Índice de sensibilidade ao pisoteio e estratégias de gestão dos trilhos de natureza no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/75596 |
Resumo: | A procura por atividades de turismo de natureza tem vindo a aumentar a nível mundial o que traz vários benefícios para o desenvolvimento económico e social de uma região através da geração de emprego e da melhoria da qualidade de vida das comunidades locais. No entanto, para além de benefícios o turismo de natureza pode implicar também impactos negativos ao potenciar a degradação de áreas naturais que muitas vezes possuem estatutos de proteção. O presente estudo visa avaliar a sensibilidade do território em área protegida à atividade da caminhada, de forma a identificar, se necessário, medidas de gestão e monitorização dos trilhos de caminhada. Para tal, foi utilizando como caso de estudo o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV). Para avaliar a sensibilidade do território, foram selecionados vários indicadores que definem a vulnerabilidade do território: habitats, vegetação, risco de erosão e património arqueológico. Foram também estudados dois indicadores adicionais, risco de cheia e risco de incêndio. O conjunto de indicadores foi agregado num índice único através de duas perspetivas, uma compensatória e outra não compensatória, para avaliar a que melhor traduz a sensibilidade do território ao pisoteio. Dadas as características da área de estudo, o índice foi dividido em dois períodos: húmido e seco. O índice de sensibilidade permitiu identificar os locais mais sensíveis a pisoteio da área de estudo, verificando que estes se encontram na faixa costeira do PNSACV dada a existência de habitats e vegetação endémica particularmente vulnerável. Na zona interior do Parque, a sensibilidade é inferior e é influenciada na sua maioria pelo risco de erosão. Foi possível concluir que a perspetiva não compensatória é a mais eficaz na definição de sensibilidade ao pisoteio. Para identificar os trilhos que carecem de medidas de gestão e monitorização, o índice de sensibilidade ao pisoteio foi cruzado com as características da procura turística dos trilhos de caminhada do PNSACV, bem como os níveis de procura dos mesmos. Foram definidos dois tipos de trilhos: os que necessitam de intervenção e outros de vigilância. Concluiu-se que os trilhos que necessitam de intervenção e vigilância se localizam na faixa costeira, dado que esta alia uma alta sensibilidade a uma procura turística elevada. Evidencia-se a utilidade do índice de sensibilidade ao pisoteio como ferramenta de gestão de trilhos de natureza, dado que este permite colmatar algumas falhas associadas à integração dos mesmos em áreas protegidas. Além disto, a metodologia usada apresenta elevado potencial de replicação em outras áreas protegidas com trilhos de natureza. Recomenda-se o aumento do nível de detalhe da cartografia utilizada de forma a incrementar a fiabilidade do índice e futura orientação de estratégias de gestão da área. |
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