Factores territoriais que introduzem competitividade no sector do turismo em Portugal

• Autor(a) principal: Santos, Maria Madalena
• Data de Publicação: 2010
• Outros Autores: Bento, João Paulo, Costa, Carlos
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: https://doi.org/10.34624/rtd.v3i13/14.12937

Objectivos | O turismo é um sector com grande potencial de crescimento em Portugal. Com este trabalho pretende-se analisar as vantagens competitivas do nosso país ao nível da oferta turística de forma a melhorar a contribuição do sector para o desenvolvimento económico. Pretende-se responder às seguintes perguntas: – Como é que Portugal se pode tornar um destino turístico mais competitivo a nível internacional? – Como é que o nosso país pode atrair um turismo com maior poder de compra, ou seja, que possa contribuir para uma maior criação de riqueza? – Como é que a melhoria da nossa competitividade pode aumentar esse contributo em termos do rendimento nacional e do emprego ao nível regional?. Metodologia | Para responder às perguntas acima colocadas, o estudo irá basear-se parcialmente no modelo conceptual do Ritchie e Crouch (2003), pretendendo adaptá-lo à realidade Portuguesa, para estimar a importância de cada atributo das regiões. Para o efeito, o estudo estima um modelo econométrico das determinantes da oferta turistica por regiões. Os dados serão recolhidos através de inquéritos junto de unidades de alojamento utilizando a plataforma “EFS Survey” (www.unipark.info). Esta plataforma possibilita a realização e gestão de inquéritos através da internet para recolha de dados estatísticos. Esta abordagem quantitativa será complementada com uma abordagem qualitativa baseada em opiniões de individualidades especializadas na matéria, tais como gestores experientes ao nível de instituições públicas e privadas, que permitirão obter e complementar conhecimentos que não são fornecidos pela análise anterior. Principais resultados e contributos | O estudo empírico procura identificar as principais determinants da oferta turistica em Portugal sendo o nosso objectivo o reforço da competitividade do sector do turismo a nível regional e nacional. O estudo visa apresentar possíveis estratégias junto das entidades públicas e privadas para melhorar o contributo do sector do turismo na economia ao nível da diversificação de produtos e mercados, passando pela qualificação dos recursos humanos envolvidos. Este estudo procura retirar conclusões não apenas de ídole académica, mas também para quem trabalha no sector do turismo em Portugal, ou seja, mais especificamente os actores institucionais a nível regional. Limitações | Embora o trabalho ainda esteja em curso, um dos principais desafios prende-se com a recolha de informação uniforme por parte das empresas contactadas. Além disso, teremos de confrontar a opinião da oferta com a opinião da procura e, tal como tem acontecido em estudos anteriores, independentemente da dimensão do questionário, a maior parte dos turistas recusam ser entrevistados. Uma outra limitação que procuraremos evitar refere-se ao número de variáveis considerado no estudo empírico, que procuraremos limitar ao essencial. Conclusões | Com esta investigação esperamos identificar os factores territoriais que podem permitir ao sector do turismo tornar-se mais competitivo a nível nacional e regional. Além disso, pretendemos mostrar como é fundamental o crescimento sustentado do sector, com respeito pelo meio ambiente e com a participação dos residentes nos destinos turísticos (compatibilidade entre o desenvolvimento económico e a protecção dos recursos naturais). É também nosso objectivo identificar os mercados emissores tradicionais e analisar o modo como poderemos captar sectores da procura mais exigentes (por oposição ao turismo massificado), de modo a obter maior valor acrescentado no sector. Sabendo que a competitividade das áreas-destino dependem de diferentes factores/atributos, pretendemos avaliar quais se revelam mais importantes no caso de Portugal.