O absoluto do bem, o tempo e o mal, em A cidade de Deus, de Santo Agostinho

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Américo José Pinheira
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/32575
Resumo: Na fidelidade à intuição platónica de um absoluto de actualidade híper-ôntica, híper-onto-lógica, metaforizada nas diferentes imagens do bem-sol presentes na Politeia, de que tudo retira necessariamente a sua possibilidade de ser, Agostinho de Hipona, aponta para uma trans-realidade absoluta, absolutamente metafísica, que é absoluta origem de toda a onticidade própria deste que é o mundo em que os seres humanos se encontram. É na relação de total dependência principial com esta trans-realidade que se encontra a possibilidade do âmago ôntico de isso que é o mundo, o mesmo movimento, absoluto dado em e por tal relação e que é isso que produz tempo e espaço. Nada na pureza da relação atenta contra a perfeição realizável da possibilidade de positividade ontológica a realizar no mundo (que é a própria matriz da divina cidade), mas da mesma perfeição criatural específica de um determinado grupo faz parte a possibilidade de perversão, por negação, da pureza do laço metafísico com o absoluto da possibilidade de positividade ontológica: tal é a origem do mal.
id RCAP_1e3cccfca695460a1e0f527f00d4e734
oai_identifier_str oai:repositorio.ucp.pt:10400.14/32575
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling O absoluto do bem, o tempo e o mal, em A cidade de Deus, de Santo AgostinhoThe absolute of good, time and evil in The city of God, by Augustine (books XI and XII)DeusSanto AgostinhoCriaçãoTempoLivre-arbítrioGodSaint AugustineCreationTimeFree-willNa fidelidade à intuição platónica de um absoluto de actualidade híper-ôntica, híper-onto-lógica, metaforizada nas diferentes imagens do bem-sol presentes na Politeia, de que tudo retira necessariamente a sua possibilidade de ser, Agostinho de Hipona, aponta para uma trans-realidade absoluta, absolutamente metafísica, que é absoluta origem de toda a onticidade própria deste que é o mundo em que os seres humanos se encontram. É na relação de total dependência principial com esta trans-realidade que se encontra a possibilidade do âmago ôntico de isso que é o mundo, o mesmo movimento, absoluto dado em e por tal relação e que é isso que produz tempo e espaço. Nada na pureza da relação atenta contra a perfeição realizável da possibilidade de positividade ontológica a realizar no mundo (que é a própria matriz da divina cidade), mas da mesma perfeição criatural específica de um determinado grupo faz parte a possibilidade de perversão, por negação, da pureza do laço metafísico com o absoluto da possibilidade de positividade ontológica: tal é a origem do mal.Faithful to the platonic intuition of a hyper-ontological absolute of reality, according to the metaphors of the sun-good present in Plato's Republic, absolute from which everything necessarily withdraws its possibility of being, Saint Augustine aims at an absolute trans-reality, absolutely metaphysical, that is the absolute origin of all self-onticity specific to this one world, that in which the human beings exist. It is in the totally dependent relation of principle with this trans-reality that can be found the ontological core of what is the world, movement itself, absolute datum given in and by that same relation, thus creating time and space. Nothing in the sheer purity of this relation attempts against the making of the possible perfection of the ontological positivity to be realized as the world. Of this same creatural perfection is part the possibility of perversion through negation of the purity of the metaphysical bond with the absolute of the possibility of ontological positivity: this is the metaphysical origin of evil.Veritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaPereira, Américo José Pinheira2021-04-14T12:47:05Z20192019-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/32575por1678-6785000484791700001info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-12T17:38:03Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/32575Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:26:18.988460Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv O absoluto do bem, o tempo e o mal, em A cidade de Deus, de Santo Agostinho
The absolute of good, time and evil in The city of God, by Augustine (books XI and XII)
title O absoluto do bem, o tempo e o mal, em A cidade de Deus, de Santo Agostinho
spellingShingle O absoluto do bem, o tempo e o mal, em A cidade de Deus, de Santo Agostinho
Pereira, Américo José Pinheira
Deus
Santo Agostinho
Criação
Tempo
Livre-arbítrio
God
Saint Augustine
Creation
Time
Free-will
title_short O absoluto do bem, o tempo e o mal, em A cidade de Deus, de Santo Agostinho
title_full O absoluto do bem, o tempo e o mal, em A cidade de Deus, de Santo Agostinho
title_fullStr O absoluto do bem, o tempo e o mal, em A cidade de Deus, de Santo Agostinho
title_full_unstemmed O absoluto do bem, o tempo e o mal, em A cidade de Deus, de Santo Agostinho
title_sort O absoluto do bem, o tempo e o mal, em A cidade de Deus, de Santo Agostinho
author Pereira, Américo José Pinheira
author_facet Pereira, Américo José Pinheira
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Veritati - Repositório Institucional da Universidade Católica Portuguesa
dc.contributor.author.fl_str_mv Pereira, Américo José Pinheira
dc.subject.por.fl_str_mv Deus
Santo Agostinho
Criação
Tempo
Livre-arbítrio
God
Saint Augustine
Creation
Time
Free-will
topic Deus
Santo Agostinho
Criação
Tempo
Livre-arbítrio
God
Saint Augustine
Creation
Time
Free-will
description Na fidelidade à intuição platónica de um absoluto de actualidade híper-ôntica, híper-onto-lógica, metaforizada nas diferentes imagens do bem-sol presentes na Politeia, de que tudo retira necessariamente a sua possibilidade de ser, Agostinho de Hipona, aponta para uma trans-realidade absoluta, absolutamente metafísica, que é absoluta origem de toda a onticidade própria deste que é o mundo em que os seres humanos se encontram. É na relação de total dependência principial com esta trans-realidade que se encontra a possibilidade do âmago ôntico de isso que é o mundo, o mesmo movimento, absoluto dado em e por tal relação e que é isso que produz tempo e espaço. Nada na pureza da relação atenta contra a perfeição realizável da possibilidade de positividade ontológica a realizar no mundo (que é a própria matriz da divina cidade), mas da mesma perfeição criatural específica de um determinado grupo faz parte a possibilidade de perversão, por negação, da pureza do laço metafísico com o absoluto da possibilidade de positividade ontológica: tal é a origem do mal.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019
2019-01-01T00:00:00Z
2021-04-14T12:47:05Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.14/32575
url http://hdl.handle.net/10400.14/32575
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 1678-6785
000484791700001
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799131979565760512