Argumentação matemática de alunos do 5º ano de escolaridade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/20.500.11960/1412 |
Resumo: | A Geometria é um domínio que está intimamente ligado à realidade e, grande parte do pensamento pode ser concretizado experimentalmente. Nascimento (2008) defende que talvez a geometria seja um dos ramos da matemática mais intuitivo, concreto e ligado com a realidade, surgindo, por isso, como uma das áreas temática mais fáceis para os alunos exporem as suas ideias e apresentarem os seus argumentos. Apesar de ser uma área muito ligada à realidade também é nesta que se verifica menos sucesso na avaliação externa. Gould (2003) considera que a argumentação contribui para o desenvolvimento compartilhado da compreensão Matemática. Assim, parece que a exploração da argumentação na sala de aula terá muito a contribuir para o desenvolvimento dos alunos ao nível do conhecimento matemático. Neste âmbito, pretendeu-se investigar – Argumentação matemática de alunos do 5.º ano de escolaridade. Para orientar o estudo formularam-se as seguintes questões: a) Que conceções manifestam alunos do 5.º ano de escolaridade sobre o conhecimento matemático? Essas conceções evoluíram ao longo do estudo?; b) Como se caracterizam os argumentos matemáticos de alunos do 5.º ano de escolaridade?; c) Como se caracterizam as dificuldades manifestadas por alunos do 5.º ano de escolaridade? Porque é que os alunos do 5.º ano apresentam dificuldades quando argumentam matematicamente? Como é possível ultrapassar algumas das dificuldades? De acordo com o problema desenvolveu-se um estudo de natureza qualitativa que assumiu o desenho de estudo de caso. A recolha de dados foi feita em ambiente natural de uma turma do 5.º ano de escolaridade, nas disciplinas curriculares de Matemática e Estudo Acompanhado. A investigadora assumiu o papel de observadora participante. Para levar por diante este estudo, selecionaram-se dois casos – dois pares de alunos da turma. Estes foram observados na resolução de tarefas e, posteriormente, foram feitas entrevistas, a cada um dos pares envolvidos, para esclarecimento de raciocínios. Deste estudo surgiram como principais conclusões: que conceções iniciais sobre o que é a Matemática e o conhecimento matemático estavam alinhadas com as que os autores, Fonseca (2004), e Segurado e Ponte (1998) referiram; as conceções, relativamente à matemática e ao conhecimento matemático, parecem ter evoluído devido à aplicação de tarefas desafiadoras; os argumentos inicialmente apresentados pelos casos possuíam fragilidades, necessitando em todas as tarefas do apoio da professora ou da investigadora para refletirem e reformularem os seus argumentos e, na maioria dos casos precisaram do momento da entrevista para se tornarem mais explícitos e completos; as dificuldades apresentadas ao nível da argumentação talvez tenham ocorrido porque nos anos escolares anteriores não foi feito um trabalho de desenvolvimento ao nível da argumentação e os alunos não estavam habituados a esta dinâmica. Assim, é essencial propor nas aulas uma sequência de tarefas envolvendo a argumentação e esta opção deve ser prolongada no tempo, para que os alunos consigam progressivamente suportar a sua argumentação nas suas estruturas de conhecimento e nos argumentos dos outros. |
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Argumentação matemática de alunos do 5º ano de escolaridadeConhecimento matemáticoArgumentaçãoEnsino-aprendizagem em geometriaConceçõesMathematical knowledgeArgumentationgTeaching and learning geometryConceptionsA Geometria é um domínio que está intimamente ligado à realidade e, grande parte do pensamento pode ser concretizado experimentalmente. Nascimento (2008) defende que talvez a geometria seja um dos ramos da matemática mais intuitivo, concreto e ligado com a realidade, surgindo, por isso, como uma das áreas temática mais fáceis para os alunos exporem as suas ideias e apresentarem os seus argumentos. Apesar de ser uma área muito ligada à realidade também é nesta que se verifica menos sucesso na avaliação externa. Gould (2003) considera que a argumentação contribui para o desenvolvimento compartilhado da compreensão Matemática. Assim, parece que a exploração da argumentação na sala de aula terá muito a contribuir para o desenvolvimento dos alunos ao nível do conhecimento matemático. Neste âmbito, pretendeu-se investigar – Argumentação matemática de alunos do 5.