Determinantes no atraso na chegada à urgência em pacientes com Acidente Vascular Cerebral

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fonseca, Débora Alves
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/4958
Resumo: Objetivo: Este estudo foi elaborado com o objetivo de determinar os fatores que levam ao comparecimento tardio no hospital, abrangendo dois centros hospitalares em diferentes regiões do país, interior/centro e litoral/norte, avaliando fatores pré e intra-hospitalares. Métodos: Foram inquiridos 154 pacientes dos que se encontravam no internamento dos centros hospitalares Cova da Beira e Entre Douro e Vouga durante o período em que decorreu a investigação. Tempo pré-hospitalar foi definido como o tempo desde o início dos sintomas até á chegada ao hospital. O tempo intra-hospitalar foi definido desde a hora de chegada até à hora em que o paciente foi observado pelo médico. Resultados: Foram estudados resultados de um total de 154 pacientes que apresentavam sinais ou sintomas de acidente vascular cerebral aguda. Destes, 57.8 % do sexo masculino e 42.2% dos pacientes do sexo feminino. A média de idades da população foi de 73 anos (73.79) e 52.6% dos pacientes chegaram dentro das 3 horas desde o início das manifestações do evento. Neste estudo, 118 pacientes tinham mais de 65 anos. Apenas 20.1% dos pacientes não apresentaram quaisquer antecedentes patológicos de risco para ocorrência do AVC, apresentando a restante população = 1 fator de risco dos considerados no questionário. O sintoma mais frequente foi a paresia muscular (64.9%) e 36.4% dos pacientes ligaram para o serviço de emergência (112). A ativação das Vias Verdes ocorreu em 50% dos casos, e desses, 81.8% chegaram no tempo de janela para terapêutica, as 3 horas. A média do tempo intra-hospitalar foi de 22 minutos, e para avaliação a janela de tempo foi dividida em tempos categóricos, mostrando a predominância entre os 11 e 20 minutos até um paciente ser observado por um médico desde a entrada no hospital. Num total de 154 pacientes, 89% foram admitidos com diagnóstico de AVC isquémico, e os restantes 11% com acidente vascular hemorrágico. Conclusão: O tratamento precoce é um determinante crítico de melhor prognóstico do AVC agudo. Neste estudo, 48% dos pacientes chegaram fora do intervalo de tempo recomendado para a intervenção médica (=3 horas). Tempos pré-hospitalares mais curtos foram estatisticamente significativamente associados a presença de sintomas da fala, utilização do serviço de emergência (112), a ativação das Vias Verdes e o valor maior do NIHSS do paciente na admissão no SU. Como fatores de atraso foram estabelecidos alvos como a ocupação do paciente, a dislipidemia e os sintomas de visão como manifestações de um AVC. Destas variáveis, algumas apenas demonstraram relevância estatística para determinada população, nomeadamente a dislipidemia e as manifestações da visão no AVC como fatores de atraso na chegada ao hospital no CHDV. Não se estabeleceu nenhuma relação com significância estatística entre o tipo de AVC e uma chegada mais breve ao hospital. Concluiu-se neste estudo que perante um AVC deve-se de imediato chamar o 112, verificando-se uma relação com significância estatística em ambos os hospitais. Dado que, apenas 37% dos pacientes usaram o INEM quando presenciaram o AVC, este é, portanto, um ponto de intervenção importante: dar a conhecer ao público de que a chamada para o 112 é a primeira ação a ter quando surgem as manifestações de um AVC (14,18). Quanto ao tempo intra-hospitalar, a única relação que se estabeleceu como fator para um tempo intra-hospitalar mais curto foi com a ativação das vias verdes, sem diferenças entre os dois centros hospitalares em estudo. Os resultados indicam que campanhas educacionais são necessárias para aumentar o conhecimento público dos sinais de um AVC e da necessidade de ligar para o 112 imediatamente quando as pessoas estão possivelmente a sofrer um AVC. Estas atitudes, apesar de algumas diferenças nos resultados entre hospitais, demonstraram ser importantes para a população em geral, sendo o objetivo dar a conhecer a toda a comunidade os fatores de risco, sinais e sintomas, e o que fazer de imediato perante um AVC. Da mesma forma, os médicos e hospitais devem ser treinados para o reconhecimento rápido dos sintomas e sinais, e também para atuar rapidamente, organizados e em equipa no atendimento de um paciente com AVC.
