Política de remunerações e arranjos contratuais: estudo em médias empresas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/17861 |
Resumo: | Este estudo visa contribuir para o debate da flexibilização do mercado de trabalho, demonstrando evidência empírica na relação entre a política de remunerações e os arranjos contratuais celebrados pelas entidades empregadoras, que culminam numa maior segmentação do mercado. O presente estudo utiliza os dados dos Quadros de Pessoal, uma fonte administrativa, referente ao ano 2012, e submete a um teste empírico os argumentos da teoria da segmentação em médias empresas em Portugal. Os resultados alcançados através da análise multivariada apontam para a presença de três tipos de empresas, os quais se designaram por "Competitivo", "Mercados Internos de Trabalho" e "Incentivo", de acordo com as suas características próprias. As empresas do cluster "Competitivo" caracterizam-se por salários baixos, com utilização acentuada de contratos flexíveis, empregando categorias vulneráveis de trabalhadores. As empresas que pertencem ao cluster "Mercados Internos de Trabalho" apresentam um salário hora acima da média do mercado de trabalho, revelando uma relação positiva entre a antiguidade e este fator, todavia também engloba empresas que recorrem com frequência à utilização de contratos flexíveis. Por último, as empresas do cluster "Incentivo" destacam-se por apresentar salários e prestações regulares elevadas, revelando estar consideravelmente acima do mercado de trabalho e não recorrendo com tanta frequência à utilização de contratos flexíveis. Os resultados obtidos revelam que existe uma segmentação no mercado de trabalho em Portugal, mas este não é dual. Esta evidência corrobora os resultados obtidos para as grandes empresas, revelando que não existem diferenças significativas entre empresas de média e grande dimensão. |
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Política de remunerações e arranjos contratuais: estudo em médias empresasGestão de recursos humanosMercado de trabalhoFlexibilidade do trabalhoRemuneração do trabalhoMedidas contratuaisSegmentação do mercadoPortugalLabour market segmentationLabour flexibilityCompensation policyContractual arrangementsEste estudo visa contribuir para o debate da flexibilização do mercado de trabalho, demonstrando evidência empírica na relação entre a política de remunerações e os arranjos contratuais celebrados pelas entidades empregadoras, que culminam numa maior segmentação do mercado. O presente estudo utiliza os dados dos Quadros de Pessoal, uma fonte administrativa, referente ao ano 2012, e submete a um teste empírico os argumentos da teoria da segmentação em médias empresas em Portugal. Os resultados alcançados através da análise multivariada apontam para a presença de três tipos de empresas, os quais se designaram por "Competitivo", "Mercados Internos de Trabalho" e "Incentivo", de acordo com as suas características próprias. As empresas do cluster "Competitivo" caracterizam-se por salários baixos, com utilização acentuada de contratos flexíveis, empregando categorias vulneráveis de trabalhadores. As empresas que pertencem ao cluster "Mercados Internos de Trabalho" apresentam um salário hora acima da média do mercado de trabalho, revelando uma relação positiva entre a antiguidade e este fator, todavia também engloba empresas que recorrem com frequência à utilização de contratos flexíveis. Por último, as empresas do cluster "Incentivo" destacam-se por apresentar salários e prestações regulares elevadas, revelando estar consideravelmente acima do mercado de trabalho e não recorrendo com tanta frequência à utilização de contratos flexíveis. Os resultados obtidos revelam que existe uma segmentação no mercado de trabalho em Portugal, mas este não é dual. Esta evidência corrobora os resultados obtidos para as grandes empresas, revelando que não existem diferenças significativas entre empresas de média e grande dimensão.This study aims to contribute to the debate on labour market flexibilization, demonstrating empirical evidence about the relation between the compensation policy and the contractual arrangements, which culminate in a greater labour market segmentation. This study uses data from Quadros de Pessoal, an administrative source, regarding the year of 2012, and submits to an empirical test the arguments of the theory of segmentation in medium-sized enterprises in Portugal. The results obtained through the multivariate analysis point out to the presence of three types of enterprises, which are known as "Competitivo", "Mercados Internos de Trabalho" and "Incentivo", according to their own characteristics. The enterprises in the cluster "Competitivo" are characterized by low wages, with a marked use of flexible contracts employing vulnerable categories of workers. The companies that belong to the cluster "Mercados Internos de Trabalho" have an hourly wage above the labour market, revealing a positive relation between the seniority and this factor however it also includes a group of companies that frequently use flexible contracts. Finally, the companies in the cluster "Incentivo" stand out for having high wages, as well as regular benefits, also revealing that they are considerably above the labour market and do not appeal so often to the use of flexible contracts. Thereby, the results prove that there is a segmentation in the labour market in Portugal, but this is not dual. This evidence is in line with the obtained results for large enterprises, revealing that there are no considerable differences between medium and large enterprises.2019-04-16T15:57:33Z2020-04-16T00:00:00Z2018-09-11T00:00:00Z2018-09-112018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/octet-streamhttp://hdl.handle.net/10071/17861TID:201975505porPereira, Maria Inês Fonseca Marquesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:38:40Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/17861Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:17:43.622573Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Este estudo visa contribuir para o debate da flexibilização do mercado de trabalho, demonstrando evidência empírica na relação entre a política de remunerações e os arranjos contratuais celebrados pelas entidades empregadoras, que culminam numa maior segmentação do mercado. O presente estudo utiliza os dados dos Quadros de Pessoal, uma fonte administrativa, referente ao ano 2012, e submete a um teste empírico os argumentos da teoria da segmentação em médias empresas em Portugal. Os resultados alcançados através da análise multivariada apontam para a presença de três tipos de empresas, os quais se designaram por "Competitivo", "Mercados Internos de Trabalho" e "Incentivo", de acordo com as suas características próprias. As empresas do cluster "Competitivo" caracterizam-se por salários baixos, com utilização acentuada de contratos flexíveis, empregando categorias vulneráveis de trabalhadores. As empresas que pertencem ao cluster "Mercados Internos de Trabalho" apresentam um salário hora acima da média do mercado de trabalho, revelando uma relação positiva entre a antiguidade e este fator, todavia também engloba empresas que recorrem com frequência à utilização de contratos flexíveis. Por último, as empresas do cluster "Incentivo" destacam-se por apresentar salários e prestações regulares elevadas, revelando estar consideravelmente acima do mercado de trabalho e não recorrendo com tanta frequência à utilização de contratos flexíveis. Os resultados obtidos revelam que existe uma segmentação no mercado de trabalho em Portugal, mas este não é dual. Esta evidência corrobora os resultados obtidos para as grandes empresas, revelando que não existem diferenças significativas entre empresas de média e grande dimensão. |
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