º ano de escolaridade. Para orientar o estudo formularam-se as seguintes questões: a) Que conceções manifestam alunos do 5.º ano de escolaridade sobre o conhecimento matemático? Essas conceções evoluíram ao longo do estudo?; b) Como se caracterizam os argumentos matemáticos de alunos do 5.º ano de escolaridade?; c) Como se caracterizam as dificuldades manifestadas por alunos do 5.º ano de escolaridade? Porque é que os alunos do 5.º ano apresentam dificuldades quando argumentam matematicamente? Como é possível ultrapassar algumas das dificuldades? De acordo com o problema desenvolveu-se um estudo de natureza qualitativa que assumiu o desenho de estudo de caso. A recolha de dados foi feita em ambiente natural de uma turma do 5.º ano de escolaridade, nas disciplinas curriculares de Matemática e Estudo Acompanhado. A investigadora assumiu o papel de observadora participante. Para levar por diante este estudo, selecionaram-se dois casos – dois pares de alunos da turma. Estes foram observados na resolução de tarefas e, posteriormente, foram feitas entrevistas, a cada um dos pares envolvidos, para esclarecimento de raciocínios. Deste estudo surgiram como principais conclusões: que conceções iniciais sobre o que é a Matemática e o conhecimento matemático estavam alinhadas com as que os autores, Fonseca (2004), e Segurado e Ponte (1998) referiram; as conceções, relativamente à matemática e ao conhecimento matemático, parecem ter evoluído devido à aplicação de tarefas desafiadoras; os argumentos inicialmente apresentados pelos casos possuíam fragilidades, necessitando em todas as tarefas do apoio da professora ou da investigadora para refletirem e reformularem os seus argumentos e, na maioria dos casos precisaram do momento da entrevista para se tornarem mais explícitos e completos; as dificuldades apresentadas ao nível da argumentação talvez tenham ocorrido porque nos anos escolares anteriores não foi feito um trabalho de desenvolvimento ao nível da argumentação e os alunos não estavam habituados a esta dinâmica. Assim, é essencial propor nas aulas uma sequência de tarefas envolvendo a argumentação e esta opção deve ser prolongada no tempo, para que os alunos consigam progressivamente suportar a sua argumentação nas suas estruturas de conhecimento e nos argumentos dos outros.Geometry is a field that is closely connected to reality, and much of the field of thought can be done experimentally. Nascimento (2008) argues that geometry is the more intuitive, concrete and connected with reality branch of mathematics, appearing therefore as a subject easier for students to present their ideas and arguments. Despite being very connected to reality, it is also where is found less success in external evaluation. Gould (2003) considers that the argumentation contributes to the development of a shared understanding of mathematics. Thus it appears that the exploitation of argumentation in the classroom will have much to contribute to the development of students at the level of mathematical knowledge. In this context, we decid to investigate - Maths argumentation by 5th grade students. To guide the study were formulated the following questions: a) What conceptions expressed 5th grade students on the mathematical knowledge? These views have evolved over the study? b) How are characterized the mathematical arguments of 5th grade students? c) How are characterized the difficulties experienced by 5th grade students? Why does 5th grade students have difficulties when they argue mathematically? How is it possible to overcome some of the difficulties? According to the problem, it was developed a qualitative study whith design of case study. Data collection was done in the natural environment of a 5th grade classroom, in the curriculum subjects of Mathematics and Supported Study. The researcher assumed the role of a participant observer. To carry on this study were selected two cases - two pairs of students in the class. They were observed in solving tasks and they were interviewed, to clarify their reasoning. From this study emerged these main conclusions: that initial conceptions about what mathematics and mathematical knowledge were aligned with what the writers Fonseca (2004) and Segurado & Ponte (1998) reported; the concepts relating to mathematics and mathematician knowledge appear to have evolved