Holocausto no cinema: representação ou exploração. Análise desde o pós-guerra até à atualidade

• Autor(a) principal: Teixeira, Maria Ana Barata De Paiva Teles
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/154315
• topic: Cinema; Holocausto; Memória; Pós-Memória; Holocaust; Memory; Post-Memory; Domínio/Área Científica::Humanidades::Filosofia, Ética e Religião

A presente dissertação é o resultado de uma análise que pretende entender o modo como o cinema tem vindo a abordar a temática do Holocausto desde o pós guerra até à atualidade. Tomando como objetos de estudo onze filmes de épocas diferentes, o presente estudo tenta perceber quais dos filmes honram a memória do genocídio judaico e quais se servem deste apenas como um instrumento, por parte da indústria cinematográfica, para obter lucro. A análise das obras assentará, principalmente, na questão do confronto entre a memória do evento e a imaginação do realizador. No que respeita ao cinema pós guerra são analisados três filmes - The Stranger (Orson Welles, 1946), The Last Stage (Wanda Jakubowska, 1947) e The Search (Fred Zinnemann, 1948). Em relação às comédias serão também analisados três filmes – Jakob the Liar (Peter Kassovitz, 1999), Train of Life (Radu Mihaileanu, 1998) e Life is Beautiful (Roberto Benigni, 1997). The Devil’s Arithmetic (Donna Deitch, 1999) será analisado num contexto de cinema para “toda a família”. Finalmente serão analisados os filmes O filho de Saul (Lázló Nemes, 2015), Jojo Rabbit (Taika Waititi, 2019), Inglourious Basterds (Quentin Tarantino, 2003) e The Boy in the Striped Pajamas (Mark Herman, 2008), filmes que surgem já no século XXI. Numa primeira fase da presente dissertação serão analisados vários conceitos de grande importância para a análise dos filmes expostos, sendo estes, os conceitos de memória e pós-memória e os conceitos de totalitarismo, “banalidade do mal” e campos de concentração, sendo que a análise destes três últimos incide fortemente no pensamento de Hannah Arendt.