João Canijo e a tragédia grega: adaptação da trilogia “Oresteia” ao cinema português contemporâneo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribas, Daniel
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10198/7468
Resumo: PNas entrevistas que se sucederam à estreia nacional de “Noite Escura”, em 2004, João Canijo usou uma expressão recorrente: disse que pretendia “afogar a tragédia”. A isso, ele acrescentou: “Quis tornar a tragédia absolutamente indiferente no meio das vidas de uma casa de alterne. Onde é que hoje a tragédia e os sentimentos da tragédia podem ser tão indiferentes se não num mundo de mentira, de representação permanente que é o mundo do alterne?”. Canijo, claro, sabia do que falava. Para ele, a tragédia grega serve como texto base já desde “Filha da Mãe”, de 1990, e foi objectivo principal dos seus filmes desde “Ganhar a Vida”. A partir de “Noite Escura”, o realizador procurava um objectivo antigo: adaptar a trilogia da “Oresteia”, com a ideia final de, no último dos três filmes, trabalhar sobre a “Electra”. Contudo, esta trilogia acabaria por nunca ficar completa: para além de “Noite Escura”, de 2004, e “Mal Nascida”, de 2007, existe também o argumento “Piedade”, que deveria ser o filme do “meio”, mas que nunca foi produzido. Tentemos, por isso, organizar as ideias, porque o mundo da tragédia grega é bastante complexo. Na verdade, a trilogia da “Oresteia” só está completa na versão de Ésquilo, o primeiro dos três grandes poetas trágicos.
id RCAP_2a5c4bf3d9a826debdf4dbf14189b544
oai_identifier_str oai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/7468
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling João Canijo e a tragédia grega: adaptação da trilogia “Oresteia” ao cinema português contemporâneoTragédia gregaJoão CanijoViolênciaOresteiaPNas entrevistas que se sucederam à estreia nacional de “Noite Escura”, em 2004, João Canijo usou uma expressão recorrente: disse que pretendia “afogar a tragédia”. A isso, ele acrescentou: “Quis tornar a tragédia absolutamente indiferente no meio das vidas de uma casa de alterne. Onde é que hoje a tragédia e os sentimentos da tragédia podem ser tão indiferentes se não num mundo de mentira, de representação permanente que é o mundo do alterne?”. Canijo, claro, sabia do que falava. Para ele, a tragédia grega serve como texto base já desde “Filha da Mãe”, de 1990, e foi objectivo principal dos seus filmes desde “Ganhar a Vida”. A partir de “Noite Escura”, o realizador procurava um objectivo antigo: adaptar a trilogia da “Oresteia”, com a ideia final de, no último dos três filmes, trabalhar sobre a “Electra”. Contudo, esta trilogia acabaria por nunca ficar completa: para além de “Noite Escura”, de 2004, e “Mal Nascida”, de 2007, existe também o argumento “Piedade”, que deveria ser o filme do “meio”, mas que nunca foi produzido. Tentemos, por isso, organizar as ideias, porque o mundo da tragédia grega é bastante complexo. Na verdade, a trilogia da “Oresteia” só está completa na versão de Ésquilo, o primeiro dos três grandes poetas trágicos.Biblioteca Digital do IPBRibas, Daniel2012-09-07T13:04:04Z20092009-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10198/7468porRibas, Daniel (2009). João Canijo e a tragédia grega: adaptação da trilogia “Oresteia” ao cinema português contemporâneo. Drama: Revista de Cinema e Teatro. 1, p. 26-29info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-21T10:18:25Zoai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/7468Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:59:14.408170Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv João Canijo e a tragédia grega: adaptação da trilogia “Oresteia” ao cinema português contemporâneo
title João Canijo e a tragédia grega: adaptação da trilogia “Oresteia” ao cinema português contemporâneo
spellingShingle João Canijo e a tragédia grega: adaptação da trilogia “Oresteia” ao cinema português contemporâneo
Ribas, Daniel
Tragédia grega
João Canijo
Violência
Oresteia
title_short João Canijo e a tragédia grega: adaptação da trilogia “Oresteia” ao cinema português contemporâneo
title_full João Canijo e a tragédia grega: adaptação da trilogia “Oresteia” ao cinema português contemporâneo
title_fullStr João Canijo e a tragédia grega: adaptação da trilogia “Oresteia” ao cinema português contemporâneo
title_full_unstemmed João Canijo e a tragédia grega: adaptação da trilogia “Oresteia” ao cinema português contemporâneo
title_sort João Canijo e a tragédia grega: adaptação da trilogia “Oresteia” ao cinema português contemporâneo
author Ribas, Daniel
author_facet Ribas, Daniel
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Biblioteca Digital do IPB
dc.contributor.author.fl_str_mv Ribas, Daniel
dc.subject.por.fl_str_mv Tragédia grega
João Canijo
Violência
Oresteia
topic Tragédia grega
João Canijo
Violência
Oresteia
description PNas entrevistas que se sucederam à estreia nacional de “Noite Escura”, em 2004, João Canijo usou uma expressão recorrente: disse que pretendia “afogar a tragédia”. A isso, ele acrescentou: “Quis tornar a tragédia absolutamente indiferente no meio das vidas de uma casa de alterne. Onde é que hoje a tragédia e os sentimentos da tragédia podem ser tão indiferentes se não num mundo de mentira, de representação permanente que é o mundo do alterne?”. Canijo, claro, sabia do que falava. Para ele, a tragédia grega serve como texto base já desde “Filha da Mãe”, de 1990, e foi objectivo principal dos seus filmes desde “Ganhar a Vida”. A partir de “Noite Escura”, o realizador procurava um objectivo antigo: adaptar a trilogia da “Oresteia”, com a ideia final de, no último dos três filmes, trabalhar sobre a “Electra”. Contudo, esta trilogia acabaria por nunca ficar completa: para além de “Noite Escura”, de 2004, e “Mal Nascida”, de 2007, existe também o argumento “Piedade”, que deveria ser o filme do “meio”, mas que nunca foi produzido. Tentemos, por isso, organizar as ideias, porque o mundo da tragédia grega é bastante complexo. Na verdade, a trilogia da “Oresteia” só está completa na versão de Ésquilo, o primeiro dos três grandes poetas trágicos.
publishDate 2009
dc.date.none.fl_str_mv 2009
2009-01-01T00:00:00Z
2012-09-07T13:04:04Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10198/7468
url http://hdl.handle.net/10198/7468
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Ribas, Daniel (2009). João Canijo e a tragédia grega: adaptação da trilogia “Oresteia” ao cinema português contemporâneo. Drama: Revista de Cinema e Teatro. 1, p. 26-29
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799135215549939712