Rumos e ritmos da mudança linguística: alternância vocálica e flexão de número em português
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/102606 https://doi.org/10.15304/elg.7.2219 |
Resumo: | O português marca sufixalmente, em nomes e adjetivos, o valor de plural. No entanto, nalgumas palavras, um mecanismo de alternância vocálica ([o]/[ɔ]) colabora na marcação das oposições de número. Pretende-se, então, neste trabalho, dar conta das questões descritivas associadas a esse mecanismo, relacionando a sua dimensão sincrónica com as suas coordenadas históricas. Para tal, i) analisar-se-á a questão fonológica subjacente à alternância; ii) prestar-se-á atenção à sua dimensão morfolexical; iii) apresentar-se-ão os aspetos históricos que, entre outras coisas, dão sustentação empírica às análises sincrónicas. Observar-se-á, então, que um processo histórico de assimilação leva à constituição do mecanismo em análise, mas que fenómenos posteriores de analogia complexificam o seu funcionamento, determinando diferentes rumos de mudança. Dar-se-á relevo ao facto de a assistematicidade no estabelecimento de analogia(s) e o caráter lexicalmente idiossincrático da alternância [o]/ [ɔ] conduzir à existência de hesitações e usos variantes. Ao mesmo tempo, mostrar-se-á que a dimensão ortoépica que a questão assume não é necessariamente regulada pelas diferentes fontes codificatórias, em muitos casos dissimuladoras da complexidade dos usos. |
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Rumos e ritmos da mudança linguística: alternância vocálica e flexão de número em portuguêsDirections and rhythms of linguistic change: vowel alternation and number inflexion in PortuguesePortuguêsalternância vocálicaflexão de númerovariação linguísticamudança linguísticaPortuguese languagevowel alternationnumber inflectionlinguistic variationlinguistic changeO português marca sufixalmente, em nomes e adjetivos, o valor de plural. No entanto, nalgumas palavras, um mecanismo de alternância vocálica ([o]/[ɔ]) colabora na marcação das oposições de número. Pretende-se, então, neste trabalho, dar conta das questões descritivas associadas a esse mecanismo, relacionando a sua dimensão sincrónica com as suas coordenadas históricas. Para tal, i) analisar-se-á a questão fonológica subjacente à alternância; ii) prestar-se-á atenção à sua dimensão morfolexical; iii) apresentar-se-ão os aspetos históricos que, entre outras coisas, dão sustentação empírica às análises sincrónicas. Observar-se-á, então, que um processo histórico de assimilação leva à constituição do mecanismo em análise, mas que fenómenos posteriores de analogia complexificam o seu funcionamento, determinando diferentes rumos de mudança. Dar-se-á relevo ao facto de a assistematicidade no estabelecimento de analogia(s) e o caráter lexicalmente idiossincrático da alternância [o]/ [ɔ] conduzir à existência de hesitações e usos variantes. Ao mesmo tempo, mostrar-se-á que a dimensão ortoépica que a questão assume não é necessariamente regulada pelas diferentes fontes codificatórias, em muitos casos dissimuladoras da complexidade dos usos.The Portuguese language has an inflectional mechanism to distinguish between singular and plural forms of nouns and adjectives, but in some cases an [o]/ [ɔ] alternation also participates in the establishment of number oppositions. This article looks at some descriptive issues concerning the mechanism and relates the syncrhonic phenomenon to its diachronic background. Thus we will i) analyze the phonological phenomenon underlying the alternation in question, ii) examine its morpholexical dimension, and iii) look at some historical aspects that lend empirical support to our synchronic analyses. While a historical assimilation process initially gave rise to the mechanism described, as a result of subsequent analogical change its functioning increased in complexity and as a consequence, further change in various directions ensued. Due to the unsystematic nature of analogy and the lexical idiosyncrasy of the [o]/[ɔ] alternation, usage was subject to hesitations and variation. Prescriptive codifications do not always reflect this reality, and consequently often conceal the true complexity of language use.2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://hdl.handle.net/10316/102606http://hdl.handle.net/10316/102606https://doi.org/10.15304/elg.7.2219por1989-578X1889-2566Santos, Isabel Almeidainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-10-04T20:31:36Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/102606Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:19:33.605895Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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