Atendimento em cuidados paliativos pediátricos: a perspectiva dos profissionais de saúde - enfermeiros
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://repositorio.cespu.pt/handle/20.500.11816/90 http://hdl.handle.net/20.500.11816/90 |
Resumo: | Apesar da evolução da medicina, a verdade é que continuam a existir situações clínicas para as quais os novos meios e as novas técnicas médicas não conseguem fornecer a resposta desejada, acabando por culminar com a morte do individuo. Tais acontecimentos verificam-se não só na idade adulta, mas também numa população mais jovem. A notícia de uma doença numa criança é por si só um acontecimento muito stressante para a família, tornando-se ainda mais dramático quando em simultâneo essa noticia é acompanhada por um mau prognóstico, uma vez que a doença grave constitui uma “surpresa dolorosa”, um golpe difícil de suportar que irá pôr à prova todos os valores em que a família se baseia, a solidez dos laços afectivos entre os seus membros, a união e a solidariedade entre todos. Em simultâneo, é também um acontecimento stressante e “indesejado” para os profissionais de saúde uma vez que estes se deparam com uma falta de treino que lhes permita lidar mais “tranquilamente” com estes acontecimentos. Ou seja, os profissionais de saúde são “treinados” para tratar/curar/salvar vidas, esquecendo-se um pouco que nem sempre se verifica viável a “salvação” de um paciente. Neste sentido, nas situações de fim de vida/ameaça de vida o apoio dos profissionais de saúde deixa de ter como principal objectivo a cura da doença, passando a centrar-se essencialmente na qualidade de vida das crianças doentes através da prevenção e alívio do sofrimento, bem como num apoio constante à família. Este tipo de cuidados são nomeados como Cuidados Paliativos Pediátricos e apresentam um papel preponderante no acompanhamento destas crianças e famílias A presente investigação encontra-se integrada numa linha de investigação e tem como objectivo realizar um levantamento de informação sobre a implementação de Cuidados Paliativos Pediátricos e perspectivas e necessidades sentidas, junto dos enfermeiros que exercem as suas funções em hospitais na área do Grande Porto e Minho. Desenvolveu-se um estudo de natureza exploratória, recorrendo à utilização de um questionário traduzido e adaptado, que permitisse recolher os dados pretendidos. Os resultados obtidos permitem perceber a noção que os profissionais de saúde possuem relativamente à temática em estudo, corroborando a informação já existente. Ou seja, Portugal ainda não possui estruturas, nem estratégias, que permitam realizar a prestação de cuidados paliativos pediátricos. Além desta falta de estruturas e meios, constatamos ainda que não existem equipas especializadas na prestação deste tipo de cuidados, nem tão pouco são fornecidos conhecimentos, formação e treino aos profissionais para que estes lidem de forma mais adaptada com as situações de ameaça de vida. Os resultados obtidos pretendem contribuir para a melhor compreensão da realidade vivenciada em relação aos CPP, na esperança que possam influenciar e proporcionar uma base para novas pesquisas neste âmbito. |
id |
RCAP_1dd8761b3c43dd4c80c8329e19d04775 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.cespu.pt:20.500.11816/90 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Atendimento em cuidados paliativos pediátricos: a perspectiva dos profissionais de saúde - enfermeiroscuidados paliativoscuidados paliativos pediátricoscuidados paliativos em/para criançaspediatriasofrimentoqualidade de vidamorteenfermeiroApesar da evolução da medicina, a verdade é que continuam a existir situações clínicas para as quais os novos meios e as novas técnicas médicas não conseguem fornecer a resposta desejada, acabando por culminar com a morte do individuo. Tais acontecimentos verificam-se não só na idade adulta, mas também numa população mais jovem. A notícia de uma doença numa criança é por si só um acontecimento muito stressante para a família, tornando-se ainda mais dramático quando em simultâneo essa noticia é acompanhada por um mau prognóstico, uma vez que a doença grave constitui uma “surpresa dolorosa”, um golpe difícil de suportar que irá pôr à prova todos os valores em que a família se baseia, a solidez dos laços afectivos entre os seus membros, a união e a solidariedade entre todos. Em simultâneo, é também um acontecimento stressante e “indesejado” para os profissionais de saúde uma vez que estes se deparam com uma falta de treino que lhes permita lidar mais “tranquilamente” com estes acontecimentos. Ou seja, os profissionais de saúde são “treinados” para tratar/curar/salvar vidas, esquecendo-se um pouco que nem sempre se verifica viável a “salvação” de um paciente. Neste sentido, nas situações de fim de vida/ameaça de vida o apoio dos profissionais de saúde deixa de ter como principal objectivo a cura da doença, passando a centrar-se essencialmente na qualidade de vida das crianças doentes através da prevenção e alívio do sofrimento, bem como num apoio constante à família. Este tipo de cuidados são nomeados como Cuidados Paliativos Pediátricos e apresentam um papel preponderante no acompanhamento destas crianças e famílias A presente investigação encontra-se integrada numa linha de investigação e tem como objectivo realizar um levantamento de informação sobre a implementação de Cuidados Paliativos Pediátricos e perspectivas e necessidades sentidas, junto dos enfermeiros que exercem as suas funções em hospitais na área do Grande Porto e Minho. Desenvolveu-se um estudo de natureza exploratória, recorrendo à utilização de um questionário traduzido e adaptado, que permitisse recolher os dados pretendidos. Os resultados obtidos permitem perceber a noção que os profissionais de saúde possuem relativamente à temática em estudo, corroborando a informação já existente. Ou seja, Portugal ainda não possui estruturas, nem estratégias, que permitam realizar a prestação de cuidados