id RCAP_298fac6a1487acede61c273c399d4d7f
oai_identifier_str oai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/4958
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Determinantes no atraso na chegada à urgência em pacientes com Acidente Vascular CerebralAcidente Vascular CerebralCuidados OrganizadosTempo Intra-HospitalarTempo Pré-HospitalarVias VerdesDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaObjetivo: Este estudo foi elaborado com o objetivo de determinar os fatores que levam ao comparecimento tardio no hospital, abrangendo dois centros hospitalares em diferentes regiões do país, interior/centro e litoral/norte, avaliando fatores pré e intra-hospitalares. Métodos: Foram inquiridos 154 pacientes dos que se encontravam no internamento dos centros hospitalares Cova da Beira e Entre Douro e Vouga durante o período em que decorreu a investigação. Tempo pré-hospitalar foi definido como o tempo desde o início dos sintomas até á chegada ao hospital. O tempo intra-hospitalar foi definido desde a hora de chegada até à hora em que o paciente foi observado pelo médico. Resultados: Foram estudados resultados de um total de 154 pacientes que apresentavam sinais ou sintomas de acidente vascular cerebral aguda. Destes, 57.8 % do sexo masculino e 42.2% dos pacientes do sexo feminino. A média de idades da população foi de 73 anos (73.79) e 52.6% dos pacientes chegaram dentro das 3 horas desde o início das manifestações do evento. Neste estudo, 118 pacientes tinham mais de 65 anos. Apenas 20.1% dos pacientes não apresentaram quaisquer antecedentes patológicos de risco para ocorrência do AVC, apresentando a restante população = 1 fator de risco dos considerados no questionário. O sintoma mais frequente foi a paresia muscular (64.9%) e 36.4% dos pacientes ligaram para o serviço de emergência (112). A ativação das Vias Verdes ocorreu em 50% dos casos, e desses, 81.8% chegaram no tempo de janela para terapêutica, as 3 horas. A média do tempo intra-hospitalar foi de 22 minutos, e para avaliação a janela de tempo foi dividida em tempos categóricos, mostrando a predominância entre os 11 e 20 minutos até um paciente ser observado por um médico desde a entrada no hospital. Num total de 154 pacientes, 89% foram admitidos com diagnóstico de AVC isquémico, e os restantes 11% com acidente vascular hemorrágico. Conclusão: O tratamento precoce é um determinante crítico de melhor prognóstico do AVC agudo. Neste estudo, 48% dos pacientes chegaram fora do intervalo de tempo recomendado para a intervenção médica (=3 horas). Tempos pré-hospitalares mais curtos foram estatisticamente significativamente associados a presença de sintomas da fala, utilização do serviço de emergência (112), a ativação das Vias Verdes e o valor maior do NIHSS do paciente na admissão no SU. Como fatores de atraso foram estabelecidos alvos como a ocupação do paciente, a dislipidemia e os sintomas de visão como manifestações de um AVC. Destas variáveis, algumas apenas demonstraram relevância estatística para determinada população, nomeadamente a dislipidemia e as manifestações da visão no AVC como fatores de atraso na chegada ao hospital no CHDV. Não se estabeleceu nenhuma relação com significância estatística entre o tipo de AVC e uma chegada mais breve ao hospital. Concluiu-se neste estudo que perante um AVC deve-se de imediato chamar o 112, verificando-se uma relação com significância estatística em ambos os hospitais. Dado que, apenas 37% dos pacientes usaram o INEM quando presenciaram o AVC, este é, portanto, um ponto de intervenção importante: dar a conhecer ao público de que a chamada para o 112 é a primeira ação a ter quando surgem as manifestações de um AVC (14,18). Quanto ao tempo intra-hospitalar, a única relação que se estabeleceu como fator para um tempo intra-hospitalar mais curto foi com a ativação das vias verdes, sem diferenças entre os dois centros hospitalares em estudo. Os resultados indicam que campanhas educacionais são necessárias para aumentar o conhecimento público dos sinais de um AVC e da necessidade de ligar para o 112 