Impacto da presença de calcificações arteriais intracranianas nos doentes submetidos a fibrinólise endovenosa por AVC isquémico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Seara, Vera Cristina da Costa
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/30562
Resumo: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina, apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.
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spelling Impacto da presença de calcificações arteriais intracranianas nos doentes submetidos a fibrinólise endovenosa por AVC isquémicoCalcificações arteriais intracranianasAteroscleroseAVC isquémicoResultado funcionalTerapia fibrinolíticaTrabalho final de mestrado integrado em Medicina, apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.Introdução: As calcificações arteriais intracranianas (CAI) ocorrem na aterosclerose avançada, sendo frequentemente encontradas em TC de doentes com AVC isquémico (AVCi). Desconhece-se se a sua presença influencia a eficácia da terapêutica fibrinolítica endovenosa, avaliada pelo estado funcional aos três meses. Métodos: Estudo observacional, de coorte histórica, que incluiu os doentes hospitalizados na Unidade de AVC do serviço de Neurologia do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC), no período entre Janeiro de 2011 e Setembro de 2014, com diagnóstico de AVCi e submetidos a terapêutica fibrinolítica. As CAI foram avaliadas por neurorradiologistas a partir das TC realizadas à admissão, com ocultação dos dados da observação clínica. Para o cálculo do valor total do cálcio (VTC) foram utillizadas duas escalas previamente descritas na literatura médica, avaliando o segmento intracraniano de ambas as artérias carótidas intracranianas. O prognóstico funcional, avaliado aos 3 meses através da escala de Rankin modificada, foi dicotomizado em favorável (mRS≤2) e desfavorável (mRS>2). Os factores determinantes das CAI foram analisadas com teste de Mann Whitney e recorreu-se à regressão logística para analisar a relação com o resultado funcional. Resultados: Dos 388 doentes incluídos, 399 apresentavam CAI (87.4%). Estes apresentavam uma média de idades mais elevada (15.6 ± 6.62), com distribuição semelhante entre sexos e com incidência elevada de comorbilidades. A presença de CAI associou-se a um prognóstico desfavorável aos 3 meses (mRS >2). Porém essa relação é dependente da idade (p<0.001) e do valor de NIHSS à entrada (p<0.001). Relativamente à transformação hemorrágica, o VTC não demonstrou prever a sua ocorrência. Apenas o valor de NIHSS à entrada se associou positivamente a esta complicação da fibrinólise endovenosa (p<0.001). Constatou-se também que de acordo com a etiologia TOAST, só a doença dos pequenos vasos (p=0.044) se associou a um valor de cálcio superior, em comparação com os outros grupos etiológicos. Conclusão: As CAI têm uma elevada prevalência nos doentes com AVCi e os seus principais preditores são a idade, a avaliação funcional com NIHSS e a presença de diabetes mellitus, insuficiência cardíaca congestiva e doença arterial periférica. Estes resultados demonstram que a presença de CAI não condiciona, de forma independente, o resultado funcional aos três meses nos doentes com AVCi submetidos a terapêutica fibrinolítica endovenosa. As CAI estão associadas de forma positiva com a idade e a sua presença parece conferir uma maior gravidade inicial ao evento vascular. A presença de CAI também não se associou com a ocorrência de transformação hemorrágica no período agudo pós terapêutica com rt-PA. Só o valor da avaliação inicial pela NIHSS está ligado à ocorrência de transformação hemorrágica assintomática. Relativamente à associação de CAI com os subtipos etiológicos (TOAST), constatou-se que a sua presença ocorre preferencialmente em AVC por doença de pequenos vasos.Introduction: Intracranial Arterial Calcifications (IAC) occurs in advanced atherosclerosis, being often found in Computerised Tomography (CT) from patients with stroke. It is still unknown if IAC influence the intravenous fibrinolytic therapy efficacy, evaluated based on the functional outcome after 3 months. Methods: This observational historic cohort study included the patients admitted to the stroke unit in the neurology department of the Coimbra Hospital and University Centre, in the period between January 2011 and September 2014,with the diagnose of stroke and submitted to fibrinolytic therapy. The IAC were evaluated by neuroradiologists based on the CT performed on admission, with clinical observational data occultation. Two scales, previously described in the medical literature, were used in order to calculate the calcium score by evaluating the intracranial segment of both intracranial carotids arteries. The functional prognosis after 3 months, based on the modified Rankin scale, was dichotomized by favorable (mRS ≤2) and unfavorable (mRS >2). The IAC determinants were analysed with Mann Whitney test and logistic regression was used to analyse the relation with the functional outcome. Results: From the 388 patients included, 339 showed IAC (87.4%). Those presented an age mean more elevated (15.6 ± 6.62), with similar distribution between genders and with high incidence of comorbidities. The presence of IAC were related with an unfavorable prognosis after 3 months (mRS >2). However, this relation is associated with age (p<0.001) and the NIHSS value on admission (p<0.001). The calcium score did not show evidences to predict the occurrences of hemorrhagic transformation. Only the NIHSS value on admission was positively associated to this intravenous fibrinolysis (p<0.001). It was verified that also based on TOAST etiology that, only the small vessels disease was linked to a superior CS, in comparison with other etiologic groups Conclusion: IAC are very common in patients with stroke and the main predictors are age, initial evaluation with NIHSS and the presence of DM, CHF and PAD. These results demonstrate that IAC presence does not independently affect the functional outcome, after 3 months, in stroke patients managed intravenous fibrinolytic therapy. IAC are positively associated with age and their presence could lead to an increased severity, at the onset of the vascular event. The IAC presence was also not associated to hemorrhagic transformation occurrence in the acute period, after rt-PA therapy. The initial evaluation via NIHSS was the only determinant connected to the occurrence of the asymptomatic hemorrhagic transformation. When associated IAC with the etiologic subtypes, it was recognized that its presence happens mainly in CVA of the small vessels.2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/30562http://hdl.handle.net/10316/30562TID:201628198porSeara, Vera Cristina da Costainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:45Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/30562Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:44:31.051088Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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