Riscos e funcionamento psicológico na idade adulta: o papel mediador das experiências de vitimação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Cátia Cristina Cunha
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/9436
Resumo: O impacto das experiências de vitimação e de acontecimentos de vida adversos tem sido alvo de interesse científico crescente. Apesar disso, os estudos têm-se focado nas consequências psicopatológicas na vida adulta decorrentes de adversidade experienciada na infância, subsistindo também uma vasta diversidade concetual na literatura da especialidade. De facto, escasseiam trabalhos que explorem a relação entre acontecimentos de vida adversos e experiências de vitimação na vida adulta, considerando o mesmo período temporal e integrando também as dimensões de bem-estar. Consequentemente, a investigação tem negligenciando o impacto nos sujeitos que experienciam acontecimentos adversos e violência. Assim, o presente estudo teve como principal objetivo testar o papel mediador de experiências de vitimação na predição do funcionamento psicológico, tendo como variável antecedente a experiência de adversidade durante o último ano. A amostra foi constituída 383 participantes, com idades compreendias entre os 18 e os 64 anos. O protocolo incluiu um questionário sociodemográfico, um questionário de experiências de vitimação (QEVIA), uma medida de sintomatologia psicopatológica (BSI) e uma escala de bem-estar psicológico (EBEP). Os resultados demonstram que a violência, em particular, a psicológica, exerce um papel mediador significativo entre a adversidade e o funcionamento psicológico, quer ao nível da sintomatologia (ansiosa e depressiva), quer do bem-estar (Aceitação de Si, Domínio do Meio e Relações Positivas). Este estudo encerra um conjunto de mais-valias em relação à investigação prévia neste domínio, especificamente, experiências adversas e de vitimação vivenciadas na adultez, considerando o mesmo período temporal e integrando também as subdimensões do bem-estar psicológico.
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