Comportamento partidário : Uma aplicação da teoria da acção racional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Potes, Ana
Data de Publicação: 1995
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.12/3157
Resumo: EEste estudo teve como objectivo testar a teoria da acção racional de Ajzen e Fishbein (1980) tentando-se, para o efeito, analisar se o facto de existir uma atitude, uma norma subjectiva e um comportamento passado favoráveis aos partidos políticos CDS/PP, PSD, PS e PCP, levava a uma intenção para votar nesses partidos. A amostra deste estudo foi constituída por 160 sujeitos, 91 homens (57 %) e 69 mulheres (43%). O questionário utilizado foi aplicado um mês antes das eleições para o Parlamento Europeu, que se realizaram no dia 12 de Junho de 1994. Registou-se, para todos os partidos políticos, uma igualdade em termos de algumas variáveis apresentadas como preditoras da intenção de voto, sendo estas a atitude face ao volo nesses partidos, medida através de uma escala única obedecendo a dimensionalidade positivo/negativo, e o comportamento passado. Em relação a variável atitude e como produto de crenças x avaliações, e apesar desta variável se ter revelado preditora da intenção de voto no CDS/PP, PSD e PS, não se mostrou relevante relativamente à intenção de voto no PCP. É de salientar ainda que as habilitações literárias se apresentaram como preditoras da intenção de voto no PCP, ou seja, quanto menos habilitações os sujeitos possuiam, maior era a sua intenção de votar nesse partido. Não se pode deixar de ter em atenção uma via alternativa em relação aos resultados deste estudo já que os sujeitos responderam em termos das suas percepções relativamente ao espectro político, formando, desta forma, padrões de voto específicos nas suas crenças acerca dos partidos considerados.
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