Mutilação genital feminina : um desafio para os cuidados de saúde
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/20.500.11960/2416 |
Resumo: | Os profissionais de saúde, cada vez mais, necessitam de estar preparados para prestar cuidados de uma forma transcultural, atendendo à especificidade das tradições a que as pessoas que cuidam são sujeitas, como é o caso da Mutilação Genital Feminina (MGF). Esta é uma prática comum em alguns países africanos e asiáticos, estando a disseminar-se um pouco por todo o mundo, incluindo Portugal, reclamando uma atenção especial por parte do setor da saúde, tendo em conta as características que este ritual envolve. Desta forma, parece pertinente identificar os conhecimentos, atitudes e comportamentos dos profissionais de saúde, designadamente, Médicos Especialistas em Ginecologia e Obstetrícia e Enfermeiros Especialistas em Saúde Materna e Obstetrícia relativamente à Mutilação Genital Feminina, constituindo-se este como o objetivo primordial do presente trabalho. Para o efeito, desenvolveu-se um estudo descritivo, recorrendo a uma amostra de 138 profissionais de 4 Centros Hospitalares da região Norte de Portugal, utilizando-se como instrumento de colheita de dados o questionário de Leye et. al. (2006). Dos resultados, salienta-se a carente abordagem do tema ao longo da formação de base e especialidade, a escassez de conhecimentos nesta área e a despreocupação pela mesma. Por outro lado, os profissionais, na generalidade, revelam atitudes positivas no que respeita a este assunto. Identificaram-se, também, ainda que escassas, situações de prestação de cuidados a mulheres vítimas de MGF, para as quais alguns comportamentos não foram totalmente adequados. Em síntese, a particularidade e gravidade da situação intersetada com a carência de conhecimentos revelada pelos profissionais e a existência real de casos de MGF no nosso país, deve levar-nos a repensar as práticas e redefinir objetivos, no sentido da prestação de cuidados mais individualizados e multidisciplinares. |
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Os profissionais de saúde, cada vez mais, necessitam de estar preparados para prestar cuidados de uma forma transcultural, atendendo à especificidade das tradições a que as pessoas que cuidam são sujeitas, como é o caso da Mutilação Genital Feminina (MGF). Esta é uma prática comum em alguns países africanos e asiáticos, estando a disseminar-se um pouco por todo o mundo, incluindo Portugal, reclamando uma atenção especial por parte do setor da saúde, tendo em conta as características que este ritual envolve. Desta forma, parece pertinente identificar os conhecimentos, atitudes e comportamentos dos profissionais de saúde, designadamente, Médicos Especialistas em Ginecologia e Obstetrícia e Enfermeiros Especialistas em Saúde Materna e Obstetrícia relativamente à Mutilação Genital Feminina, constituindo-se este como o objetivo primordial do presente trabalho. Para o efeito, desenvolveu-se um estudo descritivo, recorrendo a uma amostra de 138 profissionais de 4 Centros Hospitalares da região Norte de Portugal, utilizando-se como instrumento de colheita de dados o questionário de Leye et. al. (2006). Dos resultados, salienta-se a carente abordagem do tema ao longo da formação de base e especialidade, a escassez de conhecimentos nesta área e a despreocupação pela mesma. Por outro lado, os profissionais, na generalidade, revelam atitudes positivas no que respeita a este assunto. Identificaram-se, também, ainda que escassas, situações de prestação de cuidados a mulheres vítimas de MGF, para as quais alguns comportamentos não foram totalmente adequados. Em síntese, a particularidade e gravidade da situação intersetada com a carência de conhecimentos revelada pelos profissionais e a existência real de casos de MGF no nosso país, deve levar-nos a repensar as práticas e redefinir objetivos, no sentido da prestação de cuidados mais individualizados e multidisciplinares. |
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