due to the implementation of challenging tasks; the arguments originally presented by the cases had weaknesses and in all tasks required the support of the teacher or researcher to reflect on and reformulate their arguments and, in most cases, it was necessary the moment of interview to become more explicit and complete; the difficulties presented on argumentation may have occurred because in the previous school years work was not done at the level of argumentation and students do not use this dynamic. It is therefore essential to propose a sequence of classroom tasks involving reasoning and this option should be extended in time, in order for students to gain progressively more support for their argumentation in their knowledge structures and the arguments of others.2015-11-25T17:35:44Z2012-05-18T00:00:00Z2012-05-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/20.500.11960/1412porSilva, Joana Pereira dainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-21T14:42:41Zoai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/1412Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:44:28.505381Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A Geometria é um domínio que está intimamente ligado à realidade e, grande parte do pensamento pode ser concretizado experimentalmente. Nascimento (2008) defende que talvez a geometria seja um dos ramos da matemática mais intuitivo, concreto e ligado com a realidade, surgindo, por isso, como uma das áreas temática mais fáceis para os alunos exporem as suas ideias e apresentarem os seus argumentos. Apesar de ser uma área muito ligada à realidade também é nesta que se verifica menos sucesso na avaliação externa. Gould (2003) considera que a argumentação contribui para o desenvolvimento compartilhado da compreensão Matemática. Assim, parece que a exploração da argumentação na sala de aula terá muito a contribuir para o desenvolvimento dos alunos ao nível do conhecimento matemático. Neste âmbito, pretendeu-se investigar – Argumentação matemática de alunos do 5.º ano de escolaridade. Para orientar o estudo formularam-se as seguintes questões: a) Que conceções manifestam alunos do 5.º ano de escolaridade sobre o conhecimento matemático? Essas conceções evoluíram ao longo do estudo?; b) Como se caracterizam os argumentos matemáticos de alunos do 5.º ano de escolaridade?; c) Como se caracterizam as dificuldades manifestadas por alunos do 5.º ano de escolaridade? Porque é que os alunos do 5.º ano apresentam dificuldades quando argumentam matematicamente? Como é possível ultrapassar algumas das dificuldades? De acordo com o problema desenvolveu-se um estudo de natureza qualitativa que assumiu o desenho de estudo de caso. A recolha de dados foi feita em ambiente natural de uma turma do 5.º ano de escolaridade, nas disciplinas curriculares de Matemática e Estudo Acompanhado. A investigadora assumiu o papel de observadora participante. Para levar por diante este estudo, selecionaram-se dois casos – dois pares de alunos da turma. Estes foram observados na resolução de tarefas e, posteriormente, foram feitas entrevistas, a cada um dos pares envolvidos, para esclarecimento de raciocínios. Deste estudo surgiram como principais conclusões: que conceções iniciais sobre o que é a Matemática e o conhecimento matemático estavam alinhadas com as que os autores, Fonseca (2004), e Segurado e Ponte (1998) referiram; as conceções, relativamente à matemática e ao conhecimento matemático, parecem ter evoluído devido à aplicação de tarefas desafiadoras; os argumentos inicialmente apresentados pelos casos possuíam fragilidades, necessitando em todas as tarefas do apoio da professora ou da investigadora para refletirem e reformularem os seus argumentos e, na maioria dos casos precisaram do momento da entrevista para se tornarem mais explícitos e completos; as dificuldades apresentadas ao nível da argumentação talvez tenham ocorrido porque nos anos escolares anteriores não foi feito um trabalho de desenvolvimento ao nível da argumentação e os alunos não estavam habituados a esta dinâmica. Assim, é essencial propor nas aulas uma sequência de tarefas envolvendo a argumentação e esta opção deve ser prolongada no tempo, para que os alunos consigam progressivamente suportar a sua argumentação nas suas estruturas de conhecimento e nos argumentos dos outros. |
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