Loulé no contexto político e socioeconómico das Lutas Liberais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.1/12401 |
Resumo: | A inserção geográfica do Algarve, no extremo sul do território nacional, moldou a mentalidade das suas gentes e corroeu as barreiras sociais, suavizadas por um cosmopolitismo emergente do trato mercantil. Contudo, não permitiu que se emancipasse da sua inexorável condição periférica de reino integrado. O Algarve sempre foi encarado pelo poder central como uma região extremada, mas estratégica na conservação da unidade nacional. Perdê-lo seria abrir as portas à temível anexação ibérica. Na sua identidade patriótica, os algarvios sempre se esforçaram por permanecerem no seio da nação. Nos momentos cruciais da nossa história, nunca deixaram que se pusesse em causa o seu patriotismo, nem invocaram ou alimentaram qualquer pretensão separatista. E foi esse orgulho, associado ao seu apreço pela liberdade, que lhe deu alento e protagonismo no contexto político-militar da primeira metade do século XIX. O relacionamento mercantil com os empresários britânicos, as tentaculares influências maçónicas e as várias praças de guerra sediadas no Algarve, colocaram este pequeno e esquecido reino em sintonia com os tumultos sociais e pronunciamentos militares que despontaram na cidade do Porto. Tornou-se sui generis essa participação do Algarve ao lado da cidade Invicta em todo o século XIX. E esse relacionamento manteve-se permanente, imitando-lhe as atitudes e decisões. |
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A inserção geográfica do Algarve, no extremo sul do território nacional, moldou a mentalidade das suas gentes e corroeu as barreiras sociais, suavizadas por um cosmopolitismo emergente do trato mercantil. Contudo, não permitiu que se emancipasse da sua inexorável condição periférica de reino integrado. O Algarve sempre foi encarado pelo poder central como uma região extremada, mas estratégica na conservação da unidade nacional. Perdê-lo seria abrir as portas à temível anexação ibérica. Na sua identidade patriótica, os algarvios sempre se esforçaram por permanecerem no seio da nação. Nos momentos cruciais da nossa história, nunca deixaram que se pusesse em causa o seu patriotismo, nem invocaram ou alimentaram qualquer pretensão separatista. E foi esse orgulho, associado ao seu apreço pela liberdade, que lhe deu alento e protagonismo no contexto político-militar da primeira metade do século XIX. O relacionamento mercantil com os empresários britânicos, as tentaculares influências maçónicas e as várias praças de guerra sediadas no Algarve, colocaram este pequeno e esquecido reino em sintonia com os tumultos sociais e pronunciamentos militares que despontaram na cidade do Porto. Tornou-se sui generis essa participação do Algarve ao lado da cidade Invicta em todo o século XIX. E esse relacionamento manteve-se permanente, imitando-lhe as atitudes e decisões. |
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