Pessoa com Neuropatia Periférica Induzida pela Quimioterapia: da avaliação aos registos de enfermagem
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://web.esenfc.pt/?url=N7ZxUMog |
Resumo: | A Neuropatia Periférica Induzida pela Quimioterapia (NPIQ) é a toxicidade neurológica mais frequente no tratamento do cancro. É causada pela deterioração do sistema nervoso periférico. O quadro clínico e a gravidade desta toxicidade podem manifestar-se de semanas a meses após o início da quimioterapia (QT), com maior ou menor grau de reversibilidade/cronicidade, condicionando o autocuidado, a autonomia e o bem-estar da pessoa. A sua prevenção, diagnóstico e tratamento são um desafio constante para os profissionais de saúde, particularmente para os enfermeiros, agentes no diagnóstico, avaliação, prevenção e reabilitação desta condição. Este estudo objetiva identificar e compreender como os enfermeiros avaliam e registam os efeitos da NPIQ, na pessoa, numa unidade ambulatória de Oncologia Médica. Desenvolveu-se um estudo de caso, com abordagem mista, repartido em duas fases, realizando-se, previamente, uma síntese da evidência, que identificou e mapeou os instrumentos utilizados por enfermeiros na avaliação da pessoa com NPIQ. Na primeira fase, quantitativa, procedeu-se à análise do padrão documental dos enfermeiros. Tal foi organizado numa base de dados, através de um formulário no Google Docs ®, suportado por uma grelha de extração de dados. Na segunda fase, qualitativa desenvolveu-se um focus group com a equipa de enfermagem, para explorar e refletir sobre a análise documental. Simultaneamente realizou-se a audiogravação, guiada por três investigadores. Após a transcrição, procedeu-se à organização e análise do conteúdo, através das orientações de Bardin. Cumpriram-se todos os procedimentos éticos e legais exigidos. Dos 278 registos de enfermagem analisados, apenas 2,2% apresentam o diagnóstico de NPIQ. E 0,4% apresenta a avaliação do seu grau. Nenhum identificou as alterações nas Atividades de Vida Diárias (AVD) nem ensinos realizados acerca das intervenções desenvolvidas. O focus group realizado permitiu verificar que os registos não ilustram a perceção, avaliação e intervenção dos enfermeiros, neste domínio, tendo imergido estas três categorias e várias subcategorias. Conscientes de que boas práticas resultam do desenvolvimento de um sistema complexo de intervenções, este estudo conduziu à sensibilização e mobilização de conhecimentos da equipa de enfermagem, com intenção de implementação de um instrumento de avaliação da NPIQ, e desenvolvimento de intervenções promotoras de diagnóstico e reabilitação da condição. |
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