Habitar o património: o caso do Convento de Cristo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barbosa, Álvaro José
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/9131
Resumo: Habitar é permanecer num lugar. É interagir com o espaço, a paisagem, a natureza e os homens. A resultante dessa acção fica assinalada no território e é transmitida às gerações vindouras na sucessão dos tempos. É assim que surge o conceito de património associado ao habitar dos lugares, sejam estes uma casa, um convento, uma cidade, uma paisagem construída, etc. Os lugares do património são o suporte físico da memória social que é transmitida no próprio acto da vivência humana. A memória dos homens radica no modo como eles habitam os lugares. Subtrair-lhes esta característica de vida, esta função do habitar, reduz drasticamente o sentido do património e a sua função de monumento. Procurar manter vivo o património, nas suas múltiplas valências, é a principal tarefa da sociedade moderna, em matéria de conservação do património construído. Podemos dizer que hoje em dia temos todas as soluções técnicas para obviar à conservação dos monumentos. Só não temos as soluções sociais para os manter vivos e actuantes no nosso mundo contemporâneo. O caso do Convento de Cristo é um paradigma dessa luta, por uma nova forma de conservação centrada na vivência dos lugares, no habitar do património.
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