Validação industrial de rolhas técnicas de cortiça produzidas com colas bio

• Autor(a) principal: Carvalho, Bruno José Silva
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/31953
• topic: Cortiça; Rolhas; Poliuretanos; Polióis; Isocianatos; Rolhas microaglomeradas

Esta dissertação teve como objetivo alargar a validação da primeira cola “bio” da Amorim, formulada com componentes de origem biológica e renováveis (cerca de 70 %), a todos os segmentos de rolhas de cortiça aglomerada com interesse para vinhos tranquilos, espumosos e espirituosos. À escala piloto foram realizados oito ensaios, dos quais se selecionaram duas colas para avançar para ensaios à escala semi-industrial. As rolhas obtidas foram aprovadas em todos os parâmetros físico-mecânicos, apresentando até menores absorções de água em relação às rolhas produzidas com a cola de referência. Recentemente, a Amorim Cork S.A desenvolveu uma tecnologia inovadora para remoção de tricloroanisol (tecnologia Xpür ®) do granulado de cortiça, sendo necessário proceder à aprovação da cola bio 1 para produção de rolhas Neutrocork® (segmento tranquilos) com este granulado. Foram realizados oito ensaios semi-industriais para avaliar o efeito das seguintes variáveis: adição de água, remoção de óleo desmoldante, adição de ácido fosfórico e variação da temperatura do forno frio, obtendo-se melhores resultados no ensaio sem água, sem ácido fosfórico e 65 °C de temperatura de forno frio. Neste ensaio as rolhas bio apresentaram densidades sem diferenças estatisticamente significativas em relação às rolhas de referência (272 vs 275 /3), e até melhores absorções de água (14,1 % vs. 17,8 %). Também à escala semi-industrial foram produzidas rolhas Neutrotop (segmento espirituosos) com cola bio 1, pela primeira vez, tendo sido realizados um total de três ensaios para avaliar o efeito do tempo de ciclo. Do ensaio 2 obtiveram-se rolhas sem diferenças estatisticamente significativas em termos de densidade (306 vs. 307 /3), e absorções em água e solução etanólica (17,8 % e 39,8 % respetivamente) significativamente inferiores às da referência (20,8 % e 43,5%). Este trabalho contribuiu para validar a transição das colas de base 100 % petroquímica para colas sem tolueno diisocinato e metil difenil diisocinato, mais seguras, e para consolidar a estratégia do Grupo Amorim de se tornar a primeira empresa do setor corticeiro a oferecer ao mercado rolhas de cortiça produzidas com colas “bio”, formuladas com componentes renováveis, para todos os segmentos de vedantes.