A importância da comunicação como determinante da qualidade e da segurança na prestação de cuidados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Consciência, João Rui Bento
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.19/4746
Resumo: Enquadramento: A segurança do doente tem um carácter multidimensional e multidisciplinar que exige abordagens sistémicas e integradas que viabilizem a consecução de planos de melhoria da qualidade dos cuidados e, consequentemente, a garantia da segurança dos doentes nas organizações de saúde. No âmbito da sua índole multidimensional a OMS evidencia a importância da qualidade da interação e da comunicação como determinantes da qualidade e da segurança na prestação dos cuidados de saúde. Objetivo: Analisar qual a perceção dos enfermeiros, sobre a comunicação como determinante da qualidade e segurança dos cuidados de saúde. Método: Este estudo, de carácter quantitativo, descritivo/correlacional, analítico e transversal, realizou-se numa amostra de 138 enfermeiros. Foi utilizada a escala Avaliação da Cultura de Segurança do Doente em Hospitais (Eiras, 2011), e a Escala de Competências de Comunicação Clinica (ECCC) validada por Ferreira; Silva & Duarte (2016) para avaliação das competências comunicacionais. Resultados: Os inquiridos têm uma idade média de 32.51 anos, com um desvio padrão de 7.958. São maioritariamente do sexo feminino (77.54%) com licenciatura (94.4%) e tem, em média 9.41 anos, de experiência profissional. A idade, o estado civil, a experiência profissional não influenciam a cultura de segurança do doente. Após a análise inferencial através de uma regressão múltipla multivariada, registamos que todas as variáveis manifestas (Anos experiencia profissional, recolhe informação, partilha Informação e permite terminar o diálogo) registam valores significativos. Aferimos que a dimensão permite terminar o dialogo apresenta maior peso preditivo em relação à cultura de segurança no que diz respeito a frequência de notificação, comunicação e feedback acerca erro e aprendizagem organizacional – melhoria continua. Quanto maior os anos de experiencia profissional menor a resposta ao erro não punitiva. Conclusão: Os resultados apontam para a importância da comunicação sobre algumas variáveis na cultura de segurança do doente. Esta realidade circunscreve-se de novos pressupostos e atitudes, profissionais que têm que acompanhar, em tempo útil, a evolução do conhecimento, garantindo comunicação enfermeiro / utente eficaz e práticas de cuidados seguras, com garantia de qualidade dos cuidados prestados. Palavras-chave: Cultura de segurança, Enfermagem, Qualidade de cuidados, Comunicação.
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Objetivo: Analisar qual a perceção dos enfermeiros, sobre a comunicação como determinante da qualidade e segurança dos cuidados de saúde. Método: Este estudo, de carácter quantitativo, descritivo/correlacional, analítico e transversal, realizou-se numa amostra de 138 enfermeiros. Foi utilizada a escala Avaliação da Cultura de Segurança do Doente em Hospitais (Eiras, 2011), e a Escala de Competências de Comunicação Clinica (ECCC) validada por Ferreira; Silva & Duarte (2016) para avaliação das competências comunicacionais. Resultados: Os inquiridos têm uma idade média de 32.51 anos, com um desvio padrão de 7.958. São maioritariamente do sexo feminino (77.54%) com licenciatura (94.4%) e tem, em média 9.41 anos, de experiência profissional. A idade, o estado civil, a experiência profissional não influenciam a cultura de segurança do doente. Após a análise inferencial através de uma regressão múltipla multivariada, registamos que todas as variáveis manifestas (Anos experiencia profissional, recolhe informação, partilha Informação e permite terminar o diálogo) registam valores significativos. Aferimos que a dimensão permite terminar o dialogo apresenta maior peso preditivo em relação à cultura de segurança no que diz respeito a frequência de notificação, comunicação e feedback acerca erro e aprendizagem organizacional – melhoria continua. Quanto maior os anos de experiencia profissional menor a resposta ao erro não punitiva. Conclusão: Os resultados apontam para a importância da comunicação sobre algumas variáveis na cultura de segurança do doente. Esta realidade circunscreve-se de novos pressupostos e atitudes, profissionais que têm que acompanhar, em tempo útil, a evolução do conhecimento, garantindo comunicação enfermeiro / utente eficaz e práticas de cuidados seguras, com garantia de qualidade dos cuidados prestados. Palavras-chave: Cultura de segurança, Enfermagem, Qualidade de cuidados, Comunicação.Abstract Background: Patient’s safety as a multidimensional and multidisciplinary character that needs a systemic and integrated approach that make viable the achievement of plans to improve the quality of care and, consequently, ensuring patient safety in health organizations. In the