Contratualização e financiamento
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://revista.spcir.com/index.php/spcir/article/view/220 |
Resumo: | A contratualização e o financiamento foram das áreas identificadas pela Comissão Nacional para o Desenvolvimento da Cirurgia de Ambulatório (CNADCA) como constituindo um dos principais constrangimentos ao desenvolvimento da Cirurgia de Ambulatório (CA). Era importante alterar esta situação, conseguindo de forma profunda privilegiar o seu financiamento, quando comparado com a cirurgia convencional com internamento, mas pela positiva: premiando quem opta por essa modalidade, em vez de penalizar quem mantém a opção da pela cirurgia convencional. Na fase actual, a penalização poderia colocar numa situação de insustentabilidade financeira várias das instituições hospitalares. A CNADCA pensa que será necessário um período de 3 anos, para que os hospitais procedam às alterações internas necessárias, e que a partir desse momento a filosofia do financiamento se possa alterar, penalizando quem não opta pela CA, quando clinicamente aconselhável. As propostas de alterações ao sistema de contratualização e financiamento da CA, incluíram medidas em várias áreas: – Actualização da codificação de procedimentos para CA, de forma a que todos os que potencialmente que pudessem ser pratica- dos neste tipo de abordagem o fossem efectivamente: a decisão de determinada cirurgia ser efectuada em Cirurgia de Ambulatório ou Cirurgia Convencional (com Internamento) deveria ser baseada apenas em questões de ordem clínica ou social e nunca em critérios administrativo-financeiros. Actualização do financiamento dos procedimentos efectuados em CA, de forma a estimular a substituição da cirurgia com internamento (pagamentos similares, mas custos substancialmente inferiores). Alteração à lotação cirúrgica dos hospitais, para estimular a sua redução gradual e tal tornar-se um instrumento da mudança. Peso da CA no contrato-programa, com crescimentos progressivos, à medida que os constrangimentos de ordem física ou financeira são reduzidos ou eliminados. A teoria das propostas baseia-se na necessidade de criar uma dinâmica, entre os profissionais de saúde, estimulando a mudança e que se tal for suficientemente apelativo que crie essa transformação, tal tornar-se-á irreversível: isto é, propõe-se uma política activa de estímulos durante 3 anos, sendo expectável que após esse período estejamos num nível adequado e sem possibilidade de retorno. |
id |
RCAP_272836e88b321277eb9f19fa7e6aa0ac |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:revista.spcir.com:article/220 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Contratualização e financiamentoA contratualização e o financiamento foram das áreas identificadas pela Comissão Nacional para o Desenvolvimento da Cirurgia de Ambulatório (CNADCA) como constituindo um dos principais constrangimentos ao desenvolvimento da Cirurgia de Ambulatório (CA). Era importante alterar esta situação, conseguindo de forma profunda privilegiar o seu financiamento, quando comparado com a cirurgia convencional com internamento, mas pela positiva: premiando quem opta por essa modalidade, em vez de penalizar quem mantém a opção da pela cirurgia convencional. Na fase actual, a penalização poderia colocar numa situação de insustentabilidade financeira várias das instituições hospitalares. A CNADCA pensa que será necessário um período de 3 anos, para que os hospitais procedam às alterações internas necessárias, e que a partir desse momento a filosofia do financiamento se possa alterar, penalizando quem não opta pela CA, quando clinicamente aconselhável. As propostas de alterações ao sistema de contratualização e financiamento da CA, incluíram medidas em várias áreas: – Actualização da codificação de procedimentos para CA, de forma a que todos os que potencialmente que pudessem ser pratica- dos neste tipo de abordagem o fossem efectivamente: a decisão de determinada cirurgia ser efectuada em Cirurgia de Ambulatório ou Cirurgia Convencional (com Internamento) deveria ser baseada apenas em questões de ordem clínica ou social e nunca em critérios administrativo-financeiros. Actualização do financiamento dos procedimentos efectuados em CA, de forma a estimular a substituição da cirurgia com internamento (pagamentos similares, mas custos substancialmente inferiores). Alteração à lotação cirúrgica dos hospitais, para estimular a sua redução gradual e tal tornar-se um instrumento da mudança. Peso da CA no contrato-programa, com crescimentos progressivos, à medida que os constrangimentos de ordem física ou financeira são reduzidos ou eliminados. A teoria das propostas baseia-se na necessidade de criar uma dinâmica, entre os profissionais de saúde, estimulando a mudança e que se tal for suficientemente apelativo que crie essa transformação, tal tornar-se-á