Avaliação do Efeito da Exposição a Mercúrio na Obesidade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/8861 |
Resumo: | Introdução: a obesidade é uma epidemia à escala global que afeta todas as faixas etárias, sendo um fator de risco para patologias metabólicas e cardiovasculares. Atualmente, existem evidências que os contaminantes ambientais podem contribuir para o aumento de tecido adiposo e para a obesidade. No entanto, a contribuição do mercúrio para a obesidade ainda não é consensual entre a comunidade científica. Objetivo: Avaliar a concentração de mercúrio no cabelo e na urina dos participantes e comparar com os respetivos parâmetros antropométricos, bem como, hábitos alimentares, atividade física e recreativa, estilo de vida e saúde. Métodos: para a realização deste trabalho de investigação recrutaram-se 38 indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos. Todos os participantes preencheram 2 questionários e forneceram uma amostra de cabelo e urina. A quantificação de mercúrio nas amostras foi realizada através de espectrometria de absorção atómica com decomposição térmica e amálgama de ouro no equipamento NIC-MA-3000. Resultados: Foram recrutados 38 participantes, 66% do sexo feminino e 34% do sexo masculino com idades compreendidas entre os 21 e os 91 anos, cuja média foi 35 anos e o desvio padrão 19. Cerca de 62% consumia peixe várias vezes por semana, sendo o tipo de peixe mais consumido o de água salgada, 71% consumia fast food e 47% comida pré-confecionada. Relativamente ao IMC, 26% dos participantes apresentavam excesso de peso e 13% obesidade, para além disso, 34% dos participantes, apresentavam um índice cintura-anca aumentado. A média da concentração de mercúrio no cabelo foi 1220ng/g e na urina 0,768ng/g. Para 39% dos indivíduos os níveis de mercúrio no cabelo eram superiores ao recomendado como seguro pela USEPA (1000ng/g). Discussão: Comparativamente com o valor limiar de referência da USEPA para a concentração de Hg no cabelo 39% participantes apresentaram concentrações de mercúrio no cabelo superiores. Relativamente à concentração de mercúrio na urina, o valor de referência segundo a USEPA é 4-5ng/g, sendo que, todos participantes apresentaram valores inferiores ao de referência. Quanto à ingestão de peixe, obteve-se uma correlação significativa entre os níveis de mercúrio na urina e o consumo de marisco, no entanto ao contrário do que reporta a literatura, não se obteve uma relação entre o consumo de peixe e os níveis de mercúrio no cabelo. Por ultimo, em consenso com estudos já realizados obteve-se uma correlação positiva entre nº de produtos de higiene e ou cosméticos utilizados diariamente e os valores de mercúrio no cabelo. Conclusão: Com este estudo não se obteve uma associação entre os níveis de mercúrio e a obesidade. |
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Avaliação do Efeito da Exposição a Mercúrio na ObesidadeCompostos ObesogénicosContaminantes AmbientaisDesreguladores EndócrinosMercúrioObesidadeDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução: a obesidade é uma epidemia à escala global que afeta todas as faixas etárias, sendo um fator de risco para patologias metabólicas e cardiovasculares. Atualmente, existem evidências que os contaminantes ambientais podem contribuir para o aumento de tecido adiposo e para a obesidade. No entanto, a contribuição do mercúrio para a obesidade ainda não é consensual entre a comunidade científica. Objetivo: Avaliar a concentração de mercúrio no cabelo e na urina dos participantes e comparar com os respetivos parâmetros antropométricos, bem como, hábitos alimentares, atividade física e recreativa, estilo de vida e saúde. Métodos: para a realização deste trabalho de investigação recrutaram-se 38 indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos. Todos os participantes preencheram 2 questionários e forneceram uma amostra de cabelo e urina. A quantificação de mercúrio nas amostras foi realizada através de espectrometria de absorção atómica com decomposição térmica e amálgama de ouro no equipamento NIC-MA-3000. Resultados: Foram recrutados 38 participantes, 66% do sexo feminino e 34% do sexo masculino com idades compreendidas entre os 21 e os 91 anos, cuja média foi 35 anos e o desvio padrão 19. Cerca de 62% consumia peixe várias vezes por semana, sendo