Variáveis clínicas e sociodemográficas em adultos com e sem perturbações emocionais: um olhar sobre os clientes de uma Clínica Pedagógica de Psicologia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10284/6433 |
Resumo: | Cada vez mais se vai verificando que a população a nível global sofre de perturbações mentais, aumentando nos últimos anos a incidência das perturbações de ansiedade e depressão. São cerca de 450 milhões de pessoas a nível global que sofrem de doenças mentais, segundo a Organização Mundial de Saúde (2002). O conceito de doenças mentais, ainda não apresenta uma definição específica, no entanto a literatura evidencia que interfere claramente com o funcionamento cognitivo, emocional e social do indivíduo (OMS, 2002). Segundo a Organização Mundial de Saúde (2002), uma em cada quatro pessoas será afetada por uma perturbação mental em certa etapa da vida. Assim sendo, é possível verificar que as variáveis clínicas e sociodemográficas dos indivíduos podem ser fatores de risco para o desenvolvimento das perturbações emocionais (Direção Geral da Saúde, 2002). Neste sentido, o presente estudo tem como objetivo geral caraterizar e analisar as variáveis clínicas e sociodemográficas em adultos com e sem perturbações emocionais. A amostra do estudo em questão é composta por 68 indivíduos, dos quais 66,18% do sexo feminino (n = 45), e 33,8% do sexo masculino (n = 23). Estes indivíduos têm idades compreendidas entre os 18 e 86 anos (M = 40,25 e um DP = 15,15). Para a execução desta investigação, procedeu-se à recolha documental dos processos da Unidade de Consulta Psicológica de Adultos e Unidade de Psicologia Forense dos anos de 2015 a 2017 na Clínica Pedagógica de Psicologia da Universidade Fernando Pessoa. Nesta recolha foram analisadas as variáveis clínicas, obtidas pelos dados da entrevista clínica e pelos resultados do BSI – Brief Symptom Inventory (Canavarro, 2007) e sociodemográficas, dos indivíduos da amostra que tiveram acompanhamento psicológico neste serviço. Relativamente às variáveis sociodemográficas, os resultados indicam que são as mulheres com uma média de idade de 40 anos; os indivíduos que vivem em zonas sub-urbanas; os casados/união de facto e os indivíduos que estão empregados que apresentam a maior percentagem de perturbações emocionais. No que diz respeito às variáveis clínicas, verificou-se que a amostra em questão apresentou valores indicativos de perturbação emocional. Além disso, constata-se que o grupo de indivíduos que tem perturbação emocional em comparação com os grupos que não têm apresenta valores mais elevados nas dimensões obsessões/compulsões e depressão. Estes dados permitem compreender melhor as variáveis sociodemográficas e clínicas associadas à ansiedade e depressão, dando indicadores relevantes para a organização dos serviços clínicos, mas também para a intervenção psicológica. |
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Variáveis clínicas e sociodemográficas em adultos com e sem perturbações emocionais: um olhar sobre os clientes de uma Clínica Pedagógica de PsicologiaDepressãoAnsiedadeVariáveis clínicasVariáveis sociodemográficasAdultosDepressionAnxietyClinical variablesSociodemographic variablesAdultsDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::PsicologiaCada vez mais se vai verificando que a população a nível global sofre de perturbações mentais, aumentando nos últimos anos a incidência das perturbações de ansiedade e depressão. São cerca de 450 milhões de pessoas a nível global que sofrem de doenças mentais, segundo a Organização Mundial de Saúde (2002). O conceito de doenças mentais, ainda não apresenta uma definição específica, no entanto a literatura evidencia que interfere claramente com o funcionamento cognitivo, emocional e social do indivíduo (OMS, 2002). Segundo a Organização Mundial de Saúde (2002), uma em cada quatro pessoas será afetada por uma perturbação mental em certa etapa da vida. Assim sendo, é possível verificar que as variáveis clínicas e sociodemográficas dos indivíduos podem ser fatores de risco para o desenvolvimento das perturbações emocionais (Direção Geral da Saúde, 2002). Neste sentido, o presente estudo tem como objetivo geral caraterizar e analisar as variáveis clínicas e sociodemográficas em adultos com e sem perturbações emocionais. A amostra do estudo em questão é composta por 68 indivíduos, dos quais 66,18% do sexo feminino (n = 45), e 33,8% do sexo masculino (n = 23). Estes indivíduos têm idades compreendidas