Impacto da crise financeira sobre as reservas de caixa, o investimento e o financiamento em empresas portuguesas cotadas em bolsa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/17200 |
Resumo: | Em Portugal, a crise financeira tem sido um tema bastante debatido, pelo que, continua pertinente avaliar até que ponto, esta teve impacto sobre as reservas de caixa, o financiamento e o investimento em Portugal. Para tal, foram analisados estudos de outros autores, cujo tema em questão era semelhante ao que se pretendia trabalhar. Neste estudo, serviram de base os autores Trejo-Pech, Noguera, e Gunderson (2015), Balachandran, Nguyen, Nguyen, e Yin (2013) e Nguyen, Nguyen, e Yin (2015). Quanto aos resultados obtidos, não existem evidências de que a crise tenha tido impacto sobre as reservas de caixa, contrariamente ao que seria de esperar, isto porque, segundo o estudo de Trejo-Pech et al. (2015) as empresas aumentaram as suas reservas de caixa para se precaverem contra a incerteza e assim, poderem utilizar o dinheiro para investirem em oportunidades de crescimento que surgissem. Em termos de financiamento também não é possível afirmar que a crise tenha tido um papel decisivo sobre este. No entanto, os resultados parecem dar indícios de que o financiamento de curto prazo era preferível pelas empresas portuguesas durante a crise, ao invés do financiamento de longo prazo, visto que este último poderia implicar mais riscos para os credores. Relativamente ao investimento das empresas portuguesas, dos resultados obtidos, existem evidências de que a crise e o pós-crise tenham contribuído para o seu aumento, contrariamente aos estudos de Balachandran et al. (2013) e Nguyen et al. (2015), que referem que o investimento diminuiu com o início da crise. Da análise ao crescimento dos ativos, os resultados sugerem que as empresas se socorreram dos fluxos de caixa para conseguirem crescer durante o momento de pós-crise, mas uma vez que a variável PostC foi negativa e estatisticamente significativa, esta parece levar a um efeito retardador desse potencial crescimento dos ativos durante o momento de pós-crise. |
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Impacto da crise financeira sobre as reservas de caixa, o investimento e o financiamento em empresas portuguesas cotadas em bolsaGestãoGestão financeiraGestão de empresasCrise financeiraEm Portugal, a crise financeira tem sido um tema bastante debatido, pelo que, continua pertinente avaliar até que ponto, esta teve impacto sobre as reservas de caixa, o financiamento e o investimento em Portugal. Para tal, foram analisados estudos de outros autores, cujo tema em questão era semelhante ao que se pretendia trabalhar. Neste estudo, serviram de base os autores Trejo-Pech, Noguera, e Gunderson (2015), Balachandran, Nguyen, Nguyen, e Yin (2013) e Nguyen, Nguyen, e Yin (2015). Quanto aos resultados obtidos, não existem evidências de que a crise tenha tido impacto sobre as reservas de caixa, contrariamente ao que seria de esperar, isto porque, segundo o estudo de Trejo-Pech et al. (2015) as empresas aumentaram as suas reservas de caixa para se precaverem contra a incerteza e assim, poderem utilizar o dinheiro para investirem em oportunidades de crescimento que surgissem. Em termos de financiamento também não é possível afirmar que a crise tenha tido um papel decisivo sobre este. No entanto, os resultados parecem dar indícios de que o financiamento de curto prazo era preferível pelas empresas portuguesas durante a crise, ao invés do financiamento de longo prazo, visto que este último poderia implicar mais riscos para os credores. Relativamente ao investimento das empresas portuguesas, dos resultados obtidos, existem evidências de que a crise e o pós-crise tenham contribuído para o seu aumento, contrariamente aos estudos de Balachandran et al. (2013) e Nguyen et al. (2015), que referem que o investimento diminuiu com o início da crise. Da análise ao crescimento dos ativos, os resultados sugerem que as empresas se socorreram dos fluxos de caixa para conseguirem crescer durante o momento de pós-crise, mas uma vez que a variável PostC foi negativa e estatisticamente significativa, esta parece levar a um efeito retardador desse potencial crescimento dos ativos durante o momento de pós-crise.In Portugal, the financial crisis has been a subject well debated, so it would be appropriate, to assess, to what extent this had an impact on cash reserves, financing and investment in Portugal. To this end, studies from others authors were analyzed, which theme in question was similar to what was intended to do in this work. In this study, served as the basis, the authors Trejo-Pech, Noguera, and Gunderson (2015), Balachandran, Nguyen, Nguyen, and Yin (2013) and Nguyen, Nguyen, and Yin (2015). As for the results, there is no evidence that the crisis has had an impact on cash reserves, contrary to what would be expected. This, because, according to the study by Trejo-Pech et al. (2015), companies have increased their cash reserves to guard against the doubt, and, thus, can use the money to invest in growth opportunities that arose. In terms of financing, it is not possible to declare that the crisis has had a decisive role on this. However, the results seem to evidence that short-term financing was preferred by Portuguese companies during the crisis, rather than the long-term financing, since the latter could involve more risk for lenders. For the investment of Portuguese companies, from the results, there is evidence that the crisis and post-crisis have contributed to its increase, in contrast to studies of Balachandran et al. (2013) and Nguyen et al. (2015), which state that investment decreased with the start of the crisis. Analyzing the growth of assets, the results suggest that companies bailed up cash flows to achieve growth during the time of post-crisis, but, since the PostC variable was negative and statistically significant, this seems to lead to a retarding effect of that potential asset growth during the time of post-crisis.Universidade de Aveiro2017-04-06T13:25:44Z2016-01-01T00:00:00Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/17200TID:201571714porSantos, Daniela Maduro dosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:32:55Zoai:ria.ua.pt:10773/17200Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:52:23.579989Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Em Portugal, a crise financeira tem sido um tema bastante debatido, pelo que, continua pertinente avaliar até que ponto, esta teve impacto sobre as reservas de caixa, o financiamento e o investimento em Portugal. Para tal, foram analisados estudos de outros autores, cujo tema em questão era semelhante ao que se pretendia trabalhar. Neste estudo, serviram de base os autores Trejo-Pech, Noguera, e Gunderson (2015), Balachandran, Nguyen, Nguyen, e Yin (2013) e Nguyen, Nguyen, e Yin (2015). Quanto aos resultados obtidos, não existem evidências de que a crise tenha tido impacto sobre as reservas de caixa, contrariamente ao que seria de esperar, isto porque, segundo o estudo de Trejo-Pech et al. (2015) as empresas aumentaram as suas reservas de caixa para se precaverem contra a incerteza e assim, poderem utilizar o dinheiro para investirem em oportunidades de crescimento que surgissem. Em termos de financiamento também não é possível afirmar que a crise tenha tido um papel decisivo sobre este. No entanto, os resultados parecem dar indícios de que o financiamento de curto prazo era preferível pelas empresas portuguesas durante a crise, ao invés do financiamento de longo prazo, visto que este último poderia implicar mais riscos para os credores. Relativamente ao investimento das empresas portuguesas, dos resultados obtidos, existem evidências de que a crise e o pós-crise tenham contribuído para o seu aumento, contrariamente aos estudos de Balachandran et al. (2013) e Nguyen et al. (2015), que referem que o investimento diminuiu com o início da crise. Da análise ao crescimento dos ativos, os resultados sugerem que as empresas se socorreram dos fluxos de caixa para conseguirem crescer durante o momento de pós-crise, mas uma vez que a variável PostC foi negativa e estatisticamente significativa, esta parece levar a um efeito retardador desse potencial crescimento dos ativos durante o momento de pós-crise. |
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