Apoio à autoavaliação organizacional em escolas do Alentejo: balanço e propostas de uma intervenção amiga

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silvestre, Maria José
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Fialho, Isabel, Saragoça, José
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/17360
Resumo: Este texto pretende dar conta de um projeto de apoio a algumas escolas da região Alentejo, no âmbito da sua avaliação interna organizacional. Apesar de a autoavaliação da escola ser obrigatória em Portugal desde 2002 (Lei n.º31/2002, de 20 de dezembro), vários estudos, projetos de investigação financiados (e.g. Avaliação Externa de Escolas do Ensino não Superior - http://webs.ie.uminho.pt/avaliacaoexternaescolas/projeto.html; Auto-Avaliação em Agrupamentos: Relação com Qualidade e Melhoria da Educação - http://paginas.fe.up.pt/~gei05010/arqme/; Sucesso escolar e perfis organizacionais. Um olhar a partir dos relatórios de avaliação externa - http://www.cies.iscte.pt/projectos/ficha.jsp?pkid=408&a=1433867364427), dissertações de mestrado e teses de doutoramento, permitiram-nos verificar que, em muitas escolas, a apropriação da intenção e do sentido da autoavaliação, enquanto processo sustentado que conduz à melhoria, e que é empreendido pela própria organização educativa, ainda não está apropriado. Assim, reconhecida a importância da autoavaliação como instrumento decisivo para a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem e como estratégia de desenvolvimento das escolas e pretendendo dar resposta às seguintes questões «Quais as dificuldades das escolas na conceção e implementação dos processos de autoavaliação?» e «Quais as dificuldades das escolas na concretização de planos de ação que possibilitem a melhoria?», um grupo de docentes e investigadores da Universidade de Évora tem prestado apoio (teórico e prático) a algumas escolas, na linha de um paradigma sociocrítico, assumindo-se que uma investigação-ação deve conter em si uma intenção de mudança e de produção de conhecimento emancipatório, que conduza os sujeitos a operar ativamente na transformação da realidade (Coutinho, 2005). Trata- -se, assim, na perspetiva do modelo de amigo crítico (Leite, 2002; Swaffield, 2003, 2004), de apoiar a “investigação, a ação e a formação” (Coutinho et al., 2009) por parte dos protagonistas da avaliação, veiculando a mudança e a melhoria da prática (Latorre, 2003). Este texto pretende refletir sobre os processos de capacitação dos atores escolares em torno destes temas, já experimentados pelos autores em diversos agrupamentos de escolas e, simultaneamente, apresentar uma linha de intervenção formativa nas escolas, que visa a capacitação dos atores escolares nestes domínios. Assim, apresentar-se-á um programa de formação em contexto profissional fundado no diagnóstico de necessidades realizado a partir da experiência concreta dos investigadores enquanto académicos e/ou peritos externos da Inspeção Geral da Educação e Ciência no âmbito do Programa de Avaliação Externa das Escolas, cujos conteúdos convocam saberes da sociologia, da psicologia e das ciências da educação e servem o propósito de reforçar as competências dos principais atores para participarem ativa e eficazmente nos processos de autoavaliação e de avaliação externa da sua organização escolar.
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