Apoio político e voto: a emergência dos novos competidores em Espanha
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/15326 |
Resumo: | Após a eclosão da crise internacional de 2008, os níveis de confiança dos cidadãos nas instituições políticas, de satisfação com o funcionamento da democracia e das avaliações da situação política sofreram um declínio considerável. No mesmo período, assistiu-se a uma rejeição dos partidos tradicionais nas eleições de europeias de 2014. Essa tendência acentuou-se e confirmou-se nas eleições legislativas de 2015 e de 2016. Nesta pesquisa faz-se uma análise descritiva que mostra que a erosão da confiança dos cidadãos nas instituições políticas e da satisfação com o funcionamento da democracia não foi um processo uniforme na Europa e que afetou particularmente a Espanha. Demonstra-se ainda que a fragmentação do sistema partidário espanhol conduziu a uma mudança do seu formato. Em termos explicativos, analisam-se os efeitos das variáveis abrangidas pelo conceito de apoio político de David Easton (1975) (confiança nas instituições políticas, satisfação com o funcionamento da democracia e avaliações da situação política) sobre o voto no "Unidos Podemos" e no "Ciudadanos" nas eleições legislativas de 2016, por comparação com os partidos "catch-all" espanhóis, não descurando os efeitos das tradicionais variáveis explicativas do voto em Espanha. O argumento defendido é que a crise económica não contribuiu diretamente para a ascensão eleitoral do "Unidos Podemos" e do "Ciudadanos". A crise exponenciou a degradação da confiança dos cidadãos nas instituições políticas e a insatisfação com o funcionamento da democracia. O acentuar da desconfiança política e da insatisfação com o funcionamento da democracia traduziu-se na rejeição dos partidos mainstream nas eleições legislativas de 2016. |
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