Qualidade microbiológica do colostro de explorações de bovinos leiteiros na Região de Entre Douro e Minho
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/11182 |
Resumo: | A qualidade microbiológica do colostro é um fator muitas vezes descurado pelas explorações, principalmente em território nacional, no que diz respeito aos cuidados no maneio e saúde do vitelo. São muitos os investigadores que referem a qualidade microbiológica como um dos quatro principais fatores de sucesso (ou insucesso) na transferência de imunidade passiva ao vitelo, sendo os outros a qualidade imunológica do colostro (quantidade de imunoglobulinas), o tempo decorrido desde o parto até à administração do colostro e a quantidade do mesmo fornecida. Neste trabalho pretendeu-se avaliar todos os pontos referidos anteriormente em duas realidades diferentes: uma na Catalunha, Espanha, numa exploração leiteira de grandes dimensões, e outra em explorações de produção leiteira da região Entre Douro e Minho, Portugal, de dimensões pequenas a médias e mais heterogéneas, dando especial ênfase à qualidade microbiológica do colostro, através da contagem total de colónias e identificação de agentes patogénicos presentes no colostro das várias explorações. No total, foram colhidas 78 amostras de colostro nos dois locais referidos: 41 amostras relativas a 51 animais na Catalunha, Espanha, e 37 amostras em Portugal relativas ao mesmo número de animais, na zona Entre Douro e Minho. De todos os animais associados aos colostros analisados foram recolhidos dados relativos ao período perinatal. No ensaio realizado em Espanha não se observou qualquer amostra contaminada, enquanto em Portugal 16,2% das amostras apresentaram contagens totais de carga microbiana elevadas, verificando-se a presença de Staphylococcus aureus em 8,1% das amostras totais, Escherichia coli em 13,5% e Enterococcus spp. em 78,4%. Este estudo contribuiu para realçar a importância de boas práticas higio-sanitárias aquando do maneio do colostro, assim como a possível transmissão de agentes patogénicos para o vitelo. |
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