Work-family segmentation and balance : the moderating role of family supportive organization perceptions

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fontoura, Maria Teresa Castro Migueis Pacheco da
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/44937
Resumo: Tese de mestrado, Psicologia (Área de Especialização em Psicologia dos Recursos Humanos, do Trabalho e das Organizações), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, 2020
id RCAP_21acff3d9056855fd5c95f4da4769e97
oai_identifier_str oai:repositorio.ul.pt:10451/44937
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Work-family segmentation and balance : the moderating role of family supportive organization perceptionsRelação trabalho-famíliaSegmentaçãoCultura organizacionalApoio familiarTeses de mestrado - 2020Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::PsicologiaTese de mestrado, Psicologia (Área de Especialização em Psicologia dos Recursos Humanos, do Trabalho e das Organizações), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, 2020This study aims to investigate the moderating role of family supportive organization perceptions (FSOP) in the relationship between boundary management by segmentation and work-family balance. Data was collected in a sample of Portuguese employees, accounting for a total of 302 answers and both study’s hypothesis were corroborated. The results support the existence of a positive relationship between boundary management by segmentation and work-family balance. Besides this, the results also showed that FSOP have a moderating effect on the studied relationship, acting as a buffer in the influence of boundary management by actual segmentation on the work-family balance. The obtained results are analysed and discussed, and practical implications are presented in order to contribute to the better understanding of the role of FSOP and on organizations’ role in promoting work-family balance in their employee’s lives. Limitations and suggestions for future studies are also presented.O tópico equilíbrio trabalho-família tem vindo a ganhar grande uma relevância ao longo dos últimos anos devido a mudanças sociais e mudança nos valores dos trabalhadores (Byron, 2005; Greenhaus & Powell, 2006). Estes fatores contribuíram para uma mudança nas configurações familiares, afetando a forma como os indivíduos gerem os papéis familiar e o profissional (Chambel & Ribeiro, 2014). Quando se alcança o equilíbrio trabalho-família existem efeitos positivos no domínio familiar, como por exemplo, satisfação conjugal e familiar (Voydanoff, 2005) e no bem-estar geral (Allis & O’Driscoll, 2008). Por este motivo, é importante compreender os mecanismos que promovem o equilíbrio trabalho-família dos indivíduos. Existem várias definições de equilíbrio trabalho-família: neste estudo, utilizamos a de Allen e Kiburz (2012) que considera que o equilíbrio trabalho-família consiste numa avaliação global da compatibilidade do papel profissional e familiar. Desta forma, o equilíbrio trabalhofamília é baseado numa avaliação cognitiva dos efeitos, que podem ser positivos, stressantes ou nulos, que estes domíniostêm um sobre o outro (Lazarus & Folkman, 1984; Voydanoff, 2005). A Teoria de Fronteiras (Border Theory) de Clark (2000) tem um papel importante na compreensão das fronteiras que delimitam os papeis do domínio familiar e do profissional, assim como na forma em que os indivíduos transitam entre os dois. Clark (2000) considera o trabalho e a família dois domínios psicológicos distintos, cada um com regras e comportamentos associados diferentes, estando separados por fronteiras. Estas fronteiras podem ser físicas (definem onde ocorre o comportamento adequado a cada domínio), temporais (definem quando ocorre o comportamento adequado a cada domínio) e/ou psicológicas (regras criadas pelo próprio em relação à forma de pensar, comportamentos e emoções adequadas a cada domínio) (Clark, 2000; Allen, Cho, & Meier, 2014). As fronteiras entre estes domínios podem ser geridas de duas formas: através de integração ou segmentação. Na integração, não existe uma distinção clara entre os domínios; na segmentação, a fronteira entre os domínios é evidente, não existindo sobreposições (Kreiner, 2006; Allen et al., 2014). Por norma, existe uma preferência pela integração ou segmentação, i.e. o grau em que o indivíduo encoraja a fusão dos domínios, ou pelo contrário, os mantém separados (Allen et al., 2014). Contudo, é necessário considerar o estilo de gestão de fronteira realmente utilizado, visto que as preferências dos indivíduos podem nem sempre ser possíveis de executar (Rothbard & OllierMalaterre, 2016). Estudos têm concluído que a gestão de fronteiras por segmentação tem melhores resultados positivos para o bem-estar dos indivíduos (Powell & Greenhaus, 2010; Kossek, Ruderman, Braddy, & Hannum, 2012). Assim, a primeira hipótese deste estudo procura compreender se existe uma relação positiva entre a gestão de fronteiras por segmentação e o equilíbrio trabalho-família. Outros autores defendem que culturas organizacionais de suporte familiar também podem facilitar o equilíbrio entre os domínios (Thompson, Beauvais, & Lyness, 1999; Lyness & Kropf, 2005). Como parte da cultura organizacional, podemos considerar o suporte social, i.e. o grau em que os colaboradores percecionam que o seu bem-estar é valorizado pelo seu local de trabalho (Kossek, Pichler, Bodner, & Hammer, 2011). Um exemplo de suporte social é a organização demonstrar que está preocupada com a capacidade dos seus colaboradores gerirem os dois domínios ou mesmo facilitar este equilíbrio fornecendo recursos diretos (e.g. práticas “amigas da família”) ou indiretos (e.g. fomentar um ambiente de apoio onde os indivíduos não sentem que necessitam de sacrificar um papel para poderem executar o outro) (Kossek et al., 2011). Podemos afirmar que o apoio dado ao domínio familiar é um tipo de suporte social que as organizações fornecem. Quando os indivíduos percecionam a sua organização como apoiante do domínio familiar, existem menos probabilidades de existir conflito trabalhofamília