imediatamente quando as pessoas estão possivelmente a sofrer um AVC. Estas atitudes, apesar de algumas diferenças nos resultados entre hospitais, demonstraram ser importantes para a população em geral, sendo o objetivo dar a conhecer a toda a comunidade os fatores de risco, sinais e sintomas, e o que fazer de imediato perante um AVC. Da mesma forma, os médicos e hospitais devem ser treinados para o reconhecimento rápido dos sintomas e sinais, e também para atuar rapidamente, organizados e em equipa no atendimento de um paciente com AVC.Objective: This study was designed with the aim of determining the factors that lead to patients’ delayed arrivals at hospitals. To do so two hospital centers in different regions of the country were chosen: one in the interior/center and one in the coastal/ north of the country. Both pre-hospital and intra-hospital factors were evaluated. Methods: 154 patients were surveyed during the period in which the investigation of which were in the inpatient hospital in the hospitals of Cova da Beira and Entre Douro e Vouga. Pre-hospital time was defined as the time from the onset of symptoms to arrival at the hospital. The intra-hospital time was defined as the time from arrival at the hospital until the time the patient was seen by the doctor. Results: the 154 patients that were surveyed were diagnosed with signs or symptoms of acute cerebrovascular accidents. Of those 57.8 % were male and 42.2 % were female. The average age of this population was 73 (73.79) and 52.6% of the patients arrived within 3 hours from the onset of the condition. In this study, 118 patients were over 65 years. Only 20.1% of patients did not show any pathological antecedents of risk for the occurrence of stroke, with the remaining population = 1 risk factor considered in the questionnaire. The most frequent symptom was muscle paresis (64.9%) and 36.4 % of patients called for emergency service (112). Activation of fast tracks occurred in 50 % of cases, and of those, 81.8% arrived on time window for therapy, the 3 hours. The average intra-hospital time was 22 minutes, and the window time was divided into categories, showing the predominance of 11 and 20 minutes for a patient to be seen by a doctor since entering the hospital. A total of 154 patients, 89% were admitted with a diagnosis of ischemic stroke, and the remaining 11% with hemorrhagic stroke. Results: the 154 patients that were surveyed were diagnosed with signs or symptoms of acute cerebrovascular accidents. Of those 57.8% were male and 42.2 % were female. The average age of this population was 73 (73.79) and 52.6% of the patients arrived within 3 hours from the onset of the condition. In this study, 118 patients were over 65 years. Only 20.1% of the patients did not show any pathological antecedents of risk of the occurrence of a stroke, with the remaining population = 1 risk factor considered in the questionnaire. The most frequent symptom was muscle paralysis (64.9%). 36.4 % of the patients called for emergency service (112). Activation of fast tracks occurred in 50 % of cases, and of those, 81.8 % arrived on time window for therapy, the 3 hours. The average intra-hospital time was 22 minutes, and the window time was divided into categories, showing the predominance of 11 to 20 minutes for a patient to be seen by a doctor since entering the hospital. 89% of the 154 patients were admitted with a diagnosis of ischemic stroke, and the remaining 11% with hemorrhagic stroke. Conclusion: Rapid treatment is a determinant factor for a better prognosis of an acute stroke. In this study, 48% of the patients arrived outside the range of the recommended time for medical intervention (= 3 hours). Shorter prehospital times were statistically significantly associated with the presence of symptoms of speech, use of emergency services (112), activation of fast tracks and the highest value of the NIHSS on admission of the patient in the ED. Delay factors such as the occupation of the patient, dyslipidemia and symptoms of vision as manifestations of a stroke were