A disfagia no idoso e as suas implicações na administração de formas farmacêuticas sólidas orais: um estudo exploratório
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.22/11404 |
Resumo: | Introdução: A disfagia é definida como a dificuldade na deglutição e afeta o transporte dos alimentos até ao estômago, e também a deglutição de medicamentos. A disfagia pode ocorrer em qualquer faixa etária, no entanto, a sua prevalência é mais notória nas idades mais avançadas, situando-se entre os 35%-50% entre a população com mais de 50 anos. Para contornar a dificuldade na deglutição, os idosos recorrem à alteração da sua forma física, prática comum, mas muitas vezes desaconselhada, já que pode resultar no aparecimento de reações adversas e toxicidade, levando o idoso ao abandono da terapêutica. Objetivo: O principal objetivo foi identificar as principais dificuldades que condicionam a administração de formas farmacêuticas sólidas orais, em indivíduos com mais de 60 anos e as suas implicações na adesão à terapêutica. Metodologia: Foi desenvolvido um estudo exploratório por questionário, aplicado através de entrevista a indivíduos com mais de 60 anos, entre os meses de dezembro de 2016 e maio de 2017, selecionados através de amostragem por conveniência. Os resultados obtidos foram tratados em SPSS, através de teste t para amostras independentes e teste do Q-Quadrado. Resultados: O estudo investigou 102 indivíduos com mais de 60 anos. Os resultados mostraram que 48% dos inquiridos têm dificuldades em deglutir medicamentos com forma farmacêutica sólida oral, sendo o tamanho do medicamento a característica que mais influencia essa dificuldade. Uma percentagem significativa dos indivíduos afirmou alterar a forma física do medicamento, no entanto, a maioria desconhece as implicações desta pática. Conclusão: A presença de dificuldades na deglutição de formas farmacêuticas sólidas orais apresentou-se muito prevalente entre os inquiridos, sendo que o tamanho do medicamento foi identificado como a maior característica física a dificultar a deglutição. Perante a existência de disfagia em quase metade dos inquiridos, observou-se a prevalência elevada da alteração da forma física do medicamento, no entanto, a maioria dos indivíduos pensa que ao alterar a forma física do medicamento ele continua a atuar da mesma forma, não representando um risco. A dificuldade em deglutir os medicamentos, além de levar à sua alteração, leva também ao abandono da terapêutica. Assim sendo, a comunicação entre o idoso e o profissional de saúde ganha especial importância pois tem um papel chave em informar, sensibilizar e ajudar o idoso. |
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