Marcelo Caetano e a Origem do Exercício ALCORA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barroso, Luís
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://revistas.rcaap.pt/cea/article/view/15700
Resumo: O objetivo deste texto é determinar as razões que levaram a África do Sul a ansiar por apressar a formalização do Exercício ALCORA em outubro de 1970, depois de apresentarem o plano de defesa para a África Austral em março desse ano. Não obstante as dinâmicas globais da Guerra Fria, consideramos que o Exercício ALCORA resultou da desconfiança sul-africana na capacidade de Portugal conseguir derrotar os movimentos de libertação em Angola e Moçambique. O nosso argumento considera o ano de 1968-69 como charneira entre os relacionamentos informais e a necessidade de um relacionamento formal, que permitisse a Pretória o controlo da estratégia global para a África Austral, dado o valor estratégico que Angola e Moçambique tinham para Pretória. Embora inicialmente focalizado na dimensão militar, é de admitir também que o Exercício ALCORA pudesse ser um primeiro passo para uma maior integração política na África Austral, envolvendo as dimensões económicas, sociais e políticas. Atendendo que o Exercício ALCORA se focava na contrainsurgência, um acordo militar foi um passo lógico, apesar dos problemas decorrentes das políticas raciais.
id RCAP_1dc83980fa41c656fb504de730cfae26
oai_identifier_str oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/15700
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Marcelo Caetano e a Origem do Exercício ALCORAO objetivo deste texto é determinar as razões que levaram a África do Sul a ansiar por apressar a formalização do Exercício ALCORA em outubro de 1970, depois de apresentarem o plano de defesa para a África Austral em março desse ano. Não obstante as dinâmicas globais da Guerra Fria, consideramos que o Exercício ALCORA resultou da desconfiança sul-africana na capacidade de Portugal conseguir derrotar os movimentos de libertação em Angola e Moçambique. O nosso argumento considera o ano de 1968-69 como charneira entre os relacionamentos informais e a necessidade de um relacionamento formal, que permitisse a Pretória o controlo da estratégia global para a África Austral, dado o valor estratégico que Angola e Moçambique tinham para Pretória. Embora inicialmente focalizado na dimensão militar, é de admitir também que o Exercício ALCORA pudesse ser um primeiro passo para uma maior integração política na África Austral, envolvendo as dimensões económicas, sociais e políticas. Atendendo que o Exercício ALCORA se focava na contrainsurgência, um acordo militar foi um passo lógico, apesar dos problemas decorrentes das políticas raciais.Centro de Estudos Internacionais do Instituto Universitário de Lisboa2018-11-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttps://revistas.rcaap.pt/cea/article/view/15700Cadernos de Estudos Africanos; N.º 35 (2018): Da Resistência Colonial aos Desafios da Contemporaneidade: 40 anos de independência das colónias portuguesas; 35-592182-74001645-3794reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttps://revistas.rcaap.pt/cea/article/view/15700https://revistas.rcaap.pt/cea/article/view/15700/12855Direitos de Autor (c) 2018 Cadernos de Estudos Africanosinfo:eu-repo/semantics/openAccessBarroso, Luís2023-12-04T17:14:50Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/15700Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:41:08.480598Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Marcelo Caetano e a Origem do Exercício ALCORA
title Marcelo Caetano e a Origem do Exercício ALCORA
spellingShingle Marcelo Caetano e a Origem do Exercício ALCORA
Barroso, Luís
title_short Marcelo Caetano e a Origem do Exercício ALCORA
title_full Marcelo Caetano e a Origem do Exercício ALCORA
title_fullStr Marcelo Caetano e a Origem do Exercício ALCORA
title_full_unstemmed Marcelo Caetano e a Origem do Exercício ALCORA
title_sort Marcelo Caetano e a Origem do Exercício ALCORA
author Barroso, Luís
author_facet Barroso, Luís
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Barroso, Luís
description O objetivo deste texto é determinar as razões que levaram a África do Sul a ansiar por apressar a formalização do Exercício ALCORA em outubro de 1970, depois de apresentarem o plano de defesa para a África Austral em março desse ano. Não obstante as dinâmicas globais da Guerra Fria, consideramos que o Exercício ALCORA resultou da desconfiança sul-africana na capacidade de Portugal conseguir derrotar os movimentos de libertação em Angola e Moçambique. O nosso argumento considera o ano de 1968-69 como charneira entre os relacionamentos informais e a necessidade de um relacionamento formal, que permitisse a Pretória o controlo da estratégia global para a África Austral, dado o valor estratégico que Angola e Moçambique tinham para Pretória. Embora inicialmente focalizado na dimensão militar, é de admitir também que o Exercício ALCORA pudesse ser um primeiro passo para uma maior integração política na África Austral, envolvendo as dimensões económicas, sociais e políticas. Atendendo que o Exercício ALCORA se focava na contrainsurgência, um acordo militar foi um passo lógico, apesar dos problemas decorrentes das políticas raciais.
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018-11-23
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revistas.rcaap.pt/cea/article/view/15700
url https://revistas.rcaap.pt/cea/article/view/15700
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revistas.rcaap.pt/cea/article/view/15700
https://revistas.rcaap.pt/cea/article/view/15700/12855
dc.rights.driver.fl_str_mv Direitos de Autor (c) 2018 Cadernos de Estudos Africanos
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Direitos de Autor (c) 2018 Cadernos de Estudos Africanos
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Centro de Estudos Internacionais do Instituto Universitário de Lisboa
publisher.none.fl_str_mv Centro de Estudos Internacionais do Instituto Universitário de Lisboa
dc.source.none.fl_str_mv Cadernos de Estudos Africanos; N.º 35 (2018): Da Resistência Colonial aos Desafios da Contemporaneidade: 40 anos de independência das colónias portuguesas; 35-59
2182-7400
1645-3794
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799136314651574272