irreversível: isto é, propõe-se uma política activa de estímulos durante 3 anos, sendo expectável que após esse período estejamos num nível adequado e sem possibilidade de retorno. Sociedade Portuguesa de Cirurgia2009-03-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttps://revista.spcir.com/index.php/spcir/article/view/220Revista Portuguesa de Cirurgia; No 8 (2009): Março 2009 - II Série; 33-47Revista Portuguesa de Cirurgia; No 8 (2009): Março 2009 - II Série; 33-472183-11651646-6918reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttps://revista.spcir.com/index.php/spcir/article/view/220https://revista.spcir.com/index.php/spcir/article/view/220/219Copyright (c) 2016 Revista Portuguesa de Cirurgiainfo:eu-repo/semantics/openAccessAraújo, Fernando2024-03-14T22:04:49Zoai:revista.spcir.com:article/220Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T04:00:44.156960Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Contratualização e financiamento |
title |
Contratualização e financiamento |
spellingShingle |
Contratualização e financiamento Araújo, Fernando |
title_short |
Contratualização e financiamento |
title_full |
Contratualização e financiamento |
title_fullStr |
Contratualização e financiamento |
title_full_unstemmed |
Contratualização e financiamento |
title_sort |
Contratualização e financiamento |
author |
Araújo, Fernando |
author_facet |
Araújo, Fernando |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Araújo, Fernando |
description |
A contratualização e o financiamento foram das áreas identificadas pela Comissão Nacional para o Desenvolvimento da Cirurgia de Ambulatório (CNADCA) como constituindo um dos principais constrangimentos ao desenvolvimento da Cirurgia de Ambulatório (CA). Era importante alterar esta situação, conseguindo de forma profunda privilegiar o seu financiamento, quando comparado com a cirurgia convencional com internamento, mas pela positiva: premiando quem opta por essa modalidade, em vez de penalizar quem mantém a opção da pela cirurgia convencional. Na fase actual, a penalização poderia colocar numa situação de insustentabilidade financeira várias das instituições hospitalares. A CNADCA pensa que será necessário um período de 3 anos, para que os hospitais procedam às alterações internas necessárias, e que a partir desse momento a filosofia do financiamento se possa alterar, penalizando quem não opta pela CA, quando clinicamente aconselhável. As propostas de alterações ao sistema de contratualização e financiamento da CA, incluíram medidas em várias áreas: – Actualização da codificação de procedimentos para CA, de forma a que todos os que potencialmente que pudessem ser pratica- dos neste tipo de abordagem o fossem efectivamente: a decisão de determinada cirurgia ser efectuada em Cirurgia de Ambulatório ou Cirurgia Convencional (com Internamento) deveria ser baseada apenas em questões de ordem clínica ou social e nunca em critérios administrativo-financeiros. Actualização do financiamento dos procedimentos efectuados em CA, de forma a estimular a substituição da cirurgia com internamento (pagamentos similares, mas custos substancialmente inferiores). Alteração à lotação cirúrgica dos hospitais, para estimular a sua redução gradual e tal tornar-se um instrumento da mudança. Peso da CA no contrato-programa, com crescimentos progressivos, à medida que os constrangimentos de ordem física ou financeira são reduzidos ou eliminados. A teoria das propostas baseia-se na necessidade de criar uma dinâmica, entre os profissionais de saúde, estimulando a mudança e que se tal for suficientemente apelativo que crie essa transformação, tal tornar-se-á irreversível: isto é, propõe-se uma política activa de estímulos durante 3 anos, sendo expectável que após esse período estejamos num nível adequado e sem possibilidade de retorno. |
publishDate |
2009 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2009-03-26 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://revista.spcir.com/index.php/spcir/article/view/220 |
url |
https://revista.spcir.com/index.php/spcir/article/view/220 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://revista.spcir.com/index.php/spcir/article/view/220 https://revista.spcir.com/index.php/spcir/article/view/220/219 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2016 Revista Portuguesa de Cirurgia info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2016 Revista Portuguesa de Cirurgia |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Portuguesa de Cirurgia |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Portuguesa de Cirurgia |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Portuguesa de Cirurgia; No 8 (2009): Março 2009 - II Série; 33-47 Revista Portuguesa de Cirurgia; No 8 (2009): Março 2009 - II Série; 33-47 2183-1165 1646-6918 reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799138182356271104 |