Biofilmes e feridas crónicas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinto, Gisela Patrícia Neto Magalhães
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/5816
Resumo: As feridas crónicas são um problema de saúde relevante em todo o mundo. Para garantir a cicatrização é necessário controlar fatores como a infeção a relevância dos biofilmes e o papel destes na cicatrização. Os biofilmes funcionam como sistemas biológicos formados por comunidades de microrganismos agregados, organizados e funcionais embebidos numa matriz exopolissacarídica. A formação de um biofilme ocorre geralmente em várias etapas consecutivas. A resistência antimicrobiana tornou-se uma das mais eminentes ameaças para a saúde global e uma preocupação crescente para os especialistas em saúde. Muitas infeções tornaram-se resistentes aos antimicrobianos usados para as tratar, resultando em elevadas taxas de mortalidade. Uma vez que, as resistências individuais são já um problema universal, é possível inferir que o paradigma séssil é ainda mais problemático, pois representa um somatório de resistências que permite ao biofilme ser substancialmente mais resistente à ação de antimicrobianos do que as células que estão em estado planctónico. A fraca penetração e difusão dos antimicrobianos através da matriz polisacarídica, a forma específica como os microorganismos se organizam no biofilme são algumas das hipóteses explicativas para o aumento da resistência individual e coletiva (biofilmes) aos antimicrobianos. O diagnóstico e a terapêutica das infeções causadas por biofilme é um processo difícil, daí haver um reforço na importância da prevenção. Deste modo, as feridas crónicas apresentam-se como um desafio à qualidade de vida dos doentes, à abordagem efetuada pelos profissionais de saúde e aos recursos despendidos pelas instituições de saúde no seu tratamento. Assim sendo, é relevante propor um algoritmo síntese que possa ser facilitador na gestão, por parte dos profissionais de saúde, dos biofilmes nas feridas. Como se explica a existência de feridas crónicas? Qual a importância do paradigma séssil para explicar os sinais e sintomas que caracterizam as infeções crónicas? Que dinâmica de investigação existe atualmente para apresentar soluções para este grave problema de saúde pública?
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Uma vez que, as resistências individuais são já um problema universal, é possível inferir que o paradigma séssil é ainda mais problemático, pois representa um somatório de resistências que permite ao biofilme ser substancialmente mais resistente à ação de antimicrobianos do que as células que estão em estado planctónico. A fraca penetração e difusão dos antimicrobianos através da matriz polisacarídica, a forma específica como os microorganismos se organizam no biofilme são algumas das hipóteses explicativas para o aumento da resistência individual e coletiva (biofilmes) aos antimicrobianos. O diagnóstico e a terapêutica das infeções causadas por biofilme é um processo difícil, daí haver um reforço na importância da prevenção. Deste modo, as feridas crónicas apresentam-se como um desafio à qualidade de vida dos doentes, à abordagem efetuada pelos profissionais de saúde e aos recursos despendidos pelas instituições de saúde no seu tratamento. Assim sendo, é relevante propor um algoritmo síntese que possa ser facilitador na gestão, por parte dos profissionais de saúde, dos biofilmes nas feridas. Como se explica a existência de feridas crónicas? Qual a importância do paradigma séssil para explicar os sinais e sintomas que caracterizam as infeções crónicas? Que dinâmica de investigação existe atualmente para apresentar soluções para este grave problema de saúde pública?Chronic wounds are a major health problem all around the world. To ensure healing is necessary to control factors such as infection, the relevance of biofilms and their role in healing. Biofilmes can be defined as biological systems formed by communities of aggregated, organized and functional cells embedded in exopolimeric matrix. The biofilm formation usually occurs in several stages. The antimicrobial resistance has become one of the most eminent threats to global health and a rising concern for healthcare specialists. Many common infections are becoming resistant to the antimicrobial drugs used to treat them, resulting in higher mortality rates. Once the individual resistances are already a universal problem, it can be inferred that the sessile paradigm is even more problematic because it is a summation of resistances allowing the biofilm to be substantially more resistant to the action of antimicrobials than those cells grown planctonically. The low penetration and dissemination of antimicrobial agents through the polysaccharide matrix and the specific way in which the microorganisms are organized in biofilms are some of the hypotheses proposed to explain the increasing individual and collective (biofilms) antimicrobial resistance. The diagnosis and treatment of biofilm infections caused by biofilms is a difficult process, that’s why prevention is really important. This way, chronic wounds appear as a challenge to the patients’ quality of life, the approach made by health professionals and resources spent by health institutions in their treatment. Therefore, it is important to propose a synthesis algorithm that can be a help in the management of biofilms in wounds by health professionals. How do you explain the existence of chronic wounds? How important is the sessile paradigm to explain the signs and symptoms that characterize chronic infections? What dynamic research currently exists to provide solutions to this serious public health problem?Fonseca, António PedroRepositório Institucional da Universidade Fernando PessoaPinto, Gisela Patrícia Neto Magalhães2017-02-14T17:47:41Z2016-11-04T00:00:00Z2016-11-04T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10284/5816201651190porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-06T02:05:13Zoai:bdigital.ufp.pt:10284/5816Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:42:40.984266Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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