Crenças e atribuições de culpa em agressores conjugais portugueses: mediadores de reincidência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, Mariana
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/2699
Resumo: O objetivo deste estudo centra-se na descrição e compreensão das crenças legitimadoras da violência conjugal e das atribuições de culpa em agressores conjugais, assim como no conhecimento da relação entre estas variáveis e o risco de reincidência. A amostra é constituída por 30 agressores conjugais portugueses identificados pelo Ministério público. Os instrumentos utilizados foram o questionário sociodemográfico; o Inventário da Violência conjugal (I.V.C.); a Escala de Crenças de violência Conjugal (E.C.V.C.), a Escala das Atribuições de Culpa e o ODARA para avaliar o risco de reincidência. Os resultados indicam uma tendência para a discórdia com as crenças que dão suporte à violência conjugal, contudo apresentam uma moderada concordância com a crença de legitimar a violência pela preservação da privacidade familiar. Os participantes que foram violentos no último ano apresentam maior grau de suporte para a crença de legitimar e banalizar a pequena violência. A maioria dos agressores atribui a culpa pelo conflito à sua parceira devido aos ciúmes, à instabilidade emocional, e à falta de compromisso na relação por parte da vítima. Observou-se ainda uma relação positiva significativa entre as atribuições de culpa dirigidas à vítima e o risco de reincidência. Na discussão destaca-se a importância de investigações futuras, tendo em conta diferentes aspetos metodológicos, assim como a importância de uma intervenção que envolva os vários níveis social, familiar e individual na reconstrução de crenças que não apoiem a violência.
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