e maior possibilidade de experienciar spillover positivo do domínio profissional para o familiar (Wayne, Casper, Matthews, & Allen, 2013). Neste estudo, as perceções de uma cultura de suporte familiar são estudadas à luz da Teoria de Conservação de Recursos de Hobfoll (1989) e são consideradas um recurso, uma vez que promovem flexibilidade, tolerância e suporte às necessidades dos indivíduos (Lapierre et al., 2008). Se aplicarmos o primeiro corolário da COR, que afirma que indivíduos com mais recursos são menos vulneráveis à perda de recursos e mais capazes de ganhar recursos, podemos inferir que indivíduos com um maior suporte familiar obtêm mais ganhos, nomeadamente em termos de equilíbrio trabalho-família. Quando indivíduos sentem suporte ao nível do domínio familiar, ou seja, quando têm perceções elevadas de uma cultura de suporte, é esperado que a relação entre gestão de fronteiras por segmentação e o equilíbrio trabalho-família seja mais forte. A segunda hipótese deste estudo é que a perceção de uma cultura de suporte familiar modera a relação entre a gestão de fronteiras por segmentação e o equilíbrio trabalho-família. Em relação à metodologia, este estudo está inserido num projeto de investigação mais amplo coordenado pela Professora Maria José Chambel e pela Professora Vânia Carvalho. Um dos objetivos principais passa por compreender de que forma os portugueses estabelecem os limites de fronteira entre o trabalho e a família. Os dados foram recolhidos através de questionário e as medidas utilizadas foram traduzidas para o referido projeto. Obteve-se uma amostra de 302 empregados. Foi realizada uma Análise Fatorial Confirmatória, recorrendo ao software AMOS e para o modelo de moderação foi utilizada a macro PROCESS no SPSS (Hayes, 2012). Ambas as hipóteses deste estudo foram confirmadas. Relativamente à primeira hipótese, concluímos que indivíduos que segmentam o trabalho e a família tendem a ter um maior equilíbrio entre o trabalho e a família. Em relação à segunda hipótese, a conclusão inovadora deste estudo é que as perceções de uma cultura de suporte funcionam como buffer na relação entre a gestão de fronteiras por segmentação e o equilíbrio trabalho-família. Na prática, significa que independentemente do grau de segmentação, o equilíbrio trabalho-família não é alterado de forma significativa quando os colaboradores têm a perceção de uma cultura de suporte familiar; e, pelo contrário, quando os indivíduos não consideram a organização como tendo uma cultura de suporte familiar, é necessário existir um elevado grau de segmentação entre os dois domínios para ser alcançado o equilíbrio. Logo, quando não existe uma cultura de verdadeiro suporte à família, é preferível que as organizações mantenham as fronteiras fortes entre os domínios de trabalho e família, promovendo a segmentação de forma a ajudar os seus colaboradores a alcançar equilíbrio (Clark, 2002). Esta conclusão realça a importância de uma cultura de suporte. As implicações práticas decorrentes destes resultados são apresentadas no final do estudo, contribuindo para uma melhor compreensão do papel das perceções de uma cultura de suporte e no papel das organizações em promover equilíbrio trabalho-família nas vidas dos indivíduos. Finalmente, estão também apresentadas limitações do estudo, assim como sugestões para estudos futuros.Carvalho, Vânia SofiaRepositório da Universidade de LisboaFontoura, Maria Teresa Castro Migueis Pacheco da2020-11-19T15:00:32Z20202020-06-232020-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/44937TID:202694160enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:46:18Zoai:repositorio.ul.pt:10451/44937Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:57:25.786048Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Work-family segmentation and balance : the moderating role of family supportive organization perceptions
title Work-family segmentation and balance : the moderating role of family supportive organization perceptions
spellingShingle Work-family segmentation and balance : the moderating role of family supportive organization perceptions
Fontoura, Maria Teresa Castro Migueis Pacheco da
Relação trabalho-família
Segmentação
Cultura organizacional
Apoio familiar
Teses de mestrado - 2020
Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Psicologia
title_short Work-family segmentation and balance : the moderating role of family supportive organization perceptions
title_full Work-family segmentation and balance : the moderating role of family supportive organization perceptions
title_fullStr Work-family segmentation and balance : the moderating role of family supportive organization perceptions
title_full_unstemmed Work-family segmentation and balance : the moderating role of family supportive organization perceptions
title_sort Work-family segmentation and balance : the moderating role of family supportive organization perceptions
author Fontoura, Maria Teresa Castro Migueis Pacheco da
author_facet Fontoura, Maria Teresa Castro Migueis Pacheco da
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Carvalho, Vânia Sofia
Repositório da Universidade de Lisboa
dc.contributor.author.fl_str_mv Fontoura, Maria Teresa Castro Migueis Pacheco da
dc.subject.por.fl_str_mv Relação trabalho-família
Segmentação
Cultura organizacional
Apoio familiar
Teses de mestrado - 2020
Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Psicologia
topic Relação trabalho-família
Segmentação
Cultura organizacional
Apoio familiar
Teses de mestrado - 2020
Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Psicologia
description Tese de mestrado, Psicologia (Área de Especialização em Psicologia dos Recursos Humanos, do Trabalho e das Organizações), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, 2020
publishDate 2020
dc.date.none.fl_str_mv 2020-11-19T15:00:32Z
2020
2020-06-23
2020-01-01T00:00:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10451/44937
TID:202694160
url http://hdl.handle.net/10451/44937
identifier_str_mv TID:202694160
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799134517230829568