context of its multidimensional nature, WHO highlights the importance of the quality interaction and communication as determinants of quality and safety in health care delivery. Goal: Analyze nurse’s perceptions about the importance of communication as a determinant of quality and safety in health care. Methodology: This study of, quantitative, descriptive-correlational, analytical and transversal nature, was accomplished on a sample of 138 nurses. We used the scale Evaluation of patient safety culture in Hospitals (Eiras, 2011), and the scale Clinical Communication Skills (ECCC) validated by Ferreira, Silva & Duarte (2016) to evaluate communication skills. Results: The participants have a mean age of 32.51 years, with a standard deviation of 7.958. They are mostly female (77.54%) with a degree (94.4%) and have, on average, 9.41 years of professional experience. Age, marital status, work experience does not influence the safety culture of the patient. After the inferential analysis through a multivariate multiple regression, we note that all manifest variables (Years of professional experience, collects information, share information and allows to terminate the dialogue) showed significant values. We assessed the dimension allows end the dialogue has increased predictive weight in relation to safety culture as regards the frequency of notification, communication and feedback about errors and organizational learning – continuous improvement. The greater the years of professional experience less punitive error response. Conclusion: The results point to the importance of some variables in the safety culture of the patient. This reality is circumscribed by new presuppositions and attitudes; Professionals who have to attend, in a timely manner, the evolution of knowledge, ensuring safe practices, assuring the quality of the care provided. Keywords: Safety culture, Nursing, Quality of care, Communication.Duarte, João CarvalhoFerreira, Manuela Maria ConceiçãoRepositório Científico do Instituto Politécnico de ViseuConsciência, João Rui Bento2017-12-11T11:46:45Z2017-07-1120162017-07-11T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.19/4746TID:201723450porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T15:27:31Zoai:repositorio.ipv.pt:10400.19/4746Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:43:17.883433Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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description Enquadramento: A segurança do doente tem um carácter multidimensional e multidisciplinar que exige abordagens sistémicas e integradas que viabilizem a consecução de planos de melhoria da qualidade dos cuidados e, consequentemente, a garantia da segurança dos doentes nas organizações de saúde. No âmbito da sua índole multidimensional a OMS evidencia a importância da qualidade da interação e da comunicação como determinantes da qualidade e da segurança na prestação dos cuidados de saúde. Objetivo: Analisar qual a perceção dos enfermeiros, sobre a comunicação como determinante da qualidade e segurança dos cuidados de saúde. Método: Este estudo, de carácter quantitativo, descritivo/correlacional, analítico e transversal, realizou-se numa amostra de 138 enfermeiros. Foi utilizada a escala Avaliação da Cultura de Segurança do Doente em Hospitais (Eiras, 2011), e a Escala de Competências de Comunicação Clinica (ECCC) validada por Ferreira; Silva & Duarte (2016) para avaliação das competências comunicacionais. Resultados: Os inquiridos têm uma idade média de 32.51 anos, com um desvio padrão de 7.958. São maioritariamente do sexo feminino (77.54%) com licenciatura (94.4%) e tem, em média 9.41 anos, de experiência profissional. A idade, o estado civil, a experiência profissional não influenciam a cultura de segurança do doente. Após a análise inferencial através de uma regressão múltipla multivariada, registamos que todas as variáveis manifestas (Anos experiencia profissional, recolhe informação, partilha Informação e permite terminar o diálogo) registam valores significativos. Aferimos que a dimensão permite terminar o dialogo apresenta maior peso preditivo em relação à cultura de segurança no que diz respeito a frequência de notificação, comunicação e feedback acerca erro e aprendizagem organizacional – melhoria continua. Quanto maior os anos de experiencia profissional menor a resposta ao erro não punitiva. Conclusão: Os resultados apontam para a importância da comunicação sobre algumas variáveis na cultura de segurança do doente. Esta realidade circunscreve-se de novos pressupostos e atitudes, profissionais que têm que acompanhar, em tempo útil, a evolução do conhecimento, garantindo comunicação enfermeiro / utente eficaz e práticas de cuidados seguras, com garantia de qualidade dos cuidados prestados. Palavras-chave: Cultura de segurança, Enfermagem, Qualidade de cuidados, Comunicação.
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