Unidades greco-latinas na língua portuguesa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/9037 |
Resumo: | No português contemporâneo, encontramos um grande número de unidades morfolexicais (bases e afixos) de origem estrangeira, especialmente greco-latina, que convivem com as unidades nativas ou autóctones, estabelecendo com elas, muitas vezes, relações de distribuição complementar (cf. mão/manu-al; cão/can-il; lei/leg-al; presidente/presidênc-ia; livro/biblio-, etc.). O tratamento linguístico deste tipo de alternâncias morfolexicais levanta alguns problemas de carácter teórico, nomeadamente o das relações entre sincronia e diacronia, e o tipo de tratamento (morfológico, fonológico e/ou lexical) susceptível de ser proposto para a análise dos fenómenos de alomorfia e/ou supletivismo. Qual a natureza destas alternâncias? Qual é o componente da gramática responsável pelo seu processamento? Consideraremos que o fenómeno de variação alomórfica (supletiva e/ou não-supletiva) que afecta as unidades morfolexicais é comandado morfologicamente, pelo que o seu tratamento pode e deve ser incorporado no âmbito da morfologia. No entanto, como se trata de um fenómeno de variação que afecta o significante de algumas unidades lexicais, admite igualmente um tratamento lexical e/ou fonológico, evidenciando a interacção entre estes componentes da gramática e a morfologia. |
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Unidades greco-latinas na língua portuguesaNo português contemporâneo, encontramos um grande número de unidades morfolexicais (bases e afixos) de origem estrangeira, especialmente greco-latina, que convivem com as unidades nativas ou autóctones, estabelecendo com elas, muitas vezes, relações de distribuição complementar (cf. mão/manu-al; cão/can-il; lei/leg-al; presidente/presidênc-ia; livro/biblio-, etc.). O tratamento linguístico deste tipo de alternâncias morfolexicais levanta alguns problemas de carácter teórico, nomeadamente o das relações entre sincronia e diacronia, e o tipo de tratamento (morfológico, fonológico e/ou lexical) susceptível de ser proposto para a análise dos fenómenos de alomorfia e/ou supletivismo. Qual a natureza destas alternâncias? Qual é o componente da gramática responsável pelo seu processamento? Consideraremos que o fenómeno de variação alomórfica (supletiva e/ou não-supletiva) que afecta as unidades morfolexicais é comandado morfologicamente, pelo que o seu tratamento pode e deve ser incorporado no âmbito da morfologia. No entanto, como se trata de um fenómeno de variação que afecta o significante de algumas unidades lexicais, admite igualmente um tratamento lexical e/ou fonológico, evidenciando a interacção entre estes componentes da gramática e a morfologia.In contemporary Portuguese, we find a large number of foreign morpholexical units (bases and affixes). These units that are essentially from Greek and Latin origin coexist with native units and, frequently, establish with these relations of complementary distribution (cf. mão/manu-al; cão/can-il; lei/leg-al; presidente/ presidênc-ia; livro/biblio-, etc.). The linguistic analysis of this kind of morpholexical alternations raise some theoretical issues, namely those of relationships between synchrony and diachrony and the type of treatment (morphological, phonological and/or lexical) that can be proposed for allomorphy and/or suppletion. What is the nature of these alternations? What grammatical component is responsible for its processing? We will consider that the phenomena of allomorphy (suppletive and non-suppletive) that affect morpholexical units are morphologically governed; therefore, its treatment can and should be included in the domain of morphology. However, given that these variation phenomena affect the signifier of some lexical units, they also admit a phonological and/or lexical treatment, showing the interaction between these grammatical components and morphology.Universidade Católica Portuguesa. Faculdade de LetrasVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaPereira, Rui Abel2012-09-11T13:30:03Z20052005-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/9037porPEREIRA, Rui Abel - Unidades greco-latinas na língua portuguesa. Máthesis. Viseu. ISSN 0872-0215. Nº 14 (2005), p.81-107.0872-021510.34632/mathesis.2005.3935info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-12T17:14:03Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/9037Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:08:10.339833Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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