A emoção como experiência humana: a perspectiva do psicoterapeuta

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Paulino, M
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.10/1102
Resumo: As emoções são estados afectivos de curta duração, com sintomatologia vegetativa concomitante, desencadeadas por uma percepção externa ou interna. Existem emoções primárias ou universais (alegria, tristeza, medo, cólera, surpresa, aversão), emoções secundárias ou sociais (compaixão, embaraço, vergonha, culpa, desprezo, ciúme, inveja, orgulho, admiração) e emoções de fundo (bem-estar, mal- -estar, calma, tensão). As emoções são programas complexos de acções modeladas pela evolução. As acções são completadas por um programa cognitivo, mas o mundo das emoções é sobretudo um mundo de acções levado a cabo no nosso corpo, desde as expressões faciais e posições do corpo até às mudanças nas vísceras e meio interno. Pode-se considerar a emoção como um sistema de valores primários do cérebro, levando a que certas activações sejam selectivamente reforçadas. Nas entrevistas clínicas somos muitas vezes levados a passar da linha do discurso verbal, das ideias, para a linha do discurso emocional. Podemos utilizar as nossas próprias emoções ou sensações como forma de detectar discrepâncias ou incongruências na relação, provavelmente entre os canais de comunicação verbal, não-verbal e empático. Carl Rogers deu um contributo importante à psicoterapia com a sua experiência do aceitar incondicionalmente o cliente, aquele que vem para ser ouvido, tendencialmente sem preconceitos e sem juízos de valor. Uma sensação, uma emoção, um raciocínio eram aceites com a mesma atenção, cuidado e respeito. As formas de expressão e a configuração exacta dos estímulos que podem induzir uma emoção são diversas nas diferentes culturas e indivíduos, mas o que impressiona é a semelhança.
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