Avaliação da qualidade do colostro: uma ferramenta para aumentar a eficiência no período neonatal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Flávio
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Cerqueira, Joaquim, Silva, Severiano, Ramalho, Joana, Caetano, Pedro, Martins, Luís, Pereira, Alfredo, Conceição, Cristina
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/33653
Resumo: O colostro é para as espécies ruminantes um alimento essencial nas primeiras horas de vida. A sua ingestão confere ao neonato um suporte energético e imunológico determinante para os processos biológicos relacionados com a termogénese, com o desenvolvimento gastrointestinal e com a transferência de imunidade passiva. Estes processos refletem-se na viabilidade, no bem-estar animal e nos índices de crescimento e desenvolvimento do neonato. Por este motivo, é fundamental a implementação de um plano de encolostramento adequado à realidade de cada exploração. Para a sua implementação é importante conhecer a qualidade dos colostros produzidos, que deve ser avaliada de forma prática recorrendo a um refratómetro de grau Brix % e categorizada entre Pobre, Médio e Bom. O objetivo deste trabalho consistiu em relacionar a variabilidade qualitativa do colostro, através do refratómetro, e a falha na transferência de imunidade passiva (FTIP). Foram utilizados 42 colostros selecionados aleatoriamente e 42 amostras de soro sanguíneo de vitelos com idades compreendidas entre as 24h e as 72h de vida provenientes de três explorações de bovinos leiteiros. Os colostros foram avaliados com um refratómetro e categorizados em função da sua qualidade (Pobre: ≤ 18 %; Médio: >18 % e < 22 %; e Bom: ≥ 22%). A falha na transferência de imunidade passiva (FTIP) foi avaliada com recurso a um refratómetro ótico, através da determinação das proteínas totais do soro sanguíneo (positivo para a FTIP ≤ 5,2 g/dL). Foram encontrados colostros nas três categorias: 76,2% na categoria Bom, 16,7% na categoria Médio e 7,1% na categoria Pobre. A FTIP foi diagnosticada em 9,5% dos vitelos. Esta avaliação demonstra a variabilidade existente nos colostros produzidos, refletido, através da elevada percentagem de colostros na categoria de Bom, em consequência do melhoramento genético, nutricional e sanitário que tem vindo a ser realizado nas explorações. A percentagem de vitelos com FTIP encontra-se abaixo das recomendações atuais (<10%)1. Em todo o caso, estes valores poderão ser melhorados trabalhando a qualidade do colostro e através de outros fatores que devem ser contemplados no plano de encolostramento, nomeadamente a quantidade ingerida e o tempo decorrido entre o nascimento e a ingestão do colostro. Percebe-se assim a importância de contemplar na gestão da exploração um plano de encolostramento, de modo a otimizar a eficiência e o bem-estar no período neonatal.
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