o tipo de peixe mais consumido o de água salgada, 71% consumia fast food e 47% comida pré-confecionada. Relativamente ao IMC, 26% dos participantes apresentavam excesso de peso e 13% obesidade, para além disso, 34% dos participantes, apresentavam um índice cintura-anca aumentado. A média da concentração de mercúrio no cabelo foi 1220ng/g e na urina 0,768ng/g. Para 39% dos indivíduos os níveis de mercúrio no cabelo eram superiores ao recomendado como seguro pela USEPA (1000ng/g). Discussão: Comparativamente com o valor limiar de referência da USEPA para a concentração de Hg no cabelo 39% participantes apresentaram concentrações de mercúrio no cabelo superiores. Relativamente à concentração de mercúrio na urina, o valor de referência segundo a USEPA é 4-5ng/g, sendo que, todos participantes apresentaram valores inferiores ao de referência. Quanto à ingestão de peixe, obteve-se uma correlação significativa entre os níveis de mercúrio na urina e o consumo de marisco, no entanto ao contrário do que reporta a literatura, não se obteve uma relação entre o consumo de peixe e os níveis de mercúrio no cabelo. Por ultimo, em consenso com estudos já realizados obteve-se uma correlação positiva entre nº de produtos de higiene e ou cosméticos utilizados diariamente e os valores de mercúrio no cabelo. Conclusão: Com este estudo não se obteve uma associação entre os níveis de mercúrio e a obesidade.Introduction: obesity is a global epidemic that affects all age groups and is a risk factor for metabolic and cardiovascular pathologies. Currently, there are evidences that environmental contaminants may contribute to increased adipose tissue and obesity. However, the contribution of mercury in obesity is still not consensual among the scientific community. Objectives: evaluate the concentration of mercury in the hair and urine of the participants and compare with the respective anthropometric parameters, eating habits, physical and recreational activity, lifestyle and health. Methods: for the accomplishment of this research work 38 individuals were recruited with an age equal to or greater than 18 years. All participants filled 2 questionnaires and provided a sample of hair and urine. The quantification of mercury in the samples was performed by atomic absorption spectrometry with thermal decomposition and amalgam of gold in the NIC-MA-3000 equipment. Results: thirty-eight participants were recruited, 66% female and 34% males with ages between 21 and 91 years, (mean ± standard deviation: 35±19). About 62% consumed fish several times a week, the most consumed type was saltwater, 71% consumed fast food and 47% pre-cooked food. Regarding BMI, 26% of the participants were overweight and 13% obese, in addition, 34% of the participants had an increased waist-hip ratio. The mean mercury concentration in hair was 1220ng/g and in urine 0.768ng/g. For 39% of the participants the levels of mercury in the hair were higher than that recommended as safe by USEPA (1000ng/g). Discussion: Compared with the USEPA reference threshold value for hair Hg concentration 39% participants had higher values. Concerning the mercury concentration in urine, the reference value according to the USEPA is 4-5ng/g, and all participants had values below the reference. Regarding fish intake, a significant correlation was found between mercury levels in urine and shellfish consumption. However, opposing to the literature, there was no relationship between fish consumption and mercury levels in the hair. Finally, in agreement with studies already carried out, a positive correlation was found between the number of hygiene products and/or cosmetics used daily and the mercury concentration in the hair. Conclusion: No association between mercury levels and obesity was found in this study.Pastorinho, Manuel Ramiro DiasSousa, Ana CatarinaSousa, Miguel Castelo Branco Craveiro deuBibliorumSousa, Sara Daniela Rodrigues2020-01-28T17:01:56Z2019-07-052019-05-242019-07-05T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/8861TID:202374262porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:49:13Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/8861Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:49:06.406726Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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