established. Only some showed statistical significance for the given population, including dyslipidemia and manifestations of vision in stroke as factors of delay in arrival at the hospital in CHDV. No relationship with statistical significance between the type of stroke and a shorter hospital arrival was established. It was concluded, that a patient with stroke symptom should call 112 immediately, as there was a statistical significance in both hospitals. Given that only 37% of patients used the INEM when they were faced with a stroke, this is therefore an important point of intervention: to inform the public that the call to 112 is the first action to take when they stroke manifestations arise (14, 18). As for the in-hospital time, the only relationship that is established as a factor contributing for a shorter in-hospital time was with the activation of fast tracks, without differences between the two hospitals studied. The results indicate that educational campaigns are needed to increase public awareness of the signs of a stroke and that there is also the need to call 112 immediately when people are likely to be having a stroke. These attitudes, despite some differences in outcomes between hospitals, were important to the general population, with the aim to inform the entire community about the risk factors, signs and symptoms, and what to do immediately before a stroke. Similarly, it concluded that doctors and hospitals should be trained for rapid recognition of symptoms and signs, and also to act quickly and as a well-organized team when dealing with a patient suffering from a stroke.Sousa, Miguel Castelo Branco Craveiro deuBibliorumFonseca, Débora Alves2018-07-10T16:13:41Z2014-5-162014-07-072014-07-07T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/4958TID:201639645porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:42:26Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/4958Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:45:58.496837Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Determinantes no atraso na chegada à urgência em pacientes com Acidente Vascular Cerebral
title Determinantes no atraso na chegada à urgência em pacientes com Acidente Vascular Cerebral
spellingShingle Determinantes no atraso na chegada à urgência em pacientes com Acidente Vascular Cerebral
Fonseca, Débora Alves
Acidente Vascular Cerebral
Cuidados Organizados
Tempo Intra-Hospitalar
Tempo Pré-Hospitalar
Vias Verdes
Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Medicina
title_short Determinantes no atraso na chegada à urgência em pacientes com Acidente Vascular Cerebral
title_full Determinantes no atraso na chegada à urgência em pacientes com Acidente Vascular Cerebral
title_fullStr Determinantes no atraso na chegada à urgência em pacientes com Acidente Vascular Cerebral
title_full_unstemmed Determinantes no atraso na chegada à urgência em pacientes com Acidente Vascular Cerebral
title_sort Determinantes no atraso na chegada à urgência em pacientes com Acidente Vascular Cerebral
author Fonseca, Débora Alves
author_facet Fonseca, Débora Alves
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Sousa, Miguel Castelo Branco Craveiro de
uBibliorum
dc.contributor.author.fl_str_mv Fonseca, Débora Alves
dc.subject.por.fl_str_mv Acidente Vascular Cerebral
Cuidados Organizados
Tempo Intra-Hospitalar
Tempo Pré-Hospitalar
Vias Verdes
Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Medicina
topic Acidente Vascular Cerebral
Cuidados Organizados
Tempo Intra-Hospitalar
Tempo Pré-Hospitalar
Vias Verdes
Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Medicina
