O papel da sociossexualidade, psicopatia e crenças sobre a violência sexual no recurso a estratégias sexualmente agressivas numa amostra masculina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Benzinho, Maria Emilia da Costa Alemão dos Santos
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/8897
Resumo: A violência sexual, conhecida por ser um problema de saúde e segurança pública, é uma manifestação de comportamentos desviantes, sendo uma temática transversal associada a diversificadas crenças culturais, diferentes faixas etárias, onde são utilizados variados recursos pelos praticantes desta agressão. Considerando a prevalência da violência sexual, incluindo nos estudantes universitários, e a necessidade de enriquecer os conhecimentos sobre este tema, o presente estudo tem como objetivo caraterizar a violência sexual com recurso a estratégias sexualmente agressivas em estudantes universitários do sexo masculino, como grupo de risco, considerando a influência de traços de psicopatia, sociossexualidade e crenças legitimadoras de violência sexual. 232 alunos universitários do sexo masculino (idade ≥ 18 anos) heterossexuais responderam ao questionário online “Diferenças de género na interação sexual com o sexo oposto”, constituído por um questionário sociodemográfico, pela Escala de Comportamentos Sexualmente Agressivos (SABS), pela Escala de Crenças sobre Violência Sexual (ECVS), pelo Inventário de Orientação Sociossexual (SOI) e pela versão portuguesa do Youth Psychopathic Traits Inventory – Short Version (YPI-S). Os dados recolhidos foram submetidos a uma análise estatística com descrição de frequências e posterior MANOVA e ANOVA, com um nível de significância de 0,05. 115 (56,7%) alunos não apresentaram historial de comportamento sexualmente agressivo. 88 (43,3%) reportaram o uso de alguma estratégia sexualmente agressiva, com a finalidade de iniciar interação social com mulher(es), em que 81,8% relataram comportamento considerado sexualmente coercivo, 44,3% como abuso sexual e 9,1% uso da força física. Os resultados revelaram um efeito principal significativo para a condição grupo (Grupo Agressor x Grupo não Agressor) na sociossexualidade e nas crenças legitimadores de violação, excepto na provocação à vítima bem como nos traços de psicopatia, em que não se verificaram diferenças significativas entre os grupos.Os resultados obtidos fomentam a possibilidade de reflexão para o desenvolvimento e realização de futuras investigações, que englobem populações mais jovens (em última análise desde a primeira infância), de forma a desenhar programas de prevenção e de intervenção mais adequados e eficazes nesta área, baseados na psico-educação, de modo a minimizar esta problemática.
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Considerando a prevalência da violência sexual, incluindo nos estudantes universitários, e a necessidade de enriquecer os conhecimentos sobre este tema, o presente estudo tem como objetivo caraterizar a violência sexual com recurso a estratégias sexualmente agressivas em estudantes universitários do sexo masculino, como grupo de risco, considerando a influência de traços de psicopatia, sociossexualidade e crenças legitimadoras de violência sexual. 232 alunos universitários do sexo masculino (idade ≥ 18 anos) heterossexuais responderam ao questionário online “Diferenças de género na interação sexual com o sexo oposto”, constituído por um questionário sociodemográfico, pela Escala de Comportamentos Sexualmente Agressivos (SABS), pela Escala de Crenças sobre Violência Sexual (ECVS), pelo Inventário de Orientação Sociossexual (SOI) e pela versão portuguesa do Youth Psychopathic Traits Inventory – Short Version (YPI-S). Os dados recolhidos foram submetidos a uma análise estatística com descrição de frequências e posterior MANOVA e ANOVA, com um nível de significância de 0,05. 115 (56,7%) alunos não apresentaram historial de comportamento sexualmente agressivo. 88 (43,3%) reportaram o uso de alguma estratégia sexualmente agressiva, com a finalidade de iniciar interação social com mulher(es), em que 81,8% relataram comportamento considerado sexualmente coercivo, 44,3% como abuso sexual e 9,1% uso da força física. Os resultados revelaram um efeito principal significativo para a condição grupo (Grupo Agressor x Grupo não Agressor) na sociossexualidade e nas crenças legitimadores de violação, excepto na provocação à vítima bem como nos traços de psicopatia, em que não se verificaram diferenças significativas entre os grupos.Os resultados obtidos fomentam a possibilidade de reflexão para o desenvolvimento e realização de futuras investigações, que englobem populações mais jovens (em última análise desde a primeira infância), de forma a desenhar programas de prevenção e de intervenção mais adequados e eficazes nesta área, baseados na psico-educação, de modo a minimizar esta problemática.Sexual violence, known for being a health and public safety problem, is a deviant behavioral manifestation, being a transversal thematic associated to diversified cultural beliefs, different age ranges, where varied resources are utilized by the practitioners of this aggression. Considering the prevalence of sexual aggression, including in university students, and the necessity to enrich the knowledge about this theme, the present study has as objective characterize sexual violence that resorts to sexually aggressive strategies in male university students, as a risk group, considering the influence of psychopathy traces, sociosexuality and legitimating beliefs of sexual violence. 232 heterosexual male university students (ages ≥ 18) answered to the online survey “Diferenças de género na interação sexual com o sexo oposto”, composed by a sociodemographic survey, by the Sexually Aggressive Behavior Scale (SABS), by the Escala de Crenças sobre Violência Sexual (ECVS), by the Sociosexual Orientation Inventory (SOI) and by portuguese version of the Youth Psychopathic Traits Inventory – Short Version (YPI-S). The collected data was submitted to a statistic analysis with frequency description and later MANOVA and ANOVA, with a significance level of 0,05. 115 (56,7%) students did not show any history of aggressive sexual behavior. 88 (43,3%) reported the use of some sexually aggressive strategy, with the intent of initiating sexual interaction with women, in which 81,8% reported a behavior considered sexually coercive, 44,3% as sexual abuse and 9,1% use of physical force. The results revealed a main significant effect for the group condition (Grupo Agressor x Grupo não Agressor) in the sociosexuality and the rape legitimating belief, except in the victim provocation as well as in the psychopathy traces, in which was not verified significant differences between groups. The obtained results promote the possibility of reflection for the development and realization of future investigations, which encompass younger populations (ultimately from early childhood), as a way to design more efficient and adequate prevention and intervention programs in this area, based on psycho-education, as a way to minimize this problem.2018-07-13T13:32:59Z2018-01-01T00:00:00Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10437/8897TID:201950235porBenzinho, Maria Emilia da Costa Alemão dos Santosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-09T14:09:19Zoai:recil.ensinolusofona.pt:10437/8897Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:16:22.041874Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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