Valorização de farelo de arroz em contexto de biorrefinaria

• Autor(a) principal: Rodrigues, Pedro Miguel
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/162127
• topic: Biorefinaria; Farelo de arroz; Solventes hidrofílicos; Óleo de farelo de arroz; Água subcrítica; Açúcares; Domínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Outras Engenharias e Tecnologias

O aumento populacional tem originado uma crescente pressão no sistema alimentar e energético. A valorização dos resíduos produzidos nas diferentes atividades humanas torna-se essencial para a preservação de recursos e para o desenvolvimento de uma economia circular. O farelo de arroz é um subproduto do processamento do arroz. A sua valorização numa abordagem de biorefinaria permite produzir diversos produtos transacionáveis. Nesta dissertação estudou-se a extração de óleo vegetal e a produção de extratos antioxidantes e hidrolisados ricos em açúcar a partir de farelo de arroz. O resíduo da extração foi caracterizado com vista à sua valorização como componente de reções animais. A extração de óleo de farelo de arroz foi avaliada por três métodos: Soxhlet, aquecimento a refluxo e maceração, utilizando cinco solventes: éter de petróleo, acetona, etanol, isopropanol e butanol. Os rendimentos mais elevados de óleo vegetal foram obtidos na extração Soxhlet com os solventes acetona (21,9%), isopropanol (18,7%) e butanol (22,5%). Extratos com teores de fenólicos de 3,02% a 3,29% foram obtidos a partir do farelo desengordurado por maceração em acetona e etanol a 70%. O farelo desengordurado foi extraído com água subcrítica às temperaturas de 120°C, 140°C, 160°C e 190°C. Concluiu-se que o rendimento de extração de açúcares aumenta com a temperatura de extração, obtendo-se o valor máximo de 53% a 190°C. Após a hidrólise com água subcrítica obteve-se um resíduo rico em proteínas. Aproximadamente 70% das proteínas do farelo desengordurado mantêm-se no resíduo de hidrólise.