General António Xavier Correia Barreto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rosado, David Miguel Pascoal
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/16664
Resumo: Comemorando-se no corrente ano de 2010 o Centenário da República Portuguesa, foi com grande oportunidade que para o ano lectivo 2010/2011, a Academia Militar escolheu para Patrono dos seus cursos de entrada, o General António Xavier Correia Barreto. O General Correia Barreto foi um dos mais insignes militares que este País teve e, acima de tudo, foi um símbolo da defesa constante da Democracia e da própria República. Inventor da Pólvora Barreto, uma pólvora sem fumo de óptima qualidade e que tantos méritos científicos e elevada economia de recursos financeiros concedeu a Portugal, este oficial desempenhou cargos tão diversos como Director do Arsenal do Exército, Comandante da 1.ª Divisão do Exército, Comandante-Geral da GNR, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Ministro da Guerra e Presidente do Senado e do Congresso. Conhecido pelo seu carisma, competência e indubitável dedicação à causa republicana, ganhou mesmo “uma aura de fiel da República”, posicionandose como o “natural Presidente do Senado e do Congresso”. A sua vida e obra assumem-se como um exemplo real daquilo que é contribuir, enquanto militar e enquanto cidadão, para que as Forças Armadas sejam também um factor de desenvolvimento e de modernização da sociedade. É esse o seu maior legado, alicerçado nos valores pátrios mais emergentes e na urgente advertência do significado atinente ao trabalho. Correia Barreto foi quase tudo o que um cidadão poderia ter sido na Primeira República e combateu todos os regimes não democráticos que emergiram entre 1910 e 1926. Sem surpresa, o seu processo de construção historiográfica nunca se assumiu como uma tarefa simples, até porque, por todos os motivos, ao Estado Novo interessava que este personagem “não passasse à História”. Felizmente, isso não se concretizou. O General António Xavier Correia Barreto ocupa hoje, muito merecidamente, o seu lugar na nossa História, sendo uma das mais altas figuras ligadas com a implantação da República. Quando em 2010 se comemora o Centenário da República Portuguesa, é oportuno que a memória colectiva exalte os seus maiores vultos. A Academia Militar, enquanto Estabelecimento de Ensino Superior Público Universitário Militar, não poderia estar apartada desse desígnio. Sublinhemos que Correia Barreto marcou indelevelmente os destinos de Portugal por diversas vezes. Não só foi o inventor de um tipo particular de pólvora que concedeu uma muito ambicionada independência financeira e técnica no campo da produção de material de guerra, como também, tendo sido um dos implicados na Revolução de 5 de Outubro de 1910, nunca deixou de abraçar os ideais democráticos em prol de um Portugal mais moderno e plural. Na hierarquia militar, Correia Barreto chegou ao posto de General aliando sempre a faceta castrense com os desafios académicos e científicos. E no âmbito político, enquanto Deputado, Ministro da Guerra, Senador e Presidente dessa Câmara legislativa (desde 1915 até ao seu encerramento em 1926), demonstrou, pela natureza da sua postura e pela rectidão do seu carácter, aquilo que de melhor se poderia ser como cidadão. Dentro do propósito de fortalecimento da base social de apoio aos ideais do novo regime político e do desenvolvimento de uma verdadeira “Educação Republicana”, situou-se, entre outras medidas políticas por si protagonizadas, a criação do Instituto Profissional dos Pupilos do Exército de Terra e Mar (IPPETM).1 Este Estabelecimento Militar de Ensino nunca esqueceu o seu Fundador, e prestes a comemorar também - em 25 de Maio de 2011 - o seu centenário, orgulha-se de ter como figura tutelar tão brilhante e distinto Português. Aos Cadetes-Alunos que ingressam na Academia Militar no ano lectivo 2010/2011, a vida e a obra do General Correia Barreto constituir-se-ão como referências indeléveis do seu trajecto académico e militar. Cabe-lhes honrar a figura do seu Patrono, trabalhando arduamente para conquistarem os seus objectivos. Num tempo em que os valores éticos sofrem mutações tão diversas numa sociedade em constante mudança, é importante que exaltemos os novos Cadetes- Alunos, desde muito cedo, a vencer pelo seu próprio esforço, com coerência, determinação e elevado sentido de responsabilidade.
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Conhecido pelo seu carisma, competência e indubitável dedicação à causa republicana, ganhou mesmo “uma aura de fiel da República”, posicionandose como o “natural Presidente do Senado e do Congresso”. A sua vida e obra assumem-se como um exemplo real daquilo que é contribuir, enquanto militar e enquanto cidadão, para que as Forças Armadas sejam também um factor de desenvolvimento e de modernização da sociedade. É esse o seu maior legado, alicerçado nos valores pátrios mais emergentes e na urgente advertência do significado atinente ao trabalho. Correia Barreto foi quase tudo o que um cidadão poderia ter sido na Primeira República e combateu todos os regimes não democráticos que emergiram entre 1910 e 1926. Sem surpresa, o seu processo de construção historiográfica nunca se assumiu como uma tarefa simples, até porque, por todos os motivos, ao Estado Novo interessava que este personagem “não passasse à História”. Felizmente, isso não se concretizou. O General António Xavier Correia Barreto ocupa hoje, muito merecidamente, o seu lugar na nossa História, sendo uma das mais altas figuras ligadas com a implantação da República. Quando em 2010 se comemora o Centenário da República Portuguesa, é oportuno que a memória colectiva exalte os seus maiores vultos. A Academia Militar, enquanto Estabelecimento de Ensino Superior Público Universitário Militar, não poderia estar apartada desse desígnio. Sublinhemos que Correia Barreto marcou indelevelmente os destinos de Portugal por diversas vezes. Não só foi o inventor de um tipo particular de pólvora que concedeu uma muito ambicionada independência financeira e técnica no campo da produção de material de guerra, como também, tendo sido um dos implicados na Revolução de 5 de Outubro de 1910, nunca deixou de abraçar os ideais democráticos em prol de um Portugal mais moderno e plural. Na hierarquia militar, Correia Barreto chegou ao posto de General aliando sempre a faceta castrense com os desafios académicos e científicos. E no âmbito político, enquanto Deputado, Ministro da Guerra, Senador e Presidente dessa Câmara legislativa (desde 1915 até ao seu encerramento em 1926), demonstrou, pela natureza da sua postura e pela rectidão do seu carácter, aquilo que de melhor se poderia ser como cidadão. Dentro do propósito de fortalecimento da base social de apoio aos ideais do novo regime político e do desenvolvimento de uma verdadeira “Educação Republicana”, situou-se, entre outras medidas políticas por si protagonizadas, a criação do Instituto Profissional dos Pupilos do Exército de Terra e Mar (IPPETM).1 Este Estabelecimento Militar de Ensino nunca esqueceu o seu Fundador, e prestes a comemorar também - em 25 de Maio de 2011 - o seu centenário, orgulha-se de ter como figura tutelar tão brilhante e distinto Português. 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