O efeito de diferentes programas de treino da força muscular

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Coruche, Armando José Feliciano
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/6692
Resumo: Este estudo teve como principal objetivo perceber quais as repostas fisiológicas e mecânicas a diferentes esforços desenvolvidos durante 16 diferentes protocolos de treino da força (PTF) no exercício de supino, determinados pela velocidade da primeira repetição e da perda de velocidade ao longo da série, para intensidades relativas de 50%, 60%, 70% e 80% de 1RM. Foram avaliados 10 sujeitos masculinos, com 23.6 ± 3.5 anos de idade, 1.79 ± 0.07 m de altura e 81.0 ± 17.4 kg de massa corporal. Cada sujeito foi avaliado antes e após a aplicação de 16 PTF, através da determinação da carga correspondente à velocidade de 1m?s-1 (V1), e o valor de lactato sanguíneo. Durante o decorrer de cada PTF foram controladas as velocidades de execução na fase propulsiva do movimento de supino e avaliado o índice de esforço. Cada PTF foi limitado em termos de repetições realizadas pela perda de velocidade permitida ao longo da série (15%, 25%, 40% e 55%), utilizando cargas de 50%, 60%, 70% ou 80% de 1RM (determinado pela velocidade da primeira repetição). Cada PTF foi realizado depois de duas sessões de familiarização e com intervalo superior a 48 horas para recuperação completa dos sujeitos. Verificamos que, o número de repetições realizadas diminuíram com o aumento da carga realizada. Entre as diferentes percentagens de carga utilizadas, verificamos diferenças para a perda de velocidade de 15% F=39.14, p=0.005; 25% F=71.38, p=0.005; 40% F=63.83, P=0.005; 55% F=94.48, p=0.005. A perda de velocidade V1 entre o valor pré e pós sessão de treino demonstrou ser diferente para as cargas de 40% e 55% de 1RM (F=13.9, p=0.005 e F=12.24, p=0.005, respetivamente). Mais ainda, verificamos uma relação entre as concentrações de lactato sanguíneo e os indicadores mecânicos, nomeadamente com a velocidade em V1 (r = 0.95; p<0.01), com o índice de esforço (r=0.95, p<0.01) e com o número de repetições realizadas (r=0.85, p<0.01). Estes resultados indicam um aumento da fadiga mecânica e fisiológica à face ao aumento da percentagem de perda de velocidade na série perante a mesma intensidade relativa. As perdas de velocidade superiores na série indicam maior grau de fadiga, sendo que em intensidades relativas inferiores a fadiga foi superior, para a mesma perda de velocidade. O índice de esforço mostrou ser uma variável válida enquanto expressão do carater de esforço, demonstrando relação entre as variáveis V1 e lactato, que no presente estudo serviram para quantificar o grau de fadiga. Concluindo que tais resultados parecem indicar que se poderá utilizar a perda de velocidade para controlo e programação do treino, conhecendo assim a resposta em termos de fadiga através do aumento do índice de esforço e da concentração sanguínea de lactato.
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Durante o decorrer de cada PTF foram controladas as velocidades de execução na fase propulsiva do movimento de supino e avaliado o índice de esforço. Cada PTF foi limitado em termos de repetições realizadas pela perda de velocidade permitida ao longo da série (15%, 25%, 40% e 55%), utilizando cargas de 50%, 60%, 70% ou 80% de 1RM (determinado pela velocidade da primeira repetição). Cada PTF foi realizado depois de duas sessões de familiarização e com intervalo superior a 48 horas para recuperação completa dos sujeitos. Verificamos que, o número de repetições realizadas diminuíram com o aumento da carga realizada. Entre as diferentes percentagens de carga utilizadas, verificamos diferenças para a perda de velocidade de 15% F=39.14, p=0.005; 25% F=71.38, p=0.005; 40% F=63.83, P=0.005; 55% F=94.48, p=0.005. A perda de velocidade V1 entre o valor pré e pós sessão de treino demonstrou ser diferente para as cargas de 40% e 55% de 1RM (F=13.9, p=0.005 e F=12.24, p=0.005, respetivamente). Mais ainda, verificamos uma relação entre as concentrações de lactato sanguíneo e os indicadores mecânicos, nomeadamente com a velocidade em V1 (r = 0.95; p<0.01), com o índice de esforço (r=0.95, p<0.01) e com o número de repetições realizadas (r=0.85, p<0.01). Estes resultados indicam um aumento da fadiga mecânica e fisiológica à face ao aumento da percentagem de perda de velocidade na série perante a mesma intensidade relativa. As perdas de velocidade superiores na série indicam maior grau de fadiga, sendo que em intensidades relativas inferiores a fadiga foi superior, para a mesma perda de velocidade. O índice de esforço mostrou ser uma variável válida enquanto expressão do carater de esforço, demonstrando relação entre as variáveis V1 e lactato, que no presente estudo serviram para quantificar o grau de fadiga. Concluindo que tais resultados parecem indicar que se poderá utilizar a perda de velocidade para controlo e programação do treino, conhecendo assim a resposta em termos de fadiga através do aumento do índice de esforço e da concentração sanguínea de lactato.The main purpose of this study was to understand the physiological and mechanical responses to different stresses exerted during 16 different resistance training protocols (PTF) in the bench press exercise, determined by the speed of the first repetition and the loss of velocity throughout the series, to relative intensities of 50%, 60%, 70% and 80% of 1RM. Ten male subjects, 23.6 ± 3.5 years old, 1.79 ± 0.07 m tall and 81.0 ± 17.4 kg body mass were evaluated. Each subject was evaluated before and after the application of 16 PTF, by determining the load corresponding to the velocity of 1m.s-1 (V1), and the blood lactate value. During the course of each PTF the execution velocities in the propulsive phase of the bench press movement were controlled and the stress index was evaluated. Each PTF was limited in terms of repetitions performed by the velocity loss allowed throughout the series (15%, 25%, 40% and 55%) using loads of 50%, 60%, 70% or 80% of 1RM (determined by the speed of the first repetition). Each PTF was performed after two familiarization sessions and with an interval of more than 48 hours for complete recovery of subjects. We verified that the number of repetitions performed decreased with increasing load. Among the different percentages of load used, we verified differences for the velocity loss of 15% F = 39.14, p = 0.005; 25% F = 71.38, p = 0.005; 40% F = 63.83, P = 0.005; 55% F = 94.48, p = 0.005. The velocity loss V1 between the pre- and post-training values was different for the 40% and 55% 1RM loads (F = 13.9, p = 0.005 and F = 12.24, p = 0.005, respectively). Moreover, we observed a relationship between blood lactate concentrations and mechanical indicators, namely with the velocity at V1 (r = 0.95, p <0.01), with the stress index (r = 0.95, p <0.01) and with the number of repetitions performed (r = 0.85, p <0.01). These results indicate an increase in mechanical and physiological fatigue in face of the increase in the percentage of velocity loss in the series at the same relative intensity. The higher velocity losses in the series indicate a greater degree of fatigue, whereas at lower intensities the fatigue was higher, for the same velocity loss. The stress index showed to be a valid variable as an expression of the effort character, demonstrating a relationship between the variables V1 and lactate, which in the present study served to quantify the degree of fatigue. In conclusion, these results seem to suggest that speed loss can be used to control and schedule the training, thus knowing the fatigue response through increasing effort index and increasing lactate blood concentration.Neiva, Henrique PereirauBibliorumCoruche, Armando José Feliciano2019-01-04T17:08:21Z2017-11-152017-10-32017-11-15T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/6692TID:202107930porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:45:24Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/6692Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:47:21.567244Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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