entre os 18 e 86 anos (M = 40,25 e um DP = 15,15). Para a execução desta investigação, procedeu-se à recolha documental dos processos da Unidade de Consulta Psicológica de Adultos e Unidade de Psicologia Forense dos anos de 2015 a 2017 na Clínica Pedagógica de Psicologia da Universidade Fernando Pessoa. Nesta recolha foram analisadas as variáveis clínicas, obtidas pelos dados da entrevista clínica e pelos resultados do BSI – Brief Symptom Inventory (Canavarro, 2007) e sociodemográficas, dos indivíduos da amostra que tiveram acompanhamento psicológico neste serviço. Relativamente às variáveis sociodemográficas, os resultados indicam que são as mulheres com uma média de idade de 40 anos; os indivíduos que vivem em zonas sub-urbanas; os casados/união de facto e os indivíduos que estão empregados que apresentam a maior percentagem de perturbações emocionais. No que diz respeito às variáveis clínicas, verificou-se que a amostra em questão apresentou valores indicativos de perturbação emocional. Além disso, constata-se que o grupo de indivíduos que tem perturbação emocional em comparação com os grupos que não têm apresenta valores mais elevados nas dimensões obsessões/compulsões e depressão. Estes dados permitem compreender melhor as variáveis sociodemográficas e clínicas associadas à ansiedade e depressão, dando indicadores relevantes para a organização dos serviços clínicos, mas também para a intervenção psicológica.Increasingly, the global population is suffering from mental disorders, increasing in recent years the incidence of anxiety disorders and depression. There are about 450 million people worldwide suffering from mental illness, according to the World Health Organization (2002). The concept of mental illness does not yet have a specific definition, however the literature evidences that it clearly interferes with the cognitive, emotional and social functioning of the individual (WHO, 2002). According to the World Health Organization (2002), one in four people will be affected by a mental disorder at a certain stage of life. Thus, it is possible to verify that the clinical and sociodemographic variables of individuals may be risk factors for the development of emotional disorders (General Health Direction, 2002). In this sense, the present study aims to characterize and analyze clinical and sociodemographic variables in adults with and without emotional disorders. The sample of the study in question is composed of 68 individuals, of whom 66.18% were female (n = 45) and 33.8% were male (n = 23). These individuals are aged between 18 and 86 years (M = 40.25 and a SD = 15.15). For the execution of this investigation, we proceeded to the documentary collection of the processes of the Unit of Psychological Consultation of Adults and Unit of Forensic Psychology of the years of 2015 to 2017 in Pedagogical Clinic of Psychology of the Fernando Pessoa University. In this collection, we analyzed the clinical variables obtained by the clinical interview data and the BSI - Brief Symptom Inventory (Canavarro, 2007) and sociodemographic results of the individuals in the sample who had psychological counseling in this service. Regarding the sociodemographic variables, the results indicate that they are women with a mean age of 40 years; individuals living in suburban areas; the married / de facto union and the individuals who are employed who present the highest percentage of emotional disturbances. Regarding the clinical variables, it was verified that the sample in question presented values indicative of emotional disturbance. In addition, it has been found that the group of individuals who has emotional disturbance compared to those who do not have higher values in the obsessions / compulsions and depression dimensions. These data allow a better understanding of sociodemographic and clinical variables associated with anxiety and depression, giving relevant indicators for the organization of clinical services, but also for psychological intervention.Fonte, CarlaRepositório Institucional da Universidade Fernando PessoaNogueira, Gorete Eugénia da Costa2018-02-05T17:30:57Z2018-02-01T00:00:00Z2018-02-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10284/6433porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-06T02:05:49Zoai:bdigital.ufp.pt:10284/6433Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:43:19.484539Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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