À la recherche d´OEdipe…Du côté de chez Cocteau et Proust, en passant par Sand…
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | fra |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1822/7621 |
Resumo: | Dissertação de Mestrado em Estudos Franceses - Leitura Comparada |
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À la recherche d´OEdipe…Du côté de chez Cocteau et Proust, en passant par Sand…84082.0Dissertação de Mestrado em Estudos Franceses - Leitura ComparadaMythe littéraire qui illustre le thème du parricide et de l´inceste, le mythe d’OEdipe peut être expliqué à la lumière de la psychanalyse. En effet, il constitue, à partir de Sophocle, une source inépuisable pour les écrivains et les artistes, car OEdipe est une figure mythique plurielle, énigmatique et dynamique, qui dépasse les contingences d´une époque pour accéder, ainsi, à l´intemporalité. Du point de vue des relations entre la littérature et le mythe, nous nous sommes située dans une perspective rhétorique, en vue de repérer la présence de ce dernier dans le texte littéraire. Du côté de l´écrivain, il se configure en termes de la révélation du désir censuré, de la pulsion indicible et du complexe latent. En ce qui concerne le texte, il émerge comme un hypotexte et/ou intertexte. Pour le lecteur, il surgit comme un véritable jeu de ‘pistes’, susceptibles de déclencher le plaisir de la surprise et/ou de combler un horizon d´attente(s). Du côté des critiques, il offre une pluralité d´approches : sociologique (organisation sociopolitique et culturelle de la société où le mythe est né), psychanalytique (renvoyant à l´ensemble des conflits qui structurent la psyché) et structurale (privilégiant la syntaxe du mythe, avec ses combinaisons et ses oppositions). Pour des raisons d´équilibre génologique, le corpus sélectionné a porté sur Jean Cocteau et Marcel Proust. En vérité, dans La Machine infernale, le dramaturge procède à une transposition homodiégétique, véhiculant une transmotivation et une transvalorisation. En désacralisant le mythe, afin de dénoncer la situation politique vécue en France au cours de l´entre-deux-guerres, Cocteau conserve ses invariantes, l´adapte à son actualité politique, lui prête une atmosphère poétique, lui confère un style moderne, y ajoute des personnages et en modifie d´autres. Dans la Recherche, roman de la procrastination d´une vocation, Proust procède à une recréation du mythe d´OEdipe, tremplin pour l´originalité de son style-vision, fondé sur la métaphore et sur la réminiscence. Lors de la scène oedipienne du baiser nocturne, François le Champi de George Sand − une histoire d’amour entre une mère et son fils adoptif − fait sa première apparition en scène et constitue une “mise en abîme” du complexe d’OEdipe du protagoniste-narrateur, qu’il n´hésite pas à transposer de la vie vers l’art.O mito de Édipo é um mito literário, que, ilustrando o tema do parricídio e do incesto, pode ser explicado à luz da psicanálise. Constitui, com efeito, e a partir de Sófocles, uma fonte inesgotável para todos os escritores e artistas, porque Édipo é uma figura mítica plural, enigmática e dinâmica, que ultrapassa as contingências de uma dada representação temporal para, assim, aceder à intemporalidade. Situámo-nos numa perspectiva retórica, do ponto de vista das relações entre literatura e mito, a fim de identificar a presença deste último no texto literário. No que respeita ao escritor, ele configura-se em termos de revelação do desejo censurado, da pulsão indizível e do complexo latente. No tocante ao texto, ele emerge como um hipotexto e/ou intertexto. No que concerne ao leitor, ele surge como um verdadeiro jogo de ‘pistas’, susceptíveis de desencadearem o prazer da surpresa e/ou de preencherem um dado horizonte de expectativa(s). Para os críticos, ele presta-se a uma pluralidade de abordagens: sociológica (organização sociopolítica e cultural da sociedade onde o mito viu a luz do dia), psicanalítica (reenviando ao conjunto dos conflitos que estruturam a psique) e estrutural (privilegiando a sintaxe do mito, bem como o seu sistema de combinações e oposições). Por razões de equilíbrio genológico, o corpus seleccionado incidiu em Jean Cocteau e Marcel Proust. Na verdade, em La Machine Infernale, o dramaturgo procede a uma transposição homodiegética, veiculando uma transmotivação e uma transvalorização. Dessacralizando o mito, a fim de denunciar a situação política vivida em França entre as duas Grandes Guerras, Cocteau mantém as suas invariantes, adaptao à sua actualidade política, empresta-lhe uma atmosfera poética, incute-lhe um estilo moderno e acrescenta-lhe algumas personagens, alterando outras tantas. Na Recherche, romance da procrastinação de uma vocação, Proust recria o mito de Édipo, trampolim para a originalidade do seu estilo-visão, alicerçado na metáfora e na reminiscência. Aquando da cena edipiana do beijo nocturno, François le Champi de George Sand - história de amor entre uma mãe e o seu filho adoptivo – faz a sua aparição em cena e constitui uma “mise en abîme” do complexo de Édipo do protagonista-narrador, que ele não hesita em transpor da vida para a arte.Santos, Maria do Rosário GirãoUniversidade do MinhoCastro, Susana Maria da Cunha2007-07-192007-07-19T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1822/7621frainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T12:03:53Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/7621Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:54:03.965619Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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