O processo de cuidar da pessoa idosa com doença de Alzheimer (DA) numa estrutura residencial para pessoas idosas (ERPI) : perspetivas das ajudantes de ação direta (AADA)

• Autor(a) principal: Ferreira, Joana Amaro Veloso
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/22829
• topic: Cuidar; Doença de Alzheimer; Estratégias de intervenção; Lar de idosos/ERPI; Pessoa idosa; Alzheimer's disease; Elderly; Intervention strategies; Nursing home/ERPI; Take care; Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde

Introdução: o envelhecimento da população a nível europeu, a incidência e prevalência da doença de Alzheimer (DA), a sobrecarga dos cuidadores, a institucionalização da Pessoa idosa em Lar de idosos, atualmente designado por ERPI, leva à necessidade de um maior conhecimento sobre o processo de cuidar da Pessoa idosa com DA, na perspectiva dos cuidadores formais. Pretende-se compreender o processo de cuidar da Pessoa idosa com DA institucionalizada numa ERPI, conhecendo as suas necessidades, as dificuldades e estratégias no cuidado utilizadas pelas Ajudantes de Ação Direta (AAD). Parte-se da questão de investigação “Como se constrói o processo de cuidar da Pessoa idosa com DA institucionalizada numa ERPI, na perspetiva das AAD?”. Metodologia: estudo exploratório e descritivo, com uma abordagem qualitativa, recorrendo-se a uma amostra não probabilística por conveniência. Para tal, utilizou-se a observação não-participante/indireta, a entrevista semiestruturada para a recolha dos dados e, consequentemente a análise de conteúdo proposta por Laurence Bardin (2011). Resultados: os resultados colocam a descoberto a complexidade do fenómeno e possibilitam um aumento do conhecimento sobre o processo de cuidar: necessidades da Pessoa idosa, dificuldades na prestação de cuidados e estratégias de intervenção. As necessidades identificadas foram: as fisiológicas, as afetivas, as de segurança, as relacionais/sociais, as ocupacionais e as de cuidados totais/globais. Nas dificuldades emergiram: as características definidoras do doente, do próprio cuidador, os saberes do cuidador e os aspetos organizacionais. Como estratégias de intervenção: o conforto, a segurança, a comunicação verbal e não verbal adequada, a informação/esclarecimento, a orientação no tempo e espaço. Conclusões: este processo advém das múltiplas necessidades multidimensionais, é condicionado por dificuldades inerentes à díade Cuidador/Pessoa idosa, e aos aspetos inerentes à organização, sendo gerido por estratégias variadas (intencionais) capazes de serem promotoras do conforto e bem-estar da Pessoa idosa.