A contabilidade criativa nas micro, pequenas e médias empresas em Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Rui Pedro Chaves da
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/39091
Resumo: Com esta investigação pretendeu-se analisar empiricamente como se comportam as micro, pequenas e médias empresas (MPME) na utilização de práticas de contabilidade criativa. Foi estudada a influência de variáveis estruturais e de governo destas empresas no uso de práticas de contabilidade criativa. Este estudo incidiu sobre as MPME portuguesas, com um foco especial nas microempresas. Estas representam não só 99,9% das empresas em Portugal, mas são também responsáveis por cerca de 80% do emprego em Portugal, e cerca de 60% do Valor Acrescentado Bruto (VAB) português. Para além disso, grande parte da literatura sobre a contabilidade criativa incide sobre empresas com valores cotados em bolsa, ou sobre empresas não cotadas com maior dimensão. Para medir os níveis das práticas de contabilidade criativa, utilizaram-se os accruals discricionários calculados pelo modelo modificado de Jones. Os resultados obtidos permitem concluir que as MPME utilizam práticas de contabilidade criativa. Uma das variáveis que mais influencia estas práticas são os impostos pagos pelas empresas, mais relevantes ainda quando se trata apenas de microempresas. O crescimento em relação ao ano anterior e o endividamento são variáveis que influenciam fortemente os accruals discricionários nas não microempresas, que já apresentam alguma dimensão. Constatouse que as empresas familiares não apresentam diferenças significativas quanto às empresas não familiares, em relação ao nível dos accruals discricionários. Da mesma maneira, não se verificou uma diferença significativa nas práticas de contabilidade criativa entre as microempresas e as não microempresas. Quanto às empresas administradas por mulheres, também não se verificaram diferenças significativas nas práticas de contabilidade de criativa. Da mesma forma, as empresas administradas por proprietários de capital não apresentam diferenças significativas quanto ao nível dos accruals discricionários, em relação às restantes empresas
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