A Emoção como Experiência Humana: A Perspectiva do Psicoterapeuta
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25752/psi.3326 |
Resumo: | As emoções são estados afectivos de curta duração, com sintomatologia vegetativa concomitante, desencadeadas por uma percepção externa ou interna. Existem emoções primárias ou universais (alegria, tristeza, medo, cólera, surpresa, aversão), emoções secundárias ou sociais (compaixão, embaraço, vergonha, culpa, desprezo, ciúme, inveja, orgulho, admiração) e emoções de fundo (bem-estar, mal-estar, calma, tensão). As emoções são programas complexos de acções modeladas pela evolução. As acções são completadas por um programa cognitivo, mas o mundo das emoções é sobretudo um mundo de acções levado a cabo no nosso corpo, desde as expressões faciais e posições do corpo até às mudanças nas vísceras e meio interno. Pode-se considerar a emoção como um sistema de valores primários do cérebro, levando a que certas activações sejam selectivamente reforçadas. Nas entrevistas clínicas somos muitas vezes levados a passar da linha do discurso verbal, das ideias, para a linha do discurso emocional. Podemos utilizar as nossas próprias emoções ou sensações como forma de detectar discrepâncias ou incongruências na relação, provavelmente entre os canais de comunicação verbal, não-verbal e empático. Carl Rogers deu um contributo importante à psicoterapia com a sua experiência do aceitar incondicionalmente o cliente, aquele que vem para ser ouvido, tendencialmente sem preconceitos e sem juízos de valor. Uma sensação, uma emoção, um raciocínio eram aceites com a mesma atenção, cuidado e respeito. As formas de expressão e a configuração exacta dos estímulos que podem induzir uma emoção são diversas nas diferentes culturas e indivíduos, mas o que impressiona é a semelhança. |
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A Emoção como Experiência Humana: A Perspectiva do PsicoterapeutaA Emoção como Experiência Humana: A Perspectiva do PsicoterapeutaActasAs emoções são estados afectivos de curta duração, com sintomatologia vegetativa concomitante, desencadeadas por uma percepção externa ou interna. Existem emoções primárias ou universais (alegria, tristeza, medo, cólera, surpresa, aversão), emoções secundárias ou sociais (compaixão, embaraço, vergonha, culpa, desprezo, ciúme, inveja, orgulho, admiração) e emoções de fundo (bem-estar, mal-estar, calma, tensão). As emoções são programas complexos de acções modeladas pela evolução. As acções são completadas por um programa cognitivo, mas o mundo das emoções é sobretudo um mundo de acções levado a cabo no nosso corpo, desde as expressões faciais e posições do corpo até às mudanças nas vísceras e meio interno. Pode-se considerar a emoção como um sistema de valores primários do cérebro, levando a que certas activações sejam selectivamente reforçadas. Nas entrevistas clínicas somos muitas vezes levados a passar da linha do discurso verbal, das ideias, para a linha do discurso emocional. Podemos utilizar as nossas próprias emoções ou sensações como forma de detectar discrepâncias ou incongruências na relação, provavelmente entre os canais de comunicação verbal, não-verbal e empático. Carl Rogers deu um contributo importante à psicoterapia com a sua experiência do aceitar incondicionalmente o cliente, aquele que vem para ser ouvido, tendencialmente sem preconceitos e sem juízos de valor. Uma sensação, uma emoção, um raciocínio eram aceites com a mesma atenção, cuidado e respeito. As formas de expressão e a configuração exacta dos estímulos que podem induzir uma emoção são diversas nas diferentes culturas e indivíduos, mas o que impressiona é a semelhança.Emotions are affective states of short duration, with concomitant vegetative symptoms, triggered by an internal or external perception. There are primary or universal emotions (happiness, sadness, fear, anger, surprise, disgust), secondary or social emo- tions (compassion, shame, guilt, contempt, jealousy, envy, pride, admiration) and background emotions (wellbeing, malaise, calm, tension). Emotions are complex programs of actions shaped by evolution. The actions are completed by a cognitive program, but the world of emotions is primarily a world of actions carried out in our body from the facial expressions and body positions to the changes in the viscera and internal milieu. We can consider emotion as a primary value system of the brain, leading certain activations to be selectively reinforced. In clinical interviews we are often led from the line of verbal speech to the line of emotional speech. We use our own emotions or feelings as a way to detect discrepancies or incongruities in the relationship, probably between the channels of verbal, non-verbal and empathic communication. Carl Rogers made an important contribution to psychotherapy with his experience of unconditionally accepting the client, who comes to be heard, without prejudice or judgment. A feeling, an emotion, a reasoning were accepted with the same attention, care and respect. The forms of expression and the exact configuration of stimuli that can induce an emotion are different in different cultures and individuals. But what is striking is the similarity.Departamento de Saúde Mental | Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, EPE2013-12-16T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.25752/psi.3326por2182-31461646-091XPaulino, Marcoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-05-16T14:11:55Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/3326Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T14:57:04.913646Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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