l’égalité, marquée par l’exigence croissante d’une égalité de fait et pas seulement formelle, illustre et accompagne le parcours des droits des femmes. L’étude de ce cours permet d’identifier plusieurs points de discussion et d’approfondissement pour la recherche future, tels que l’influence de la participation du Portugal au projet européen et à différentes organisations internationales, ainsi que l’importance du rôle de différents acteurs dans le processus de construction du texte constitutionnel en matière d’égalité de genre, en mettant l’accent sur les organisations de femmes.La Constitución de 1976, establece por primera vez en el orden constitucional portugués la igualdad de derechos de las mujeres. Este artículo analiza la evolución de los fundamentos constitucionales de la igualdad de género en los 40 años de la Constitución y sus siete revisiones, de la literatura y de los debates parlamentarios. La ruptura con la experiencia constitucional previa, especialmente con la de 1933, y la dimensión transformadora de la Constitución están en la base del papel clave que tuvo y tiene en la promoción de la igualdad de género y de políticas públicas en esta área. La densificación de la dimensión de la igualdad de género en el principio de igualdad, marcado por la creciente demanda de una igualdad de hecho y no sólo formal, ilustra y acompaña el curso de los derechos de las mujeres. El estudio de este curso permite identificar varios puntos de discusión y profundización para futura investigación. Inmediatamente, la influencia de la participación de Portugal en el proyecto europeo y en diversas organizaciones internacionales, así como la relevancia del papel de los diferentes actores en el proceso de construcción del texto constitucional en el ámbito de la igualdad de género, con especial atención a las organizaciones de mujeres.Editora Mundos Sociais2017-11-02T11:29:54Z2016-01-01T00:00:00Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10071/14553por0873-652910.7458/SPP2016NE10350Fertuzinhos, Sóniainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:28:02Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/14553Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:12:32.841166Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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