Impacto da crise financeira sobre as reservas de caixa, o investimento e o financiamento em empresas portuguesas cotadas em bolsa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Daniela Maduro dos
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/17200
Resumo: Em Portugal, a crise financeira tem sido um tema bastante debatido, pelo que, continua pertinente avaliar até que ponto, esta teve impacto sobre as reservas de caixa, o financiamento e o investimento em Portugal. Para tal, foram analisados estudos de outros autores, cujo tema em questão era semelhante ao que se pretendia trabalhar. Neste estudo, serviram de base os autores Trejo-Pech, Noguera, e Gunderson (2015), Balachandran, Nguyen, Nguyen, e Yin (2013) e Nguyen, Nguyen, e Yin (2015). Quanto aos resultados obtidos, não existem evidências de que a crise tenha tido impacto sobre as reservas de caixa, contrariamente ao que seria de esperar, isto porque, segundo o estudo de Trejo-Pech et al. (2015) as empresas aumentaram as suas reservas de caixa para se precaverem contra a incerteza e assim, poderem utilizar o dinheiro para investirem em oportunidades de crescimento que surgissem. Em termos de financiamento também não é possível afirmar que a crise tenha tido um papel decisivo sobre este. No entanto, os resultados parecem dar indícios de que o financiamento de curto prazo era preferível pelas empresas portuguesas durante a crise, ao invés do financiamento de longo prazo, visto que este último poderia implicar mais riscos para os credores. Relativamente ao investimento das empresas portuguesas, dos resultados obtidos, existem evidências de que a crise e o pós-crise tenham contribuído para o seu aumento, contrariamente aos estudos de Balachandran et al. (2013) e Nguyen et al. (2015), que referem que o investimento diminuiu com o início da crise. Da análise ao crescimento dos ativos, os resultados sugerem que as empresas se socorreram dos fluxos de caixa para conseguirem crescer durante o momento de pós-crise, mas uma vez que a variável PostC foi negativa e estatisticamente significativa, esta parece levar a um efeito retardador desse potencial crescimento dos ativos durante o momento de pós-crise.
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