description Objetivo: Este estudo foi elaborado com o objetivo de determinar os fatores que levam ao comparecimento tardio no hospital, abrangendo dois centros hospitalares em diferentes regiões do país, interior/centro e litoral/norte, avaliando fatores pré e intra-hospitalares. Métodos: Foram inquiridos 154 pacientes dos que se encontravam no internamento dos centros hospitalares Cova da Beira e Entre Douro e Vouga durante o período em que decorreu a investigação. Tempo pré-hospitalar foi definido como o tempo desde o início dos sintomas até á chegada ao hospital. O tempo intra-hospitalar foi definido desde a hora de chegada até à hora em que o paciente foi observado pelo médico. Resultados: Foram estudados resultados de um total de 154 pacientes que apresentavam sinais ou sintomas de acidente vascular cerebral aguda. Destes, 57.8 % do sexo masculino e 42.2% dos pacientes do sexo feminino. A média de idades da população foi de 73 anos (73.79) e 52.6% dos pacientes chegaram dentro das 3 horas desde o início das manifestações do evento. Neste estudo, 118 pacientes tinham mais de 65 anos. Apenas 20.1% dos pacientes não apresentaram quaisquer antecedentes patológicos de risco para ocorrência do AVC, apresentando a restante população = 1 fator de risco dos considerados no questionário. O sintoma mais frequente foi a paresia muscular (64.9%) e 36.4% dos pacientes ligaram para o serviço de emergência (112). A ativação das Vias Verdes ocorreu em 50% dos casos, e desses, 81.8% chegaram no tempo de janela para terapêutica, as 3 horas. A média do tempo intra-hospitalar foi de 22 minutos, e para avaliação a janela de tempo foi dividida em tempos categóricos, mostrando a predominância entre os 11 e 20 minutos até um paciente ser observado por um médico desde a entrada no hospital. Num total de 154 pacientes, 89% foram admitidos com diagnóstico de AVC isquémico, e os restantes 11% com acidente vascular hemorrágico. Conclusão: O tratamento precoce é um determinante crítico de melhor prognóstico do AVC agudo. Neste estudo, 48% dos pacientes chegaram fora do intervalo de tempo recomendado para a intervenção médica (=3 horas). Tempos pré-hospitalares mais curtos foram estatisticamente significativamente associados a presença de sintomas da fala, utilização do serviço de emergência (112), a ativação das Vias Verdes e o valor maior do NIHSS do paciente na admissão no SU. Como fatores de atraso foram estabelecidos alvos como a ocupação do paciente, a dislipidemia e os sintomas de visão como manifestações de um AVC. Destas variáveis, algumas apenas demonstraram relevância estatística para determinada população, nomeadamente a dislipidemia e as manifestações da visão no AVC como fatores de atraso na chegada ao hospital no CHDV. Não se estabeleceu nenhuma relação com significância estatística entre o tipo de AVC e uma chegada mais breve ao hospital. Concluiu-se neste estudo que perante um AVC deve-se de imediato chamar o 112, verificando-se uma relação com significância estatística em ambos os hospitais. Dado que, apenas 37% dos pacientes usaram o INEM quando presenciaram o AVC, este é, portanto, um ponto de intervenção importante: dar a conhecer ao público de que a chamada para o 112 é a primeira ação a ter quando surgem as manifestações de um AVC (14,18). Quanto ao tempo intra-hospitalar, a única relação que se estabeleceu como fator para um tempo intra-hospitalar mais curto foi com a ativação das vias verdes, sem diferenças entre os dois centros hospitalares em estudo. Os resultados indicam que campanhas educacionais são necessárias para aumentar o conhecimento público dos sinais de um AVC e da necessidade de ligar para o 112 imediatamente quando as pessoas estão possivelmente a sofrer um AVC. Estas atitudes, apesar de algumas diferenças nos resultados entre hospitais, demonstraram ser importantes para a população em geral, sendo o objetivo dar a conhecer a toda a comunidade os fatores de risco, sinais e sintomas, e o que fazer de imediato perante um AVC. Da mesma forma, os médicos e hospitais devem ser treinados para o reconhecimento rápido dos sintomas e sinais, e também para atuar rapidamente, organizados e em equipa no atendimento de um paciente com AVC.
publishDate 2014
dc.date.none.fl_str_mv 2014-5-16
2014-07-07
2014-07-07T00:00:00Z
2018-07-10T16:13:41Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.6/4958
TID:201639645
url http://hdl.handle.net/10400.6/4958
identifier_str_mv TID:201639645
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799136356746657792