paliativos pediátricos. Além desta falta de estruturas e meios, constatamos ainda que não existem equipas especializadas na prestação deste tipo de cuidados, nem tão pouco são fornecidos conhecimentos, formação e treino aos profissionais para que estes lidem de forma mais adaptada com as situações de ameaça de vida. Os resultados obtidos pretendem contribuir para a melhor compreensão da realidade vivenciada em relação aos CPP, na esperança que possam influenciar e proporcionar uma base para novas pesquisas neste âmbito.2011-10-14T09:46:00Z2011-01-01T00:00:00Z2011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.cespu.pt/handle/20.500.11816/90http://hdl.handle.net/20.500.11816/90TID:201041650porRodrigues, Sara Filipa Pereirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-05-31T13:58:47Zoai:repositorio.cespu.pt:20.500.11816/90Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:57:01.192118Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Atendimento em cuidados paliativos pediátricos: a perspectiva dos profissionais de saúde - enfermeiros |
title |
Atendimento em cuidados paliativos pediátricos: a perspectiva dos profissionais de saúde - enfermeiros |
spellingShingle |
Atendimento em cuidados paliativos pediátricos: a perspectiva dos profissionais de saúde - enfermeiros Rodrigues, Sara Filipa Pereira cuidados paliativos cuidados paliativos pediátricos cuidados paliativos em/para crianças pediatria sofrimento qualidade de vida morte enfermeiro |
title_short |
Atendimento em cuidados paliativos pediátricos: a perspectiva dos profissionais de saúde - enfermeiros |
title_full |
Atendimento em cuidados paliativos pediátricos: a perspectiva dos profissionais de saúde - enfermeiros |
title_fullStr |
Atendimento em cuidados paliativos pediátricos: a perspectiva dos profissionais de saúde - enfermeiros |
title_full_unstemmed |
Atendimento em cuidados paliativos pediátricos: a perspectiva dos profissionais de saúde - enfermeiros |
title_sort |
Atendimento em cuidados paliativos pediátricos: a perspectiva dos profissionais de saúde - enfermeiros |
author |
Rodrigues, Sara Filipa Pereira |
author_facet |
Rodrigues, Sara Filipa Pereira |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Rodrigues, Sara Filipa Pereira |
dc.subject.por.fl_str_mv |
cuidados paliativos cuidados paliativos pediátricos cuidados paliativos em/para crianças pediatria sofrimento qualidade de vida morte enfermeiro |
topic |
cuidados paliativos cuidados paliativos pediátricos cuidados paliativos em/para crianças pediatria sofrimento qualidade de vida morte enfermeiro |
description |
Apesar da evolução da medicina, a verdade é que continuam a existir situações clínicas para as quais os novos meios e as novas técnicas médicas não conseguem fornecer a resposta desejada, acabando por culminar com a morte do individuo. Tais acontecimentos verificam-se não só na idade adulta, mas também numa população mais jovem. A notícia de uma doença numa criança é por si só um acontecimento muito stressante para a família, tornando-se ainda mais dramático quando em simultâneo essa noticia é acompanhada por um mau prognóstico, uma vez que a doença grave constitui uma “surpresa dolorosa”, um golpe difícil de suportar que irá pôr à prova todos os valores em que a família se baseia, a solidez dos laços afectivos entre os seus membros, a união e a solidariedade entre todos. Em simultâneo, é também um acontecimento stressante e “indesejado” para os profissionais de saúde uma vez que estes se deparam com uma falta de treino que lhes permita lidar mais “tranquilamente” com estes acontecimentos. Ou seja, os profissionais de saúde são “treinados” para tratar/curar/salvar vidas, esquecendo-se um pouco que nem sempre se verifica viável a “salvação” de um paciente. Neste sentido, nas situações de fim de vida/ameaça de vida o apoio dos profissionais de saúde deixa de ter como principal objectivo a cura da doença, passando a centrar-se essencialmente na qualidade de vida das crianças doentes através da prevenção e alívio do sofrimento, bem como num apoio constante à família. Este tipo de cuidados são nomeados como Cuidados Paliativos Pediátricos e apresentam um papel preponderante no acompanhamento destas crianças e famílias A presente investigação encontra-se integrada numa linha de investigação e tem como objectivo realizar um levantamento de informação sobre a implementação de Cuidados Paliativos Pediátricos e perspectivas e necessidades sentidas, junto dos enfermeiros que exercem as suas funções em hospitais na área do Grande Porto e Minho. Desenvolveu-se um estudo de natureza exploratória, recorrendo à utilização de um questionário traduzido e adaptado, que permitisse recolher os dados pretendidos. Os resultados obtidos permitem perceber a noção que os profissionais de saúde possuem relativamente à temática em estudo, corroborando a informação já existente. Ou seja, Portugal ainda não possui estruturas, nem estratégias, que permitam realizar a prestação de cuidados paliativos pediátricos. Além desta falta de estruturas e meios, constatamos ainda que não existem equipas especializadas na prestação deste tipo de cuidados, nem tão pouco são fornecidos conhecimentos, formação e treino aos profissionais para que estes lidem de forma mais adaptada com as situações de ameaça de vida. Os resultados obtidos pretendem contribuir para a melhor compreensão da realidade vivenciada em relação aos CPP, na esperança que possam influenciar e proporcionar uma base para novas pesquisas neste âmbito. |
publishDate |
2011 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2011-10-14T09:46:00Z 2011-01-01T00:00:00Z 2011 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.cespu.pt/handle/20.500.11816/90 http://hdl.handle.net/20.500.11816/90 TID:201041650 |
url |
https://repositorio.cespu.pt/handle/20.500.11816/90 http://hdl.handle.net/20.500.11816/90 |
identifier_str_mv |
TID:201041650 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799131644002566144 |