LUVAS ANTIVIBRATÓRIAS: QUAL A EVIDÊNCIA CIENTÍFICA?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos,M
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Almeida,A, Lopes,C, Oliveira,T
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532020000100081
Resumo: RESUMO Introdução/ enquadramento/ objetivos: O uso de luvas antivibratórias não é tão frequente quanto outros equipamentos individuais de proteção, pelo que se torna uma área sobre a qual os profissionais a exercer nas equipas de Saúde Ocupacional (e até empregadores e trabalhadores) têm menor contato e experiência. Para além disso, quando se começa a pesquisar o tema, facilmente se percebe que existem dados contraditórios publicados, pelo que surgem muitas dúvidas sobre o benefício ou não do seu uso. Esta revisão pretende resumir o que de mais recente e pertinente se publicou sobre este tema. Metodologia: Trata-se de uma Scoping Review, iniciada através de uma pesquisa realizada em dezembro de 2019 nas bases de dados “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina, SCOPUS e RCAAP”. Conteúdo: Para que uma luva seja considerada antivibratória deverá cumprir com os critérios definidos pela Organização Internacional de Estandardização. A sensibilidade aos danos associados às vibrações apresenta alguma variabilidade entre indivíduos. As vibrações podem causar alterações vasculares, neurológicas e músculo-esqueléticas; no seu global, a situação designada por síndroma de vibração mão-braço (Hand Arm Vibration Syndrome); esta torna-se mais frequente quer com o aumento do tempo de exposição, quer com a intensidade. Para além da proteção direta que possa existir em relação às vibrações, ao manter as mãos secas e quentes os danos vibratórios em si podem ficar atenuados indiretamente. Independentemente da questão vibratória, o trabalhador fica mais protegido também em relação a cortes, queimaduras, agentes químicos e biológicos. O maior risco poderá ser então dar ao empregador e funcionário a sensação de proteção, quando esta não for real. Para além disso, alguns investigadores consideram que certas medidas de proteção coletiva são mais eficazes que as luvas. Conclusões: Os dados publicados são contraditórios e os estudos utilizaram geralmente amostras pequenas, pelo que se torna complicado generalizar os resultados com segurança e robustez científica. Para além disso, facilmente se percebe que a protecção, ausência desta ou até potenciação das vibrações dependerá de inúmeras variáveis, nomeadamente instrumento de trabalho, tipo de vibrações, modelo/ material e espessura da luva na região palmar e dedos, bem como força de preensão exercida pelo trabalhador e as suas dimensões antropométricas. Trata-se de um equipamento de proteção que, de forma alguma, se pode considerar como uma mais-valia adquirida, para qualquer tarefa ou trabalhador.
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